Entrevista – Cardell Kerr – Produtor Executivo de Spellbreak
Quando Spellbreak foi lançado, era muito difícil prever o quão novo o jogo seria em relação à outros Battle Royales. É claro, o uso de magia ao invés de pistolas o ajudou bastante a se diferenciar, mas com o mercado tão saturado, era necessário mais do que só fogo e gelo, mas um verdadeiro bom uso de charme.
E foi isso que o jogo acabou fazendo, se estabelecendo ao longo dos meses como uma alternativa viável para aqueles que buscam uma boa alternativa gratuita, bonita e interessante aos outros titãs do mercado.
Agora, com a primeira temporada do jogo se aproximando do final, nós tivemos a oportunidade de conversar um pouco com Cardell Kerr, o Produtor Executivo da Proletariat, desenvolvedora do título. Kerr nos contou um pouco sobre as origens do título, o processo por trás das mecânicas e novidades do 1° Capítulo e um pouco do que podemos esperar para o futuro.
Pegue o seu melhor copo de cerveja amanteigada, sente na sua melhor poltrona e venha ler um pouco desse ótimo papo exclusivo do PSX Brasil.
PSX Brasil: Olá Cardell! Meu nome é Thiago, eu sou um redator e podcaster do PSX Brasil. Como você está?
Cardell Kerr: Olá Thiago! Meu nome é Cardell e eu sou o Produtor Executivo de Spellbreak. Nós acabamos de passar por um metro de neve, então eu estou bem cansado de cavar. Fora isso, eu estou bem!
PSX: Antes de Falarmos sobre Spellbreak, você pode nos contar um pouco sobre a história da Proletariat e como você se sente sobre ter o melhor nome de um estúdio na indústria?
CK: Bem, a Proletariat foi formada por cinco fundadores que realmente gostavam de trabalhar juntos em sua empresa anterior e queriam fazer os jogos que eles amam. Desde então, nós temos nos focado em criar jogos pelos quais somos apaixonados, com o objetivo principal de construir jogos que permitem comunidades jogarem juntas. Quanto ao nosso nome, ele vem do fato de que cada um dos fundadores estava comprometido em ser um trabalhador. Proletariat como um nome se encaixa no conceito que os fundadores tinham para a empresa.
PSX: Então, falando agora sobre Spellbreak, o battle royale de magos de sucesso que acertou um ponto especial (e único) com sua própria interpretação do gênero. De onde veio a ideia para o jogo e como vocês decidiram um battle royale em equipe ao invés de um jogo focado em solo play?
CK: Quando nós começamos, Spellbreak era na verdade um jogo focado em combate corpo-a-corpo com uma tema viking que tinha pouco uso de magia deliberadamente. Nós trabalhamos nesse jogo por bastante tempo, mas nós continuamos encontrando problemas com um combate melee multiplayer que continuasse profundo quando você aumentava o número de inimigos de 1 para, digamos, 10. Depois de bastante tempo, Nós mudamos isso, e fomos para um jogo de alta fantasia baseado ao redor de magias elementais e como elas interagem umas com as outras. Isso imediatamente mostrou várias opções táticas, e focar em esquadrões permitiu uma expressão de habilidade mais aprofundada quando as pessoas trabalham juntas.
PSX: Parte do charme de Spellbreak é o quão diferente as classes são de se jogar. De onde veio a ideia de permitir aos jogadores trocarem de manopla livremente e equipar duas delas, ao invés de prendê-los em uma classe determinada? A possibilidade de um trio equipar todas as seis foi parte do processo de decisão?
CK: Certamente sim! Quando nós começamos Spellbreak, nós, na verdade, não tínhamos classes elementais – nós tínhamos classes que você precisava misturar de uma maneira bem roguelike. Nós eventualmente migramos para classes porquê nós sentimos que o apelo de Spellbreak era o conceito de magos elementais. Uma vez que nós seguimos por esse caminho, nós começamos os jogadores com as suas manoplas elementais e os permitimos ter uma segunda mão para se expressar e o seu estilo de jogo preferido. Algumas vezes isso funciona com combinações elementais e algumas vezes é mais uma escolha tática.
PSX: Dos visuais à forma como os ataques interagem entre si para formas novas magias, existem claros elementos de Spellbreak que tornam o jogo bastante impressionante. Tem algo que vocês viram agora que o jogo está nas mãos dos jogadores já há algum tempo que vocês não esperavam?
CK: A coisa que mais me surpreendeu desde o lançamento é o quão diferente o jogo é em comparação com outros shooters PvP. Ser bom em outros jogos não significa que você será bom em Spellbreak e tem sido fascinante ver os jogadores que estão familiarizados com outros jogos aprenderem habilidades distintas em Spellbreak.
PSX: Outro fator importante do jogo é a sua lore e vocês deram um passo bem importante em relação à isso com o lançamento de The Spellstorm. Houveram desafios únicos em tentar contar uma história em um ambiente focado no multiplayer ao invés de uma experiência singleplayer mais direta? Como vocês equilibram isso com o próprio balanceamento e diversão do jogo para quem está mais interessado no gameplay?
CK: A boa notícia é que a maior parte da nossa liderança vem de um background de MMO, o que significa que contar histórias multiplayer é algo que nós temos feito há anos. Isso tornou a abordagem com Spellbreak muito mais clara, no sentido em que nós decidimos focar em fazer uma história que qualquer um que estivesse jogando pudesse experimentar. Várias das missões do 1° Capítulo tem o objetivo de mudar o gameplay de uma forma estranha, enquanto ainda dão um insight no mundo de Spellbreak. Isso permite as pessoas que querem conhecer o lore experimentá-la como parte do gameplay, enquanto as pessoas que só querem o gameplay em si podem simplesmente usar essas novas experiências para vencer seus oponentes.
PSX: Nós fomos apresentados até agora aos Vowkeepers e Vowbreakers, Longwatch e a Five Hand Alliance. Esses serão os principais elementos do mundo ou ainda existem figuras-chave esperando para aparecer no futuro próximo?
CK: O mundo de Spellbreak está em constante evolução. Essas são as principais facções, mas nós queremos continuar a apresentar personagens para os jogadores poderem interagir e formar laços com. Essa é uma parte importante de contar uma história, e uma que você pode esperar mais nos futuros capítulos!
PSX: Antes de The Spellstorm nós tivemos The Gathering Storm e uma das suas grandes adições foi o modo Clash. Na época, vocês mencionaram que era uma das evoluções do gênero que vocês estavam planejando. Com a próxima atualização já no horizonte, os jogadores podem esperar algo novo ou foco no momento é só melhorar o modo principal?
CK: Na verdade, os dois! Você pode esperar algumas mudanças significativas para o modo principal e outro desenvolvimento que te permitirá experimentar Spellbreak de uma forma diferente. Eu realmente estou ansioso para o que os jogadores vão pensar disso!
PSX: Uma última coisa que eu queria falar sobre era a progressão no jogo. Tanto o Chapter Pass quanto a progressão normal foram bastante elogiados, com vários jogadores comentando sobre a quantidade de conteúdo que vocês tem adicionado com cada atualização. Como foi o processo por trás de decidir o que será adicionado a cada Chapter Pass?
CK: Nós sabíamos que nós queríamos colocar o máximo de conteúdo em cada Chapter Pass quanto fosse possível, então quando nós olhamos para o que seria possível adicionarmos pensamos bastante sobre o que poderia adicionar valor para os jogadores. Fundamentalmente, nós queremos que qualquer um que jogue Spellbreak veja o valor no Chapter Pass e experimente o conteúdo que nós adicionamos da melhor e mais recompensadora forma.
PSX: Muito obrigado! Tem algo que vocês gostariam de falar para os jogadores de Spellbreak no Brasil?
CK: Obrigado por jogar Spellbreak, apoiar um estúdio indie como a Proletariat, e serem tão incríveis!