Brawlhalla x Halo – Impressões
O popular — e gratuito — jogo de luta em plataforma Brawlhalla continua expandindo seus horizontes. Essa semana, juntando-se ao sempre crescente elenco tanto de personagens originais como de crossovers com franquias das mais variadas formas de entretenimento, Master Chief e Arbiter da saga Halo entram na briga.
Apesar de Halo ser uma franquia exclusiva e um dos principais chamarizes da plataforma Xbox, Brawlhalla está disponível em virtualmente todas as plataformas e oferece suporte a crossplay, portanto qualquer jogador pode adquirir esse conteúdo que ficará disponível permanentemente no jogo.
O primeiro jogo na série Halo foi um título de lançamento do Xbox original, lançado em 2001, e desde então cresceu até se tornar uma das mais rentáveis franquias transmidiáticas da atualidade, com livros, animações, série, quadrinhos, e diversos jogos e spin-offs. Com um histórico tão extensivo, pode até ser um desserviço tentar descrevê-la de forma resumida para jogadores como nós, que nunca tivemos um contato direto por conta de tal exclusividade.
Num futuro distante, quando a humanidade passou a colonizar o espaço, o Comando Espacial das Nações Unidas patrocinou um projeto chamado Spartan-II com o intuito de criar soldados de elite para conter possíveis rebeliões. Em dado momento, uma aliança de alienígenas denominada de Covenant declara a raça humana como herege e uma afronta à suas crenças. Por sua superioridade, tanto em número como em tecnologia, não foi uma batalha; foi um genocídio. Master Chief, um dos últimos espartanos sobreviventes, conseguiu deter o avanço da Covenant. Durante o conflito, a própria oposição se viu com problemas e, de lá, surge Arbiter, um comandante que reúne sua espécie e passa a apoiar os humanos ao invés.
Em Brawlhalla, crossovers são tratados como skins de luxo para os personagens originais. Na prática, isso significa que os ataques característicos de cada personagem precisam ser adaptados dentro de suas propriedades já existentes, e qualquer alteração é meramente cosmética, não afetando de forma alguma as habilidades do personagem que serve como base. Cada personagem possui uma combinação única de duas armas distintas.
Assim sendo, Master Chief surge como uma skin para Isaiah, cujas armas são pistolas duplas e canhão. Neste caso, o personagem vem munido de pistolas Magnum e o lança-mísseis SPNKr, embora muitas outras armas do arsenal do herói surjam durante os ataques característicos bem como breves aparições de Guilty Spark em certas animações.
Arbiter por sua vez é uma skin para Sidra, cuja combinação de armas é formada por um canhão e uma espada. O personagem inclui a skin Canhão de Combustível, e a mais notável e icônica Espada de Energia. Substituindo tentáculos da personagem original, os desenvolvedores engenhosamente inseriram outras criaturas da Covenant nos breves quadros de animação dos ataques característicos.
Cada uma dessas skins custa 300 Blue Mammoth Coins, que podem ser adquiridas através da própria PlayStation Store. Além disso, o crossover ainda oferece uma vasta gama de itens cosméticos adicionais vendidos separadamente, como avatares, emojis, e skins para armas, inclusive para orbe e marreta, que não estão entre as armas utilizadas por estes personagens.
Ademais, o crossover acrescenta ao jogo um novo cenário e um modo de jogo chamado Brawla Louca, inspirado por um dos modos de jogo existentes em Halo. Seja em partidas cada um por si ou em duplas, você pontua conforme segura uma caveira flamejante, que é derrubada de suas mãos quando você é atingido, e vence quem atingir uma pontuação pré-determinada primeiro. Por fim, jogadores que fizerem login durante o período de lançamento receberão gratuitamente o título “Spartan”.
Deixando qualquer tipo de ismo de lado, a inclusão de um representante de uma franquia exclusiva a uma plataforma, e um personagem extremamente emblemático por sinal, pode abrir um grande precedente aqui. Não é difícil imaginar Kratos ou Aloy, por exemplo, entrando no páreo no futuro. O céu é o limite, e Brawlhalla pode muito bem superar o número de colaborações vistas no maior jogo em seu gênero.