Dragon’s Dogma 2 – Preview; Jogamos o Futuro RPG de Ação da Capcom
Na última quinta-feira, a convite da Capcom, tivemos a oportunidade de participar de uma prévia de Dragon’s Dogma 2, a aguardada sequência do aclamado RPG de ação lançado em 2012. A build que tivemos acesso foi a mesma apresentada durante a Tokyo Games Show, porém com uma liberdade maior para explorar o mapa.
Particularmente, tenho no primeiro Dragon’s Dogma algumas das melhores recordações da geração do PS3. O jogo que comprei de forma desprenteciosa na época do lançamento se tornou um dos meus favoritos de todos os tempos. Por conta disso, poder participar dessa sessão de testes foi algo muito gratificante. Desde de seu anúncio, a expectativa que tinha por essa sequência já era enorme. Agora, após provar um pouco do gameplay, posso afimar que Dragon’s Dogma 2 está caminhando para se tornar um dos lançamentos mais promissores do próximo ano não apenas para os fãs da franquia, mas também para quem gosta de RPGs de ação no geral.
Ao longo do período que tive acesso ao jogo consegui experimentar três das vocações iniciais. O Arqueiro (Archer) é a classe para quem gosta de combate à média distância. Diferentemente do Strider de Dragon’s Dogma, o Arqueiro, aparentemente, perdeu acesso às adagas, ficando mais direcionado para o combate com arco e flechas. Para situações de combate corpo a corpo, o arqueiro pode desferir um chute capaz de nocautear os inimigos de menor porte. O combate de arco e flechas continua sendo um dos pontos fortes do jogo e agora oferece mais agilidade por permitir que o jogador se movimente mais rápido quando estiver com o arco armado. Foi também durante o teste do arqueiro que tive contato com algumas missões relacionadas à história, mas que, por solicitação da Capcom, não posso entrar em maiores detalhes para evitar spoilers.
Outra vocação que testei foi a de Guerreiro (Figther). Bem similar ao primeiro jogo, o guerreiro tem acesso ao conjunto de espada e escudo para atuar na linha de frente do combate. Foi durante meu período com o guerreiro que aconteceu o melhor momento dessa minha pequena experiência. Ao transitar livremente pelo mapa, meu grupo foi surpreendido por um Grifo. Esse inimigo, que era um dos melhores encontros do primeiro jogo, permanece sendo uma experiência excelente de combate em Dragon’s Dogma 2. Decidi atacar o Grifo e já fui para a perna do monstro golpeando-a desenfreadamente. Uma das minhas ações favoritas em Dragon’s Dogma sempre foi agarrar no monstro para atacá-lo. Para minha satisfação, essa função continua excelente.
O consumo de stamina ao agarrar no monstro parece ter sido reduzido, portando consegui permanecer mais tempo golpeando o Grifo, enquanto ele tentava desesperadamente levantar voo. Para minha surpresa, ele conseguiu subir aos céus e saiu me carregando. Curiosamente, consegui ficar em pé em suas costas enquanto ele voava e, com isso, recuperei parte da minha stamina. Após um período me carregando em suas costas, ele finalmente conseguiu em derrubar. Caí lá do alto direto no meio de uma cidade e, só então, notei que estava muito longe do lugar onde iniciamos a luta. Isso dá uma noção de como essa mecânica foi aprimorada em Dragon’s Dogma 2.
A vocação de Ladrão (Thief) também se mostrou bastante interessante. A jogabilidade, nesse caso, vai pelo mesmo caminho do que era o combate com adagas das vocações de Strider e Ranger do primeiro jogo. Com mais mobilidade e golpes que causam um alto dano crítico, essa vocação também deve se caracterizar por um alto consumo de stamina ao usar seus ataques especiais. Infelizmente, quando troquei para o Ladrão, meu período de teste já estava próximo de se encerrar, portanto essa foi a vocação que menos experimentei.
Após concluir o teste, a impressão que tive do combate foi das melhores. Consegui notar que, no geral, a movimentação de nosso personagem está bem mais responsiva e que o jogo é bastante fiel ao sistema de combate do primeiro Dragon’s Dogma.
Aliás, algo que também permanece similar é o consumo de itens. Ainda é necessário pausar o combate para recuperar vida, stamina e usar outros itens. Também foi mantida a função de combinar itens para criar poções com propriedades melhores que as dos itens básicos. De certa forma, confesso que esperava algum atalho de consumo rápido para itens essenciais em Dragon’s Dogma 2. Pelo fato do gameplay estar ainda mais ágil, entrar no menu para acessar consumíveis quebra um pouco o ritmo do combate.
Uma das mecânicas que mais me divertia em Dragon’s Dogma era o sistema de Peões (Pawns). O que, para muitos, era apenas mais uma função do jogo, para mim foi onde concentrei boa parte do meu tempo após terminar a campanha, participando de fóruns de recrutamento de Peões e competições de desempenho. Por isso, fiz questão de prestar o máximo de atenção no comportamento dos Peões que me acompanharam durante o teste. Algo que me chamou atenção é que eles estão muito mais ágeis para atender aos comandos de ataque, defesa e ajuda. Durante a exploração, frequentemente os Peões chamavam minha atenção para elementos do cenário e tentavam me guiar para eventos do mundo. Claro que as dicas de combate ainda estavam presentes, mas notei bem menos repetição de frases como era no primeiro jogo. Provavelmente, com a promessa da Capcom de Dragon’s Dogma 2 possuir um mundo duas vezes maior que seu antecessor, inevitavelmente veremos os Peões repetirem suas frases. Mas, acredito que isso acontecerá com menos frequência que no primeiro jogo.
A exploração também está excelente, o mundo segue o mesmo design com um sistema de mapa aberto, onde as estradas levam aos pontos principais e áreas adjacentes podem ser encontradas ao desviar desses caminhos. A todo momento que transitei pelos mapas fui constantemente atacado por orcs, harpias e outros monstros, dando a entender que esses conflitos serão mais presentes em Dragon’s Dogma 2. Uma novidade que encontrei foi os pontos de acampamento. Ao montar um acampamento é possível configurar suas habilidades, avançar no tempo e conversar com os Peões. Em um dos acampamentos que encontrei, decidi montar uma barraca. Para isso, foi necessário consumir um kit de acampamento, o que dá uma ideia que será necessário gerir esses recursos durante a exploração.
Nesse acampamento que montei, optei para descansar até a noite, pois queria testar como essa função está em Dragon’s Dogma 2. Ao explorar o mundo durante a noite tudo continua sendo bem mais ameaçador, com uma maior frequência de inimigos, incluindo alguns que só aparecem nesse período. Com as novas tecnologias empregadas em Dragon’s Dogma 2, a sensação de explorar no escuro é ainda mais imersiva. Mesmo com a lanterna ligada, a iluminação se manteve restrita a apenas alguns palmos, tornado essa função ainda melhor do que já era no primeiro jogo.
De forma geral, esse teste serviu para me deixar ainda mais empolgado com Dragon’s Dogma 2. O que posso dizer para quem também está aguardando pelo jogo é que a Capcom claramente está empenhada em manter suas principais características, melhorando a base estabelecida do primeiro game, mas fazendo de tudo para que continue sendo o Dragon’s Dogma que tanto amamos. Mesmo hoje, após mais de dez anos de seu lançamento, é incrível como o primeiro Dragon’s Dogma continua sendo um jogo excelente. Por mais que seus gráficos estejam datados, o combate ainda flui incrivelmente bem. Com a data de lançamento de Dragon’s Dogma 2 ainda permanecendo como uma incógnita, gostaria de encerrar esse texto dizendo aos que não jogaram o primeiro jogo que aproveitem para fazer isso antes do lançamento da sequência. Ele continua sendo um dos melhores RPG’s de ação já criados.
Gostaríamos de agradecer à Capcom pelo convite e também à Theogames pela organização do evento.