Yakuza é uma série de jogos da Sega que já conheço e sou fã há anos e que, mesmo assim, ainda acho difícil de explicar o que a torna tão única e excelente. A série é popular no Japão, no entanto, nunca conseguiu encontrar um grande público no Ocidente, mas gradativamente tem se tornado mais popular.

Yakuza 0 se passa em dezembro de 1988, quando o Japão passou por uma bolha econômica, e muitos anos antes do primeiro jogo da série. Isso faz do título um começo ideal para os que ainda a desconhecem e, felizmente, a qualidade de Yakuza 0 faz dele um dos melhores da série.

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A história é contada pela perspectiva de Kazuma Kiryu (protagonista da série) e Goro Majima (personagem recorrente da série) antes de se tornarem as lendas retratadas nos outros jogos. Kiryu é um membro de baixa importância dentro do clã Dojima e trabalha no bairro de Kamurocho em Tóquio, fazendo a coleta de dívidas na base da força bruta. Infelizmente para ele, seu último alvo foi encontrado morto em um pequeno pedaço de terra bastante importante para o clã, fazendo com que seu clã se voltasse contra ele. Já Majima trabalha como o gerente do maior clube noturno do bairro Sotenbori em Osaka, no entanto, o bairro é uma espécie de prisão para Majima por ele ter desafiado o patriarca do clã Shimano. Para voltar às graças do patriarca, Majima é contratado para assassinar uma pessoa chamada Makimura Makoto e assim retornar ao clã que desafiou.

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O último parágrafo pode ter sido confuso para quem não é familiar à série, mas todos os elementos da história são introduzidos gradativamente, de forma que o jogador não se perca. A história é contada de forma alternada e há uma rápida retrospectiva sempre que se troca de protagonista. Ambas as histórias se complementam de maneira excelente, mas nunca se encontram diretamente, assim respeitando os eventos que irão ocorrer em Yakuza 1 (Yakuza Kiwami é um remake do primeiro jogo e será lançado ainda esse ano em inglês).

Vale ressaltar que a história é um conto policial com várias reviravoltas, ótimos personagens, bastante drama e cenas que podem variar do sério para o estranho para o absurdo em questão de minutos. Mesmo assim, ela mantém certa consistência e alta qualidade que raramente é vista e tão bem alcançada em jogos.

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Como mencionado anteriormente, Sotenbori e Kamurocho são os bairros que os protagonistas vivem e são áreas modeladas a partir de bairros reais. O “turismo virtual” é uma das qualidades recorrentes da série Yakuza e neste é possível observar, conhecer e viver a vida no Japão durante a bolha econômica. Em especial, era uma época em que as pessoas possuíam dinheiro demais e, portanto, dinheiro é um dos temas principais do título.

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Em Yakuza 0 o dinheiro pode ser utilizado para diversas atividades e também para comprar habilidades de combate. Yakuza 0 tem uma quantidade simplesmente estúpida de conteúdo além da história principal e isso inclui inúmeras missões extras, modos e jogos completos. Algumas das atividades envolvem fliperama com os clássicos Outrun e Space Harrier (existem mais alguns jogos secretos), clubes noturnos, boliche, karaokê, dança, dardos, sinuca e muito mais.

As missões extras, em particular, são pequenas histórias muito divertidas de serem feitas e vistas, pois são extremamente imprevisíveis. Algumas fazem referências aos outros jogos da série, outras contam uma história mais séria e outras são puramente absurdas e cômicas de serem realizadas. Se imagine em uma competição de boliche em que conseguir três strikes (um turkey) te dá uma galinha como prêmio, sendo que esta, eventualmente, acaba por virar sua consultora financeira. Ou se imagine ajudando certa celebridade dos anos 80 que dança com zumbis. A absurdidade e a diversão dessas missões não têm fim.

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Praticamente em qualquer atividade ou combate é fácil ganhar alguns milhões de ienes e, devido a isso, praticamente todas as atividades extras estão sempre abertas ao jogador. No entanto, habilidades de combate custam extremamente caro ao ponto em que é necessário obter bilhões de ienes para adquirir todas. Isso causa certo problema no equilíbrio do jogo, em que alguns inimigos fáceis irão dar uma quantia grande de dinheiro enquanto que chefes não irão te entregar um tostão. Uma das melhores formas de se obter dinheiro é nas histórias alternativas de Kiryu e Majima, pois cada um administra um negócio que pode fornecer quantias absurdas de dinheiro e, além disso, esses modos possuem suas próprias histórias que envolvem derrotar um grupo de rivais que querem destruir ambos os negócios.

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A ocupação de Kiryu envolve consultoria imobiliária na qual o jogador deve comprar negócios locais, investir neles com a ajuda de consultores financeiros, defendê-los de eventuais problemas e coletar parte de seus lucros. Esse modo é literalmente a versão AAA de Banco Imobiliário e tudo isso é administrado como um minigame bem simples de ser aproveitado. Conforme os negócios vão bem, rivais aparecem e gradativamente novas áreas vão se abrindo, o que, por sua vez, dá mais oportunidades de se obter lucro.

Majima administra um pequeno clube chamado Sunshine e seu trabalho envolve recrutar mulheres, treiná-las para receber clientes e ajudar com pedidos nos horários de trabalho. Esse minigame é mais interessante e complexo se comparado ao de Kiryu e também ocupa mais tempo e, ironicamente, também dá menos dinheiro. Felizmente as habilidades de Majima não são tão caras quanto as de Kiryu.

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Quando o jogador não está ocupado com cenas na história ou com as demais inúmeras atividades, provavelmente estará lutando nas ruas contra grupos de inimigos. O combate em Yakuza é essencialmente um jogo de luta 3D com diversas opções para se acabar com seus inimigos. Cada um dos protagonistas tem pelo menos três estilos de luta, que podem ser trocados praticamente em qualquer momento de uma batalha. Os estilos caem nos estereótipos balanceado, rápido e forte, no entanto, cada um tem suas nuances que os tornam bastante únicos.

Por exemplo, Kiryu tem um estilo de luta que automaticamente utiliza qualquer objeto comum como arma de destruição de massa. Esse estilo é ideal para confrontos em espaços pequenos e cheios de objetos como vasos, cadeiras, sofás, motocicletas e qualquer outro objeto comum no alcance de suas mãos. Majima tem um estilo de luta rápido que utiliza break dancing e é ideal para grandes grupos de inimigos.

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Conforme ambos os personagens vão obtendo novas habilidades por meio de alguns treinamentos especiais ou pela compra das habilidades, novos ataques e mecânicas vão deixando o combate mais interessante. Isso sem contar com vários ataques especiais que dependem de posicionamento, armas especiais, objetos no cenário e muito mais. Explorar o sistema de combate e pensar nas piores formas de se derrotar um inimigo é parte da graça.

Veredito

Apesar desta análise ter ficado excessivamente longa, eu consegui detalhar apenas uma pequena parte do que é Yakuza 0. O jogo é uma história policial com bastante drama, uma coletânea de minigames, um simulador de absurdidades japonesas, um jogo de luta 3D, possui turismo virtual e muito mais. É precisamente por ser tanta coisa ao mesmo tempo que Yakuza é uma série difícil de se definir. No entanto, apenas uma coisa é absolutamente certa e fácil de definir: você leitor precisa jogar Yakuza 0.  

Jogo analisado com código fornecido pela Sega. 

Veredito

95

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Yakuza 0 is a police drama, mini-game collection, Japan travel simulator, a 3D fighting game and much, much more. It’s because of being so many things at the same time that makes Yakuza hard to define. However, one thing is absolutely certain: You need to play Yakuza 0.

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Yakuza 0 is a police drama, mini-game collection, Japan travel simulator, a 3D fighting game and much, much more. It’s because of being so many things at the same time that makes Yakuza hard to define. However, one thing is absolutely certain: You need to play Yakuza 0.

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