Unknown 9: Awakening – Jogamos
Na semana passada, o PSX Brasil teve a oportunidade de jogar Unknown 9: Awakening na Cidade do México a convite da Bandai Namco (também conferimos Heihachi em Tekken 8 e Little Nightmares 3).
Jogamos Unknown 9: Awakening por cerca de 30 minutos e trazemos a vocês as nossas impressões e explicações.
O que é Unknown 9: Awakening?
Primeiramente, é importante ressaltar que Unknown 9: Awakening é uma propriedade intelecutal nova. Não é uma sequência de algum jogo conhecido. Além disso, é o primeiro projeto da Reflector Entertainment, estúdio fundado em 2016.
Esclarecido esse ponto, nota-se que a Reflector possui grandes ambições com Unknown 9: Awakening. Antes de nossa seção de gameplay, os desenvolvedores apresentaram o trailer do universo do jogo, o qual pretendem expandir com outras mídias, como podcast e quadrinhos.
Quando questionamos se as experiências serão “fechadas”, ou seja, se você pode aproveitar somente o jogo ou apenas o podcast, a desenvolvedora esclareceu que sim.
Qual a história de Unknown 9: Awakening?
Unknown 9: Awakening é um jogo com foco na narrativa. O seu gameplay é de ação com elementos de stealth e poderes especiais, mas há muitas cutscenes em seu caminho mais ou menos linear.
Um jogo que podemos comparar e fica mais fácil de entender a proposta de Unknown 9: Awakening é Uncharted, principalmente os primeiros. Ou seja, é um caminho mais ou menos linear, com cutscenes acontecendo quando se chega a um ponto. E entre uma cutscene e outra há puzzles ou combates.
Em Unknown 9: Awakening, você é Haroona (interpretada por Anya Chalotra, que ficou conhecida por Yennefer na série de The Witcher da Netflix). Haroona é uma Quaestor nascida com a capacidade de se aventurar em uma dimensão misteriosa que se sobrepõe à nossa, conhecida como Umbral. Em sua busca por um poderoso conhecimento secreto, Haroona aprenderá a dominar sua conexão única com o Umbral, que lhe permite canalizar seus poderes para o nosso mundo. Mas esse poder não passa despercebido e Haroona rapidamente se torna alvo dos Ascendentes, uma facção que deseja usar o Umbral para alterar o curso da história humana.
Jogando Unknown 9: Awakening
Em nossa sessão de gameplay, jogamos a versão de PC e tínhamos que escolher um save manual específico que a Reflector determinou para o teste.
Não sabemos em que ponto da história começamos, mas no início temos uma cutscene (que, sinceramente, por não ter contexto fica muito estranha de compreendê-la) seguida por momentos de combate. Após isso, o objetivo era chegar às docas, algo que levou os 30 minutos que tínhamos para a sessão.
Primeiramente, vale ressaltar o que presenciamos: as cutscenes estavam com uma perfomance técnica bem problemática em nosso teste. Não pegamos as especificações do PC, mas a princípio o problema não era ele, pois aparentava ser um muito bom. Porém, o gameplay em si não estava tão ruim quanto as cutscenes (em perfomance). Esperamos que até o lançamento isso seja corrigido, principalmente quando levamos em conta que haverá versões para PS4 e Xbox One.
Aliás, quando questionei a Reflector sobre essas versões da geração anterior, eles ainda não souberam dizer qual será a resolução e a taxa de quadros por segundo. No entanto, dada a nossa experiência no PC, espere 30 fps na geração passada, sem dúvida.
O gameplay de Haroona é inteiramente baseado nos poderes com a Umbral. Como não havia um tutorial por estarmos em uma parte mais avançada, fomos descobrindo os movimentos conforme explorávamos os botões.
Primeiramente, Haroona pode atacar os inimigos com golpes físicos, mas não é recomendado fazer isso sempre, pois eles podem se defender e, se houver mais de um ao seu redor, não será possível eliminar todos dessa forma. Aí que entram os poderes.
Uma HUD no canto inferior esquerdo da tela indica os poderes que podem ser usados e a vida restante. Sinceramente, sem explicações é algo muito confuso entender o que significa cada barra (e ainda mais como enchê-la), mas a princípio você a recupera eliminando inimigos e realiza possessões ou fica invisível dependendo do que estiver disponível nos ícones.
Explico: Haroona pode possuir um inimigo se tiver barra para isso. Ao possuí-lo, o tempo “paralisa” e você pode fazer o que bem entender com ele. Um exemplo de bom uso é levá-lo a um barril explosivo e forçá-lo a explodir, eliminando não só ele, como quem estiver próximo ao barril. Outro inimigo possuído controlável são os que estão com rifle – mire em um inimigo forte para matá-lo rapidamente.
Mas nem tudo é sobre possessão. Haroona pode se defender usando L1 para criar um escudo, assim como usar o ambiente, como os próprios barris, para causar danos nos inimigos desatentos. Basta olhar para o item de interesse e apertar triângulo.
Aliás, essa mesma mecânica também é utilizada para os colecionáveis. Há vários “Extratores” que são pegos dessa forma e registrados no seu diário. Esse último pode ser visto pressionando o Touch Pad para mostrar coisas como um resumo da história, o que vem a seguir e coisas do tipo.
Há ainda outros poderes, como ficar invisível temporariamente pressionando para baixo no D-Pad. Você também possui uma espécie de “modo detetive” em que os inimigos próximos são destacados. Por fim, é possível eliminar os inimigos daquele jeito clássico via stealth pelas costas: se chegar atrás deles sem ser visto, basta pressionar R3.
Um dos problemas que Unknown 9: Awakening apresenta é a localização não muito intuitiva dos botões. Com sorte, isso poderá ser configurado, mas o padrão é um pouco confuso. Por exemplo, o desvio e a opção de agachar estão localizados no X e no O, respectivamente. Era comum eu querer desviar e Haroona começar a fazer um “teabag” ao invés disso.
Unknown 9: Awakening tem potencial para ser um bom jogo, mas há muitas dúvidas que permanecem no ar depois de nossos testes.
O combate possui muitas opções, mas a forma que provavelmente a maioria dos jogadores vai optar em usar, que é o combate direto na base do soco, possui animações e movimentações muito feias. A personagem correndo também parece muito robótico, não parece natural considerando os padrões que alcançamos em 2024.
A parte técnica, como dito antes, deixou a desejar nas cutscenes, mas é algo difícil de julgar com uma versão inacabada.
Conclusão
Honestamente, Unknown 9: Awakening parece um típico jogo de PS3. Não quero menosprezá-lo dizendo isso, pois é justamente na geração desse console que vimos muitos clássicos nascerem, como o próprio Uncharted que usamos como comparação. Se você não se importar com o desempenho técnico que talvez seja problemático (não temos como afirmar até o jogo lançar) e com um combate feio (mas com opções variadas de abordagem), talvez possa curtir o título.
E é claro, Unknown 9: Awakening é um jogo focado na narrativa e pelos nossos testes de meia hora não vimos quase nada da história. Por isso, boa parte do título ainda é desconhecida mesmo para nós e pode ser o verdadeiro recheio do bolo.
Unknown 9: Awakening será lançado em 18 de outubro no PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series, Xbox One e PC via Steam.
O PSX Brasil viajou à Cidade do México a convite da Bandai Namco.