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Capcom Fighting Collection 2 – Preview

Nos últimos anos, a Capcom tem se dedicado bastante em oferecer seu portfólio. Tivemos inúmeras coletâneas, como de Mega Man e Ace Attorney, por exemplo. Caramba, até Marvel vs Capcom recebeu uma. Mas, desta vez, a Capcom traz Capcom Fighting Collection 2, uma coletânea de jogos de luta que, sinceramente, é uma aula de história de jogos que vão desde a “esquecidos” a “crossovers que não imaginávamos que retornariam”.

O PSX Brasil teve a oportunidade de jogar um pouco da coletânea e vamos nos dedicar a alguns títulos específicos neste preview. Mais adiante, soltaremos uma análise completa da coletânea.

Capcom Fighting Collection 2

Primeiramente, é importante ressaltar do que se trata a coletânea. Como dito anteriormente, são jogos de luta (total de 8):

  • Capcom vs. SNK: Millennium Fight 2000 Pro
  • Capcom vs. SNK 2: Mark of the Millennium 2001
  • Capcom Fighting Evolution
  • Street Fighter Alpha 3 UPPER
  • Project Justice
  • Power Stone
  • Power Stone 2
  • Plasma Sword: Nightmare of Bilstein

Além dos jogos, a coletânea oferece opções como online com netcode via rollback, save state, Museu com diversas artes, opção de escutar as trilhas sonoras, possibilidade de usar movimentos especiais específicos com apenas um botão e mais, inclusive selecionar versões em inglês ou japonês dos jogos.

Neste preview, nos focaremos em três jogos.

Capcom Fighting Collection 2

Capcom vs. SNK: Millennium Fight 2000 Pro

Nada mais justo que começar falando de um dos títulos mais importantes nesta coletânea. Capcom vs. SNK: Millennium Fight 2000 Pro não foi o primeiro projeto crossover das duas (esse título fica para SNK vs. Capcom: Card Fighters Clash), mas é o primeiro dos mais importantes. É o projeto desenvolvido pela Capcom e lançado originalmente como Capcom vs. SNK: Millennium Fight 2000. A versão “Pro” é como se fosse uma Champion Edition: basicamente o mesmo jogo, mas com revisões e a adição de Dan e Joe como jogáveis.

A mecânica de luta segue um formato tradicional (1×1), mas com um outro personagem da sua equipe assumindo a batalha caso tenha sido derrotado em um round.

Capcom vs. SNK é muito mais conhecido pela sua sequência. O motivo disso é que o original é limitado em muitos aspectos, como personagens e mecânicas. Primeiramente, temos o sistema de “ratio”. Teoricamente, é algo interessante, pois apresenta um balanceamento em jogos de luta de forma diferente. Seu espaço de escolha de lutadores é de 4 “unidades”. Por exemplo, se você escolher um Akuma ou Sagat, já gastará 3 unidades, sobrando apenas 1 para um personagem mais “fraco” como um Dan ou Joe. Isso significa que podem acontecer lutas de até 2 personagens contra outros 4 por causa desse sistema. Mas é possível ignorar isso tudo e jogar com um clássico 2×2, sem problemas.

Capcom Fighting Collection 2

Além disso, o sistema de “groove” só possui duas opções: Capcom (baseado na série Street Fighter Alpha) e SNK (KOF 94-98). Ou seja, ao escolher um desses sistemas, o seu personagem possui uma barra e mecânicas baseadas nos jogos citados. A sequência, Capcom vs SNK 2, possui seis sistemas para se ter uma ideia da evolução nesse aspecto.

De qualquer forma, a presença de Capcom vs. SNK: Millennium Fight 2000 Pro na coletânea é extremamente válida por questões históricas – é como termos X-Men vs Street Fighter na de Marvel vs Capcom.

Capcom Fighting Collection 2

Power Stone 2

Um dos jogos que o Dreamcast recebeu em seu lançamento foi o primeiro Power Stone. Tive o console justamente quando chegou ao mercado brasileiro lá em 1999, mas como o dinheiro gasto nele e num Sonic Adventure já tinha sido muito além do que eu (minha mãe na verdade) podia, só cheguei a conferir os jogos da época pegando em locadoras. E um deles foi Power Stone.

A sequência, porém, só chegou um ano mais tarde e eu já estava morando em uma cidade sem a opção de alugar jogos de Dreamcast. Em outras palavras, nunca cheguei a conferir o título.

Com esta coletânea tive a oportunidade de fazer isso. Power Stone 2 é um jogo simples, mas que funciona de forma mais divertida no multiplayer. Pense como um Smash Bros. em 3D mas com barra de vida, ao invés da famosa %. Há itens para serem usados pelos lutadores, você pode andar e pular livremente pelo cenário e o objetivo é – além de bater nos outros – ficar vivo. O cenário também é seu inimigo, apresentando armadilhas.

Capcom Fighting Collection 2

Outro ponto de Power Stone 2 são as joias que dão nome ao jogo. Ao coletar três delas em combate, você destrava um poder de seu personagem temporariamente para auxiliá-lo no duelo.

O modo Arcade de Power Stone 2 é o que você imagina: quatro personagens batalhando entre si. A diferença é que existem alguns chefes pelo caminho (ilustrado acima um exemplo) que apresentam algumas mecânicas interessantes para serem derrotados, desde pontos fracos até “mobs” (inimigos mais fracos que aparecem durante a luta).

No fim, Power Stone 2 é um jogo bacana, mas sem dúvida tem mais graça jogando com amigos.

Capcom Fighting Collection 2

Plasma Sword: Nightmare of Bilstein

Provavelmente o título mais obscuro da coletânea. Lançado para Arcades em 1998 e mais tarde no Dreamcast, Plasma Sword: Nightmare of Bilstein é uma sequência de Star Gladiator. Acredito que o jeito mais fácil de introduzir o título é apontando que Hayato, um dos personagens de Marvel vs Capcom 2, é o protagonista desta série.

Plasma Sword é um jogo simples e interessante, mecanicamente falando. Trata-se de um game de luta 3D com dois botões de ataque para a arma que o personagem carrega, um botão de chute e um de desvio, que serve para andar para “dentro” do cenário, já que é 3D.

Capcom Fighting Collection 2

Ainda sobre as mecânicas, não temos “ring outs” (comum em jogos do gênero) e o sistema de golpes especiais lembra outros títulos como Street Fighter (inclusive a barra de especiais com os ‘Supers’ – Plasma Strikes). Há mecânicas também de contra-ataques (Plasma Reflect e Plasma Revenge), assim como um movimento chamado de Plasma Field. Neste último, o campo de batalha é reduzido a uma arena com paredes invisíveis, forçando o oponente a receber a sua pressão.

Serei honesto: Plasma Sword: Nightmare of Bilstein não é um jogo ruim, mas é visível porque “morreu”. As mecânicas de jogo, em sua maioria, não trazem novidades ao gênero. Mas o principal motivo é que em 1998 (e principalmente 1999-2000, quando o jogo chegou ao Dreamcast) já tínhamos SoulCalibur, um título que revolucionou os jogos de luta 3D com gráficos espetaculares (na época) para o console da SEGA. E Plasma Sword, apesar das mecânicas de golpes especiais e barras, lembra o jogo da Namco (ainda não era Bandai Namco na época!) por conta dos botões. E os gráficos de Plasma Sword não chegam aos pés de SoulCalibur, infelizmente.

Mas, como sempre digo, é uma adição importante para a coletânea, pois é justamente um pedaço da história da Capcom – e dos games. Só ficou faltando Star Gladiator, mesmo.


Capcom Fighting Collection 2 será lançado em 16 de maio de 2025 para PS4, Xbox One, Switch e PC via Steam.

Prévia realizada com código de PS4 fornecido pela Capcom.

©SNK CORPORATION ALL RIGHTS RESERVED. ©CAPCOM

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