Análise – Strange Brigade

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Se você tem problemas com múmias aterrorizantes, hordas de zumbis, escorpiões gigantes, estátuas malignas que ganham vida ou feiticeiras maléficas que retornam dos mortos para aterrorizar o mundo, não se preocupe mais. A Strange Brigade pode te ajuda a se livrar de todos esses problemas com muito tiroteio, explosões e artefatos místicos, com uma equipe especializada em caçar e destruir monstruosidades.

A Rebellion é mais conhecida pela série Sniper Elite, mas sempre tira um ás da manga e apresenta algumas surpresas vez ou outra, como Evil Genius ou NeverDead. Strange Brigade é a nova empreitada da desenvolvedora em dar aos jogadores experiências cooperativas recheadas de ação, com uma boa pitada de humor e diversão.

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Strange Brigade é sobre um grupo de personagens especializados em caçar e derrotar forças estranhas e sobrenaturais que tem propósitos malignos contra a humanidade. Com forte inspiração no cinema dos anos 30 e 40, além de personagens como Indiana Jones e Allan Quartermain, Strange Brigade vai recordar o jogador de várias obras de mistério e exploração já apresentadas anteriormente em outras mídias.

A história se inicia em 1930, com a brigada investigando o desaparecimento de um membro do grupo, para depois descobrir que o mesmo foi morto por uma antiga rainha feiticeira egípcia, Seteki. Livre de sua prisão, a feiticeira planeja liberar seu exército de monstruosidades para dominar o mundo. Cabe agora à brigada caçar Seteki em várias localidades do Egito e regiões próximas, para impedir que o mundo seja consumido pelo seu exército maligno.

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Apesar de a história ser um pouco batida e clichê em vários pontos, essa não-originalidade acaba por não prejudicar o jogo e até colabora de certa forma com o tom mais leve e engraçado da aventura. Esse humor, tipicamente britânico, é mais acentuado pelo narrador do jogo, que conta os fatos como se fosse um leitor entusiasmado de As Minas do Rei Salomão.

O jogador pode escolher entre os quatro personagens disponíveis da brigada para jogar, sendo que um novo será adicionado no lançamento como bônus para aqueles que realizaram a pré-venda. Cada personagem é único e com características distintas. Há o professor, que pode encontrar segredos pelas fases, a lutadora, com força física avantajada, o exímio atirador e a guerreira tribal.

A campanha principal é dividida em nove missões. Cada missão é uma aventura cheia de armadilhas, segredos e inimigos em excesso, consistindo nos heróis procurando uma forma de destruir Seteki e suas maldições. O estilo de cada missão é único e bastante interessante, com localizações que variam de escavações em desertos, tumbas e templos escondidos, cavernas que eram esconderijos de piratas e mais.

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O design das fases é sempre recheado com armadilhas, que podem ser usadas tanto contra quanto a favor do jogador, portas secretas e caminhos ocultos, quebra-cabeças para poder avançar pela missão ou para conseguir demais itens e claro, vários inimigos pelo caminho.  Apesar de ser bem produzido, no fim não há muita variação do que fazer em cada missão, sendo mais um avançar, eliminar os inimigos até o fim e enfrentar um dos campeões de Seteki.

Os inimigos não são diferentes do que se poderia imaginar em algo baseado na mitologia egípcia. Durante a campanha é comum enfrentar zumbis, múmias, escorpiões gigantes, escaravelhos, soldados ressuscitados, feiticeiros e até estátuas vivas. Normalmente, há formas distintas e mais específicas para se eliminar cada tipo, mas basta seguir o bom e velho atirar e explodir que o resultado será satisfatório e divertido.

Além da campanha principal, há ainda um modo Horda e um modo de Ataque Contra o Tempo. O modo Horda não é diferente do que já foi visto em vários jogos do gênero, bastando enfrentar ondas após ondas de inimigos e ir melhorando seu arsenal. Ataque Contra o Tempo coloca o jogador em versões diferentes das missões principais, em que o objetivo é eliminar os inimigos o mais rápido possível e, ao mesmo tempo, ganhar mais pontos e subir no ranking de pontos contra seus amigos ou no ranking mundial.

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O combate em Strange Brigade é caótico, frenético e divertido. Cada personagem pode carregar uma arma primária, uma pistola como arma secundária e um tipo de granada. Todo o arsenal é inspirado em versões originais de armas construídas até a década de 30. Há uma boa variação de armas que incluem escopetas, rifles automáticos e de precisão, pistolas, revólveres, lança-chamas, bestas explosivas, granadas incendiárias, dinamites e muito mais.

Se o arsenal disponível ainda não for suficiente, há também um amuleto que dá ao jogador poderes sobrenaturais como arremessar bolas de fogo ou criar uma onda de impacto ao se bater no chão, sendo que cada personagem tem amuletos distintos. Há ainda runas que podem ser colocadas nas armas e que vão dar bônus interessantes e úteis, como congelar ou incendiar inimigos. Novas armas podem ser compradas com os tesouros que se acha nas missões e ao eliminar os inimigos, garantindo assim uma boa evolução do arsenal.

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Mesmo podendo ser jogado sozinho, Strange Brigade, assim como vários outros jogos que tem opção de ser jogado cooperativamente, é bem melhor quando aproveitado com amigos. Enfrentar os inúmeros inimigos que surgem e combinar estratégias com seus parceiros, além de utilizar bem o que os cenários oferecem, como barris explosivos e armadilhas que serram e empalam múmias, com certeza é o ponto alto do jogo.

Há uma boa longevidade para o título, já que é possível gastar mais de uma hora em cada missão para procurar todos os segredos e colecionáveis disponíveis. Ainda é possível refazer as missões numa dificuldade mais alta e com ainda mais inimigos, melhorando assim as recompensas, além de poder desfrutar bastante dos demais modos de jogo já citados.

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Tecnicamente, Strange Brigade é bem sólido, mantendo a taxa de quadros firme mesmo com mais de 30 inimigos na tela, e com um visual agradável e bem colorido. Um ponto negativo é a qualidade sonora do jogo. Apesar de algumas músicas serem atraentes, a trilha sonora não se destaca o suficiente e a sonoplastia das armas lembra mais pipoca estourando do que o disparar de armas de fogo. Algo que pode ser mais pessoal do que um defeito é o tremer da tela ao se atirar por um tempo maior. O chacoalhar chega a ser incômodo e seria interessante uma opção para configurar isso.

A Rebellion não criou um jogo revolucionário para o gênero nem uma história original, mas com certeza fez uma obra bem concisa e que usa o melhor disponível dos jogos de tiro em terceira pessoa para entreter os jogadores. Junte seu arsenal e chame seus amigos. Caçar monstros no Egito nunca foi tão divertido e satisfatório como em Strange Brigade.

Veredito

Strange Brigade é caótico e divertido na medida certa. Pode não ser um jogo muito original e se inspira bastante em obras já consolidadas sem se arriscar muito, mas utiliza muito bem o tema e abordagem propostos, criando situações excepcionais para os amantes de mistérios, desafios e tiroteio cooperativo.

Jogo analisado com código fornecido pela Rebellion.

Veredito

82

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Strange Brigade is chaotic and fun in the right way. It may not be the most original game since it’s heavily inspired by other games, books and movies, but it uses the approaches the theme very well, creating exceptional situations for lovers of mysteries, challenges and cooperative shooting.

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Strange Brigade is chaotic and fun in the right way. It may not be the most original game since it’s heavily inspired by other games, books and movies, but it uses the approaches the theme very well, creating exceptional situations for lovers of mysteries, challenges and cooperative shooting.

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