Jogamos: Final Fantasy VII Rebirth é uma evolução do que já era fantástico
Quem acompanhou nas últimas semanas as mídias sociais do PSX Brasil sabe que fomos convidados pela a Square Enix para viajarmos até Los Angeles, nos Estados Unidos, e acompanharmos um evento de divulgação de Final Fantasy VII Rebirth. O que era segredo até então por motivos de embargo é que, durante esse evento, também tivemos a oportunidade de jogar uma prévia de três horas da tão aguardada sequência do projeto de remake de Final Fantasy VII.
Com o lançamento de Final Fantasy VII Rebirth cada vez mais perto, receber a oportunidade de conferi-lo de forma antecipada foi muito gratificante. Por isso, não podemos começar esse artigo de outra maneira que não fosse agradecendo imensamente à Square Enix pelo convite.
A build que tivemos acesso durante a prévia compreendia aos dois primeiros capítulos de Final Fantasy VII Rebirth na íntegra, além de uma cutscene do início do Capítulo 3. Apesar de não termos a confirmação durante o evento, pela proximidade do lançamento, é bem provável que o que experimentamos seja o jogo já em sua versão final – ou à demo que ao que tudo indica deve ser lançada. Isso é algo que nos deixou bastante otimistas, pois por todo o período de testes o jogo se comportou muito bem na parte técnica (jogamos somente no modo fidelidade, porém).
Falando um pouco sobre a história, o Capítulo 1 se destaca por apresentar momentos importantes para o desenvolvimento de alguns personagens principais. Durante o teste, foi solicitado que não fizéssemos a captura desse início e que evitássemos entrar em maiores detalhes da história. Como notamos uma preocupação da Square Enix em preservar os jogadores de eventuais spoilers, optamos por cobrir nessa prévia apenas a partir do Capítulo 2, pois foi onde passamos a maior parte do tempo.
O Capítulo 2 inicia-se com o grupo de personagens alojados na cidade de Kalm. Ali acontecem interações entre eles e podemos assistir a algumas cutscenes. Esse é um momento de tranquilidade para os personagens, ideal para explorar a vila e tudo que ela oferece. É aqui que conhecemos algumas das novidades de Final Fantasy VII Rebirth. Uma delas é um novo minigame, chamado de Queen’s Blood. Nele utilizamos um baralho para dispor as cartas em um tabuleiro numa espécie de jogo de controle de território. Após um breve tutorial, novos oponentes são revelados no mapa e, ao vencê-los, você terá acesso a mais cartas para melhorar seu deck.
A mecânica de afinidade com os companheiros também nos é apresentada nesse capítulo. Ela é influenciada por algumas escolhas que você pode fazer durante os diálogos e também ao completar missões para os personagens. Isso, de certa forma, promete afetar alguns momentos da história, por isso ficamos bastante curioso com o que poderemos encontrar ao longo do jogo. É cedo afirmar, mas isso provavelmente impactará em sequências e cutscenes no Gold Saucer, como no original.
O sistema de Folios também é introduzido durante essa passagem pela cidade. Ele funciona como uma árvore de habilidades que pode ser acessada na livraria ou em pontos espalhados nos mapas. Essas habilidades são adquiridas com pontos obtidos ao subir de nível ou ao coletar manuscritos ao redor do mundo. Mais habilidades serão adicionadas conforme o grupo subir de nível. Dentre elas estão as habilidades de combate básicas, habilidades passivas e também de sinergia.
As habilidades de sinergia são a grande adição ao combate de Final Fantasy VII Rebirth. Ao acionar o bloqueio (ou pelo menu no modo tático), é possível ativar uma habilidade que combina os ataques de dois personagens para causar um dano extra aos inimigos. Essas habilidades diferem de acordo com os personagens que a executarem e oferecem uma ótima variedade ao combate. Algumas dessas habilidades funcionam como um ataque especial – uma habilidade poderosíssima – que também enche a barra de Limite dos personagens.
Em se tratando de nossos heróis, claro que todo momento de tranquilidade não dura muito. Nosso passeio pela cidade é logo interrompido pela invasão de um grupo de soldados de infantaria de Shinra que procuram pelo grupo. Após um fuga sorrateira pela cidade, conseguimos escapar pelo esgotos até chegarmos no mapa de Grasslands. É a partir desse momento que temos uma noção melhor de como Final Fantasy VII Rebirth funcionará em seu design de mapa aberto.
Nesse ponto assumimos o controle de todo o grupo, sendo possível alterar a composição da party como bem entendermos, sempre limitando ao número máximo de três personagens jogáveis ao mesmo tempo. O mapa funciona como na maioria de jogos de mundo aberto, com pontos de interesse sendo adicionados conforme você o explora e completa missões principais e secundárias. Há uma boa quantidade de atividades extras, como baús de tesouro, inimigos transitando livremente e materiais para serem coletados. Esses materiais são utilizados com o transmutador (após desbloqueado, localizado no próprio menu), outra nova mecânica no jogo, para serem convertidos em itens consumíveis, equipamentos, acessórios e mais.
Durante a exploração é comum encontrar grupos de inimigos. Para cada inimigo que atacar sem que ele esteja alerta de sua presença, um bônus de iniciativa será concedido. Esse nível de alerta é indicado na tela conforme nos aproximamos dos inimigos. Esse foi o momento ideal para testar algumas das novas mecânicas de combate de Final Fantasy VII Rebirth. Além da já citada mecânica de sinergia, conseguimos perceber como a movimentação dos personagens foi melhorada. As novas habilidades para cada um deles também é um destaque.
A maior novidade nesse segmento, no entanto, ficou por conta da possibilidade de controlar Red XIII pela primeira vez. Com suas habilidades mais focadas em ataque de curta distância, ele compensa essa limitação de alcance com sua agilidade para chegar nos alvos de maneira mais rápida. Red XIII também tem um medidor de vingança que sobe a cada ataque inimigo bloqueado com sucesso. Esse modo de vingança, quando ativado, concede a ele um bônus de dano e de velocidade de desvio. Além disso, também possui uma habilidade (Stardust Ray) que consome duas barras BTA e causa um dano significativo em área.
De volta para a exploração, para prosseguir na história fomos obrigados a encontrar uma montaria. E, quando falamos de Final Fantasy, claro que essa montaria só poderia ser um Chocobo. Após concluir algumas tarefas, dentre elas um missão que envolvia se aproximar do Chocobo sorrateiramente para capturá-lo, voltamos ao rancho dos Chocobos para um teste de montaria. Aqui também aprendemos que podemos completar missões secundárias para obtermos penas douradas, um item a ser trocado por cosméticos para os bichanos. Em outros trailers, já foi revelado que encontraremos outras espécies de Chocobos ao longo da história, então, certamente, veremos mais missões de captura e adestramento desses simpáticos pássaros.
Quem também deu as caras para nos encontrar no Rancho de Chocobos foi nosso amigo Chadley. De volta para nos desafiar para mais testes de simulação de combate, Chadley também oferecerá outras missões espalhadas pelo mapa. Para liberar essas missões é necessário ativar algumas torres. Essas missões incluem completar tarefas de pesquisa de campo, eliminar inimigos sobre circunstâncias pré-determinadas e dentro de um limite de tempo. Ao concluí-las, Chadley receberá mais informações para desenvolver novas Materias, simulações de combate e muito mais.
De cara, Chadley já nos oferece algumas simulações, com destaque para uma luta contra o summon Titan. Essa luta, sem dúvidas, é o maior desafio dessa parte inicial, portanto é bom se preparar caso queira enfrentá-lo. Quem conseguir derrotá-lo, será premiado com sua Materia, um item capaz de invocar o Titan para lutar ao seu lado por um curto período.
Depois desse breve encontro com Chadley, decidimos pegar a montaria e levar meu grupo para o objetivo principal dessa área. Para isso, tivemos que cruzar uma área de pântano. Para nossa surpresa, esse objetivo resultou em uma luta intensa contra o chefe Midgardsormr. Essa serpente gigante, que possui golpes físicos devastadores, também é capaz de cobrir uma grande área com seus ataques tanto com as presas, quanto com seu rabo. Além disso, ela também solta nuvens de veneno e ataques de fogo. Isso a torna um oponente com um bom nível de desafio para essa etapa do jogo.
Com o fim da luta contra Midgardsormr, chegava também ao fim nosso período de testes. A cutscene que se desenrola após vencê-lo é bastante intrigante e apenas nos deixa ansiosos por mais.
É incrível pensar como essas três horas ininterruptas de jogatina passaram como se fossem apenas poucos minutos. Final Fantasy VII Rebirth não só se mostrou ser uma grande evolução do que já era um excelente jogo, mas também provou que será daqueles jogos para marcarem essa atual geração de consoles. Já estávamos empolgado com o lançamento de Final Fantasy VII Rebirth antes, mas agora, após termos o privilégio de testá-lo, mal podemos esperar pelo dia 29 de fevereiro para vivenciar por completo a segunda parte da jornada de nosso grupo de heróis.
O PSX Brasil agradece a Square Enix pela oportunidade de testar o jogo antes do lançamento.
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