Unearthing Mars

Unearthing Mars é o segundo título para o PlayStation VR que explora nosso vizinho vermelho. Juntamente com The Martian VR Experience, ambos os jogos tentaram, mas não conseguiram trazer uma experiência divertida e de longa duração (não cheguei a jogar The Martian, portanto, me baseio na opinião de análises feitas por outras mídias especializadas).

Você faz parte de uma equipe de astronautas enviados a Marte para recuperar o que sobrou de um satélite de exploração, Phobos, que estava pesquisando vida no Planeta Vermelho até que colidiu contra um cometa. Em sua descida ao planeta, sua nave dá de encontro contra uma tempestade de areia e vocês fazem uma aterrisagem forçada longe do ponto inicial. A partir daí, tem início a aventura.

O começo do jogo me deixou bem animado. A história estava interessante e toda a parte de aterrissagem no planeta dependia de você responder aos comandos certos da nave, trazendo uma carga de tensão. No entanto, não demora muito para a história partir para um filme de terror marciano, desbancando para um roteiro sem pé nem cabeça, culminando em um final repentino e sem muitas explicações.

O jogo é composto por 10 missões, mas não deixe que esse número te engane. Todas são de curta duração, com algumas podendo durar 20 minutos, enquanto outras não passam de 5. No total, o jogo tem pouco mais de uma hora de duração.

Apesar de ser classificado como um adventure, Unearthing Mars é uma mistura de gêneros. Grande parte do seu gameplay é baseado em exploração, mas há também momentos de puzzle e shooter. Particularmente, a missão baseado em tiro foi a mais divertida, sendo uma pena ter sido de duração tão curta.

Há a obrigatoriedade de se utilizar dois PS Move, simulando suas mãos no jogo. Houve um esforço da desenvolvedora em variar o que você poderia fazer com os controles, como uma parte que lembra um Minecraft espacial, outra em que você controla remotamente um carro na superfície do planeta, ou na missão de tiro, em que você possui um escudo em uma das mãos e uma arma futurista na outra. O Move, no entanto, não responde bem aos comandos em certas interações com objetos, sendo que muitas vezes eu tive que repetir os comandos para eles serem executados corretamente.

É difícil de se analisar os gráficos do jogo. Em certas missões, ele é bem feito, como, por exemplo, na estação espacial e na cabine de pilotagem da espaçonave. Os cenários e a ambientação de Marte também são bonitos. Entretanto, é também possível de se observar texturas de baixa qualidade e uma modelagem mal feita de certos elementos e objetos. No geral, acaba sendo de qualidade mediana.

Durante sua curta jornada pelo Planeta Vermelho, há bastante interação com Katherine, sua Comandante. Gostaria de o jogo tivesse dado mais ênfase no desenvolvimento da história entre os dois. Talvez se a desenvolvedora tivesse investido mais nisso e em missões de shooter, o jogo teria mais potencial. No fim, Unearthing Mars acaba sendo mais uma tech demo do que um jogo em si.

Jogo analisado com código fornecido pela desenvolvedora.