Na última edição da revista EDGE (via Push Square), Ken Levine refletiu sobre o período difícil após o lançamento de BioShock Infinite. Na ocasião, o seu estúdio (Irrational Games) fechou as portas.
Apesar do sucesso de BioShock Infinite (que vendeu mais de 11 milhões de cópias), Levine explica onde as coisas deram errado:
“Você é essa pessoa criativa e, de repente, conforme sua visão aumenta do que você quer fazer, você tem que se tornar um gerente de uma forma que não necessariamente tem nenhum treinamento ou habilidade. Minha saúde mental estava uma bagunça durante Infinite. Eu estava estressado; muitas coisas pessoais estavam acontecendo na minha vida na época, e então meus pais morreram. Eu não conseguia mais fazer isso, e não achava que tinha a confiança da equipe”.
Precisando voltar para algo de pequena escala, Levine reuniu um grupo central de desenvolvedores para começar o longo trabalho no que viria a se tornar Judas e a desenvolvedora Ghost Story Games. Levine explica que esperava que a empresa-mãe Take-Two mantivesse a Irrational unida:
“Minha intenção era ir [para a Take-Two] e dizer: ‘olha, eu só preciso começar uma coisa nova, e a Irrational deve continuar. É por isso que não mantive o nome Irrational. Achei que eles iriam continuar. Mas não era minha empresa — eu a vendi, então trabalhei para a Take-Two, e o estúdio era deles. A decisão foi tomada em nível corporativo de que eles não achavam que deveriam continuar com o estúdio como uma empresa em atividade. Minha sensação era de que provavelmente faria sentido. A Take-Two fez uma remasterização de BioShock: esse teria sido um bom título para a Irrational entender, construir uma nova estrutura de diretor criativo e, então, construir a partir disso quando tivessem confiança para fazer o próximo jogo BioShock. Não acho que eu estivesse em condições de ser um bom líder para a equipe”.
Atualmente, há um novo estúdio chamado Cloud Chamber Studios que trabalha no próximo BioShock.
