Preview – Final Fantasy XIV: Dawntrail define o curso de uma nova aventura de forma empolgante

O lançamento de Dawntrail está cada vez mais próximo e, a convite da Square Enix, o PSX Brasil teve a oportunidade de testar antecipadamente a nova expansão de Final Fantasy XIV em um evento especial que aconteceu na cidade de Los Angeles.

Durante o media tour pudemos acompanhar uma apresentação do produtor e diretor de Final Fantasy XIV, Naoki Yoshida, que detalhou algumas das principais novidades de Dawntrail. Na ocasião, também fomos convidados para fazermos parte de uma entrevista, na qual Yoshi-P forneceu ótimas respostas sobre o processo de produção da expansão, além de dar dicas sobre o que podemos esperar ao longo da série de patches 7.X.

Mas, antes de contarmos melhor como foi essa experiência, devemos lembrar que este artigo é baseado em uma versão ainda em processo de desenvolvimento de Final Fantasy XIV: Dawntrail, portanto, o conteúdo da versão final ainda pode sofrer alterações. Dito isso, vamos para as nossas impressões:

Um novo continente, novos horizontes

Claro que explorar novas áreas em Final Fantasy XIV é sempre empolgante. No caso de Dawntrail, desde que as primeiras imagens do continente de Tural foram reveladas, ficamos impressionados com a variação de cenários e de culturas apresentadas. Este conceito de diversidade cultural também foi confirmado por Naoki Yoshida.

Mesmo que o teste não contemplasse nenhuma missão de cenário principal, somente a possibilidade de explorarmos livremente algumas das principais áreas de Tural serviu para confirmar o quão vasto o continente é.

A começar por uma das novas áreas comuns do jogo, Tulyollal. A metrópole, cuja ambientação remete a uma civilização antiga, possui um design estruturado em diversos níveis e repleto de detalhes. Sua área central é um mercado popular, onde os jogadores provavelmente encontrarão muitas oportunidades de negócios e de missões. Uma rápida parada no ponto mais alto da cidade, um lugar que aparenta ser um templo, permite contemplar a beleza de Tulyollal em toda sua extensão, desde os altos telhados cobertos por sapê até encontrar a imensidão azul do oceano.

Outra região que visitamos é a de Urqopatcha, que se caracteriza por suas formações rochosas. As construções ali situadas são em blocos de pedra. A flora é marcada pela presença de cactos, gramíneas e pequenos arbustos. Além disso, também é possível notar a cadeia de montanhas nevadas que circundam a região.

Mas a área que mais nos impressionou foi a de Kozama’uka. Com suas florestas coloridas e picos pontiagudos, aqui o fluxo da água dos rios chega à borda dos penhascos para tomar a forma de belíssimas cachoeiras. Com certeza essa é uma das áreas mais bonitas de todo o jogo.

Novos jobs: Viper e Pictomancer

Das novidades que tivemos acesso no teste de Dawntrail, sem dúvidas os dois novos jobs foram as mais divertidas. Do que conseguimos perceber, ambos têm potencial para serem boas opções dentre o grande arsenal de jobs que a função DPS possui.

Enquanto de princípio o Viper aparentou ser o mais fácil de compreender dos dois, até por possuir algumas semelhanças com jobs como o Ninja e o Reaper, o Pictomancer tem características bastante singulares, o que fez com que levássemos mais tempo para entender as mecânicas básicas de sua gameplay.

Após passarmos alguns minutos praticando com os bonecos de treino e sairmos para completar alguns Fates, ficou mais claro como o Viper parece ser daqueles jobs com um conceito básico simples de entender, mas que demanda bastante dedicação para ser masterizado.

Basicamente, a rotina do Viper consiste em atacar os inimigos com combos, sejam eles em área ou focado em um único alvo, prestando sempre atenção ao medidor Vipersight para melhor definir o próximo movimento, assim ativando buffs e colocando status nos inimigos. Outro medidor do Viper é o Serpent’s Ire, que permite entrar em um estado chamado de Reawaken para acessar uma variedade de habilidades.

Já com o Pictomancer passamos a maior parte do tempo durante o teste. Por mais que ainda não seja possível determinar como será seu desempenho em atividades de endgame, de cara confirmamos que se trata de um dos jobs mais divertidos de Final Fantasy XIV. 

O conceito básico deste job pode parecer simples, mas escolher a ordem certa de ativar as habilidades e pintar as telas é determinante para extrair todo o seu potencial. Os comandos básicos do Pictomancer permitem executar habilidades de ataque único ou em área, em uma sequência de fogo, gelo, raio, dentre outros elementos.

Cada elemento possui sua respectiva cor e, conforme os ataques forem realizados, o medidor de cores da aquarela permite ao Pictomancer ativar mais habilidades de dano. Este medidor também pode ser convertido para o modo preto e branco, um sistema que dá acesso a uma habilidade de alto impacto chamada Comet in Black.

Os quadros podem ser preparados anteriormente para serem acionados durante o combate. As pinturas se dividem entre criaturas, paisagens e armas. Cada tela possui ações para serem convertidas após serem pintadas, resultando em uma habilidade de ataque, uma arma de impacto ou em bônus de dano para sua equipe.

Mudanças no sistema de habilidades e jobs existentes

Uma função que também tivemos oportunidade de testar foi a substituição automática de habilidades na hotbar. Em suma, esse sistema já havia sido apontado por Naoki Yoshida durante a última “carta do produtor”. O que ele faz é substituir uma habilidade na hotbar pela próxima ação da rotina do personagem.

Por mais que possa parecer confuso de início, na prática a função se mostrou bastante útil principalmente para os jogadores de console. Com mais habilidades sendo introduzidas em Dawntrail, esse sistema tornará mais prática a organização das barras de acesso rápido. Vale lembrar que a função também pode ser desativada nas opções, caso seja de seu interesse.

Também apontadas durante a mais recente transmissão, as novas habilidades e as alterações dos jobs existentes estavam disponíveis para teste. Porém, com tanto conteúdo para ser conferido, o único job existente que jogamos foi o White Mage. Do que percebemos, o White Mage ficou ainda mais efetivo com a adição de uma habilidade de teleporte, uma terceira variação do Medica, além de uma segunda carga para habilidades como o Tetragrammaton.

A beleza do update gráfico de Final Fantasy XIV

Apesar de ainda ser divulgada como um trabalho em progresso, parte da atualização gráfica já estava disponível na build que testamos. Mesmo não sendo exclusiva para os que adquirirem Dawntrail, a atualização gráfica sem dúvidas está entre as novidades mais aguardadas da série de patches 7.X.

Aqui, conseguimos perceber que as texturas nas vestimentas dos personagens e nos terrenos estão muito mais detalhadas. Além disso, elementos de composição de cenário como árvores, pedras e folhagens aparecem em melhor resolução.

A sessão de criação de personagens foi outro ótimo parâmetro para testar os novos visuais. Para isso, usamos um frasco de Fantasia para editar nosso personagem e analisar algumas possibilidades. Notamos excelentes mudanças desde os chifres e as escamas dos Au Ra, passando por detalhes do rosto e dos cabelos dos Miqo’te, Lalafell e Viera, até para as pelagens da nova variação feminina dos Hrothgar.

Conforme apontado na apresentação inicial por Naoki Yoshida, ele continua colhendo feedback da comunidade para inserir as melhorias gráficas ao longo da série 7.X de patches. No entanto, por mais que esta não seja a versão final do update gráfico, o que encontramos foi um ótimo indício de que o trabalho está sendo feito com todo cuidado possível.

Nova Dungeon: Ihuykatumu

Para encerrar, vamos falar um pouco sobre a nova dungeon. Ao todo, concluímos a atividade por quatro vezes, sendo duas delas com aliados NPCs e outras duas em grupo com amigos de outros veículos que também participavam do evento.

No geral, Ihuykatumu é uma dungeon de dificuldade média, cujo layout segue o mesmo padrão da maioria das dungeons de Final Fantasy XIV. São três encontros de chefes, intercalados por batalhas contra grupos de inimigos.

A atividade começa com os heróis à bordo de uma embarcação que se desloca por um rio de águas turvas. Após algumas lutas no convés da balsa, atracamos na margem do rio para enfrentarmos o primeiro chefe.

Prime Punutiy é um inimigo que se assemelha a um peixe-boi gigante. Apesar de causar bastante dano com alguns de seus golpes, não levou muito tempo para que compreendêssemos suas mecânicas. O maior desafio da luta é ter que lidar com os minions que o boss convoca, ao mesmo tempo que ele realiza ataques em área.

Após essa batalha, seguimos nosso caminho através de túneis escuros enfrentando outros grupos de inimigos. O segundo chefe possui a habilidade de invocar galhos de plantas e reforçá-los para que causem mais dano. Suas mecânicas também não são das mais complexas, mas é importante ficar ligado principalmente quando ele estiver sobre o efeito de buffs.

Ao superarmos essa luta, avançamos por uma série de ruínas ao longo da floresta para chegarmos ao encontro final. É aqui que está o maior desafio da dungeon. Appolyon é um superpredador que possui um ataque problemático em área que dispara ondas de choque em lugares espalhados pelo cenário. Outro ataque causa um turbilhão de vento que se movimenta pela arena. Além disso, Appolyon também convoca minions e se alimenta deles para aumentar sua força.

Em suma, Ihuykatumu é uma dungeon divertida e que transmite bem o sentimento de exploração que é um dos principais temas de Dawntrail.

De malas prontas rumo à Tural

Após a conclusão do teste, a impressão que tivemos é que Dawntrail tem tudo para ser uma excelente aventura para nossos heróis. Com certeza, desenvolver uma nova história após a conclusão de um arco tão longo quanto o anterior não é uma tarefa das mais fáceis. Mas, ao que tudo indica, a equipe de Final Fantasy XIV parece ter encontrado o caminho certo.

Final Fantasy XIV: Dawntrail será lançado no próximo dia 2 de julho para PS4, PS5, Xbox Series e PC.