Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion – Preview
Desde que Final Fantasy VII Remake foi anunciado, uma das minhas maiores curiosidades sempre foi como a Square Enix iria lidar com os jogos da Compilation of Final Fantasy VII, em especial dado o papel importantíssimo que Crisis Core teve em expandir não só a história de Zack Fair, mas todo o background em torno da SOLDIER e dos três personagens mais importantes do jogo principal.
Ainda mais considerando o quão intrigado e empolgado com o que foi feito por Tetsuya Nomura eu me senti tanto à época da minha análise do jogo quanto até hoje quando penso nele. Então, quando veio o convite da Square Enix Latin America para conferir o primeiro capítulo de Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion, um dos meus jogos mais aguardados para esse ano mesmo antes de ser lançado, foi fácil correr para me jogar de volta em Midgar.
E, bom, se Final Fantasy VII Remake restabeleceu a barra para o que merece ser visto como um excelente remake, as primeiras impressões sobre Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion são de que a equipe por trás do projeto segue com a mira calibrada e acertando um gol de placa atrás do outro.
Se você ainda tem a impressão de que CC -FFVII- Reunion não passa de um remaster do jogo original de PSP ou que o escopo em que o jogo foi refeito é limitado, já fica aqui o aviso: o mesmo cuidado demonstrado com o primeiro título é visto em cada pequeno aspecto aqui, com o jogo reinterpretando a visão da Midgar moderna vista ali em um escopo menor e mais limitado para se manter fiel ao que foi visto na “jóia da coroa” da compilação original.
Tanto o aspecto visual dos modelos dos personagens principais vistos logo no começo, da primeira cena com Zack em cima do trem ao primeiro encontro com Angeal e a apresentação do herói Sephiroth, todos os personagens estão bem fiéis às versões atualizadas dos seus modelos, algo que se estende há alguns inimigos vistos em ambos os jogos, como o Behemoth.
Ajuda bastante que a história do jovem soldado Zack Fair em sua jornada para se tornar um SOLDIER 1st Class e, mais importante, um herói para o povo de Midgar é engajante desde os seus primeiros momentos, especialmente se você tem um conhecimento prévio sobre os personagens (mesmo que Crisis Core funcione surpreendentemente bem como uma introdução a esse universo).
O combate, que sempre foi um dos aspectos mais positivos do original, parece ter sido dado importantes passos rumo a consertar as maiores reclamações que os jogadores tinham. O sistema de combate em tempo real funciona excepcionalmente bem, sendo bastante fiel ao Crisis Core original e, com isso, se mantendo diferente o suficiente daquele visto em Final Fantasy VII Remake.
A impressão inicial dos ajustes feitos sistema Digital Mind Wave (DMW), uma roleta baseada nas memórias do Zack, é bastante positiva, com o sistema, talvez o ponto mais polêmico de Crisis Core enriquecendo bastante as primeiras horas do jogo e servindo como um importante e bem-vindo auxílio para que o jogador consiga lidar com algumas das batalhas mais difíceis que o jogo coloca no seu caminho ao longo do primeiro capítulo.
A única coisa que me deixou um pouco com o pé atrás é a alta taxa de encontros aleatórios que o jogo possui. Vindo de uma série de jogos na franquia em que os inimigos estão presentes no mapa e você pode escolher se irá entrar em combate com eles ou não, retornar a um sistema aleatório de batalha é um tanto decepcionante, ainda compreensível visto que, apesar de todos os aspectos impressionantes de Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion, fica claro que ele ainda é afetado por algumas das limitações impostas à versão de PSP, algo visto também na movimentação dos modelos de personagens que, em dados momentos, é um pouco “dura”.
É de se ver quais outras limitações vistas no jogo original também se mostrarão presentes à medida em que formos avançando pelo jogo e encontrando áreas mais complexas. De toda forma, já fica claro que não temos só uma “simples” remasterização destinada a resgatar um título que estava “preso” na biblioteca do PSP, mas algo feito para reforçar a importância de Crisis Core na linha do tempo da série e no futuro planejado pela mente de Tetsuya Nomura.
E, como fã de décadas da série, isso é um dos elementos mais positivos que eu poderia esperar. Apesar da minha relação um pouco diferente com FFVII da opinião mais comum, a história de Zack sempre foi uma das minhas preferidas em toda a série, iniciando uma longa relação de amor com os trabalhos do diretor original, Hajime Tabata.
Vê-la refeita com tanto esmero pelas mãos de um das maiores mentes da indústria em Tetsuya Nomura e ocupando um espaço de destaque no maluco projeto dele de recontar essa aventura tão icônica é algo que consegue gerar uma empolgação imensa, ainda mais podendo ver na prática o quão bom o resultado inicial vai sendo.
Se há alguma surpresa tão grande quanto aquelas que nos aguardavam em Final Fantasy VII Remake, só mais algumas boas horas de jogatina irá nos dizer. Mas as primeiras horas nos deixaram com a mesma impressão absurdamente positiva que tivemos ao jogar as primeiras horas de FFVIIR e, sinceramente, pouquíssimas coisas poderiam indicar o quão impressionado, empolgado e faminto por Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion quanto essas palavras.
Preview elaborado no PS5 com um código fornecido pela Square Enix.
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