Witch on the Holy Night – Review

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Para fãs do gênero de visual novels, Type-Moon é uma das mais conhecidas e maiores desenvolvedoras desses jogos há décadas. Responsável por títulos como Fate/Stay Night e Tsukihime, a empresa explodiu com o lançamento do gacha Fate/Grand Order, lançado para mobile em 2015 e que até hoje fatura milhões e milhões mensalmente.

Depois de uma pausa do desenvolvimento de visual novels por conta do estrondoso sucesso de Fate/Grand Order, Type-Moon voltou a dedicar uma parte de sua atenção para o gênero, ano passado, com o lançamento para consoles no Japão da primeira parte do remake de Tsukihime, chamado Tsukihime –A piece of blue glass moon-.

Desde o início, fãs ocidentais estavam acostumados com o histórico de jogos da empresa nunca serem traduzidos para o inglês. O anúncio da remasterização para consoles de Witch on the Holy Night, visual novel originalmente lançada em 2012 para PC, agora com suporte para língua inglesa, pegou todos de surpresa. A última grande desenvolvedora de visual novels que faltava agora também estava entrando no mercado ocidental.

Como dito, Witch on the Holy Night para PlayStation 4 é uma remasterização do mesmo jogo lançado em 2012, agora em alta resolução e completamente dublada, lançada mundialmente com suporte para japonês, chinês e agora também, inglês.

O jogo marca, cronologicamente, o início do universo construído pela Type-Moon, que inclui jogos como Tsukihime, Kara no Kyoukai, e até certo ponto, Fate/Stay Night, marcando um ótimo ponto de entrada para jogadores que já ouviram falar desses jogos, mas não tem conhecimento prévio de todas essas franquias.

Witch on the Holy Night começa contando a história de duas jovens bruxas, Aoko Aozaki e Alice Kuonji, que moram juntas há dois anos numa mansão isolada na montanha da cidade de Misaki. Dois anos antes, Aoko Aozaki, segunda filha de uma longa linhagem de magos, foi escolhida para seguir os passos desse mundo depois que sua irmã mais velha deixou a família, então tendo que se mudar para a mansão e aprender magia com Alice Kuonji, uma jovem e experiente bruxa Meinster.

A relação entre as jovens bruxas quase nunca foi fácil, por serem duas garotas com personalidades muito fortes e terem magia a sua disposição, mas ambas tem objetivos parecidos: Aoko precisa aprender magia com Alice, e ambas precisam proteger o farto território mágico que envolve a cidade de Misaki, que provê energia mágica para as duas e que é de propriedade da família Aozaki.

Estudando em escolas diferentes, Aoko está no que seria equivalente ao segundo ano do ensino médio na década de 80 no Japão, que além de encarar todo o seu aprendizado de magia na mansão, leva a vida de uma estudante comum e presidente do conselho estudantil, que comanda com punhos de ferro, despertando medo até nos professores de sua escola.

Um dia de feriado pela manhã, Aoko recebe uma ligação da sua escola, pedindo para que ela vá até lá, mesmo sendo um dia de descanso. Lá, o professor da turma apresenta Aoko a Sizuki Soujyuro, um jovem rapaz que acabou de se matricular na escola, e pede para que Aoko, como presidente do conselho estudantil, apresente a escola e explique o seu funcionamento a Sizuki.

O grande diferencial, porém, é que Sizuki foi criado nas montanhas, num povoado que nunca teve qualquer contato com a cidade moderna e suas tecnologias, e todos os conceitos de sociedade que para todos são comuns, para ele é estranho e inédito, logo se tornando uma dor de cabeça para Aoko, que precisa explicar as coisas mais básicas para Sizuki.

Começando a relação entre os dois com o pé esquerdo, ambos acabam despertando uma sensação diferente entre si, não exatamente romântica, mas inquietante da mesma forma. Aoko logo trata de apresentar a escola para Sizuki para voltar o quanto antes para a mansão e tentar descansar.

Após alguns dias de ambientação da história, contando um pouco do dia-a-dia dos nossos três protagonistas, algo inesperado acontece que acaba por unir o destino de todos, envolvendo Sizuki, um “forasteiro”, no mundo da magia, e que vai ameaçar não só a vida de todos, como também o futuro da cidade.

Witch on the Holy Night conta com cenas de ambientação, mostrando um pouco da vida estudantil dos personagens, como também cenas de ação, que envolve combate entre magos com muita magia e perigo. Em relação à história, tudo é muito bem desenvolvido e contado, porém uma pequena crítica é que o equilíbrio acaba pendendo mais para as cenas mais calmas, sem explorar muito o que diferencia o jogo das demais visual novels, que seria o combate envolvendo magia.

Ainda neste ponto, como dito anteriormente, o jogo conta com legendas em inglês pela primeira vez. A localização tem um ponto muito positivo e um ponto muito negativo. O ponto positivo é a preocupação em usar uma linguagem mais elaborada para descrever as cenas do jogo, que se debruça em explicar até os tons do céu e os sentimentos sutis dos personagens, nota-se que não é um script frio ou meramente descritivo. Por outro lado, o jogo tem muitos erros de escrita, os famosos “typos”, o que é difícil de perdoar na quantidade que aparecem, sendo o mais básico erro na localização de jogos.

Voltando aos pontos fortes do jogo, a arte é simplesmente deslumbrante. A atenção aos detalhes do cenário, ao design dos personagens, e até à escolha de feições simples quando estes estão embaraçados ou rindo, é incrível. São poucas as visual novels com um orçamento tão grande para a arte, e Witch on the Holy Night mostra que é um jogo da Type-Moon com a sua arte tão bonita.

O jogo é inteiramente dublado em japonês, com um elenco digno de anime. Dá para se notar que nenhuma despesa foi cortada ou diminuída para esta remasterização. A trilha sonora também é impressionante, no mesmo nível de qualidade da arte e da dublagem.

Witch on the Holy Night dura por volta de trinta horas, contando a história principal e os contos secundários, que são bastante divertidos e trazem mais elucidação ao passado de certos personagens coadjuvantes. Acredito que o jogo poderia ter sido um pouco mais longo e explorado um pouco mais o conflito entre os protagonistas e o misterioso vilão da história. O final, apesar de totalmente eletrizante, poderia ter vindo após mais alguns capítulos de elaboração e combate.

Jogo (de PS4) analisado no PS5 com código fornecido pela Aniplex.

Veredito

No geral, Witch on the Holy Night é uma excelente visual novel que mostra o motivo por trás da fama do estúdio por trás de franquias mais conhecidas do grande público. Tirando algumas críticas pontuais, como a localização e o equilíbrio das cenas, o jogo talvez seja o melhor lançamento do gênero de 2022.

90

Witch on the Holy Night

Fabricante: Type-Moon

Plataforma: PS4

Gênero: Visual Novel

Distribuidora: Aniplex

Lançamento: 08/12/2022

Dublado: Não

Legendado: Não

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

[lightweight-accordion title="Veredict"]

Overall, Witch on the Holy Night is an excellent visual novel that shows why the studio behind it is so famous and responsible for some of the biggest franchises of the genre. Apart from some minor criticisms, such as the localization and the balance of the scenes, this might be the genre’s best release this year.

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Overall, Witch on the Holy Night is an excellent visual novel that shows why the studio behind it is so famous and responsible for some of the biggest franchises of the genre. Apart from some minor criticisms, such as the localization and the balance of the scenes, this might be the genre’s best release this year.

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