The Witcher 3: Wild Hunt – Review

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The Witcher 3: Wild Hunt é um jogo que você sabe que foi produzido por uma equipe que realmente ama videogames. Não é pela carta que está na edição física ou pela promessa de 16 DLCs gratuitos. É pelo incrível polimento e a quantidade absurda de conteúdo em um único jogo. Ouso dizer que The Witcher 3 é um dos melhores jogos existentes e sem dúvida obrigatório para os donos de PS4.

Para começar a análise, precisamos ir para o passado. Como você pode perceber pelo nome, este é o terceiro título da série, mas isso não significa somente que há duas histórias antes dele. Andrzej Sapkowski é o criador de toda a série, que se iniciou nos livros. Os jogos se passam depois dos livros. Ou seja, se você quer se interar por completo do mundo dos bruxos, será preciso se dedicar bastante (sem contar que há livros que ainda não foram lançados no Brasil).

Nota: estamos trabalhando em um artigo que explica o básico do mundo de The Witcher e tudo o que você precisa saber para aproveitar 100% de The Witcher 3. Colocaremos o link aqui assim que divulgarmos.

Em The Witcher 3 você controla Geralt de Rívia, um bruxo (tradução adaptada de “witcher”). No mundo do jogo, o papel de um bruxo é matar bestas que estejam atrapalhando uma população e ser pago por isso. Mas obviamente que Geralt não passa a aventura inteira caçando monstros e ganhando dinheiro com isso – na verdade, ele está atrás de Ciri, sua filha “adotiva” (entre aspas, porque não é bem adotiva, mas é a expressão que melhor explica a situação entre os dois). Ciri está fugindo da Caçada Selvagem (o “Wild Hunt” do título) e encontrá-la não será uma tarefa fácil.

The Witcher 3 é, em sua essência, um RPG de ação com mundo aberto. Ou seja, você deve fazer quests/missões adoidado e dos mais variados tipos para avançar. As quests podem ser divididas em pelo menos três categorias: as principais, que avançam a história; as secundárias, que fornecem XP e outras coisas, e que possuem seus próprios acontecimentos; e, finalmente, os contratos, que é justamente o que falamos anteriormente: Geralt deve matar alguma besta que está incomodando alguém.

Geralt possui níveis que evoluem com experiência; há uma “skill tree” que deve ser evoluída com os pontos que os níveis oferecem e assim por diante. E como um bom RPG, há loot, muito loot (ou seja, ficar pegando itens pelo cenário). Muito desse loot será pego através do seu “sentido de bruxo”, uma característica de Geralt que funciona como um modo detetive. Em outras palavras, ao usar isso o jogo destaca para você o que pode ser interagido no cenário em que você se encontra, podendo pegar itens ou investigar pontos de interesse para prosseguir na história.

No caso de The Witcher 3, muitos itens pegos podem ser usados para fabricar mais outros (caso você tenha as informações para isso) que aí sim terão uma utilidade maior, como um equipamento mais forte que o seu atual. Falando sobre equipamento, Geralt pode customizá-lo por completo, desde as botas e luvas até as espadas (ele usa duas espadas: uma para monstros e outra para humanos). Todos os itens acabam se gastando conforme você progride em sua aventura, portanto, é extremamente necessário ficar de olho como anda a resistência de cada um deles. Aliás, a customização é tanta que até o cabelo e a barba de Geralt podem ser modificados. A barba cresce conforme os dias passam, inclusive.

Como dito anteriormente, The Witcher 3 é um RPG “de ação”. A parte de ação surge no combate. Ao entrar em um duelo, Geralt mira automaticamente no inimigo, mas você pode reforçar a mira pressionando R3. Em seguida, pode atacá-lo com quadrado (ataque fraco) ou triângulo (ataque forte). X faz um rolamento para fugir, enquanto que O é um desvio. Há também movimentos de defesa com L2, parry se pressionar L2 no momento certo em que o oponente o ataca, bombas com R1 (que precisam ser criadas) e, finalmente, os Sinais com R2.

Os Sinais são os golpes especiais de Geralt. Em um RPG normal, seria aquele golpe que gasta MP, mas aqui não há isso – no lugar, há uma espécie de stamina. Geralt usa o Sinal e a barra se esvazia. Com o tempo, ela recupera e você pode usar o golpe novamente. Os Sinais variam em efeito e podem e devem ser usados durante o combate. O Igni, por exemplo, causa uma espécie de labareda de fogo ao redor de Geralt, enquanto que o Quen é um escuro protetor e o Axii influencia a mente da pessoa, podendo até mesmo fazer com que os inimigos ataquem uns aos outros.

Em moldes semelhantes aos de outros RPG da Bioware, como Mass Effect ou Dragon Age, você pode escolher como quer continuar na história. Em muitos dos diálogos, Geralt terá que escolher o que responder e isso pode alterar o rumo da história. Não fica claro ao jogador o quanto isso afeta, mas a maioria dos casos é algo mínimo, mas não deixa de ser interessante. Por exemplo, o que um personagem fez o irritou bastante. Surge a opção de matá-lo ou poupá-lo. Cabe a você decidir se vale a pena mantê-lo vivo ou não. Em The Witcher 2: Assassins of Kings a escolha era tão importante a ponto de dividir a história. Se alguma decisão que tomei gerou uma consequência similar em The Witcher 3, eu realmente não sei. Porém, tendo ou não algo do gênero, é melhor deixar para o leitor descobrir sozinho.

Já que mencionamos os diálogos, não podemos deixar de comentar sobre a dublagem e a localização do título para o Brasil. Ela está simplesmente sensacional. A dublagem está realmente muito boa e os textos também. Há pouquíssimas coisas a serem ressaltadas, como personagens menos importantes terem os mesmos dubladores ou um personagem do nada trocar de voz (isso ocorreu apenas uma vez), ou ainda, há textos com um “[EN]” no inventário. Porém, de qualquer forma, se você não gosta de jogar dublado, mas quer ler as coisas em português, é possível fazer isso sem problemas.

Em determinados momentos da história, você controla Ciri. São momentos curtos e servem mais como uma forma de evitar um diálogo massivo. Você não pode evoluir a personagem, sem contar que ela é poderosíssima. Mas é algo legal que varia um pouco as coisas.

Aliás, variação é o que não falta em The Witcher 3. As missões não parecem repetidas (mesmo que em sua essência elas sejam), o mundo é vivo e extremamente variado em sua paisagem, e há muito o que se fazer nele. Há até mesmo o “Gwent”, um jogo de cartas que possui suas próprias regras e pode ser jogado com vários personagens espalhados pelo mundo, como comerciantes.

The Witcher 3: Wild Hunt não possui muitos problemas. Pelo contrário, ele é extremamente polido. Infelizmente, considerando o mundo massivo que ele apresenta, algumas coisas podem acontecer, como um inimigo ficar invencível. Mas além do save manual poder ser feito a qualquer momento e você retomar o jogo daquele ponto em que salvou, um salvamento automático acontece de tempos em tempos evitando quaisquer dores de cabeça.

Talvez o maior problema do jogo não sejam os bugs, mas a paciência que você terá que ter para encontrar os itens necessários para criar outros itens. Em dificuldades inferiores ao difícil, você pode ignorar isso sem problemas; mas a partir do momento que aceita o desafio, terá que fazer muito loot.

Jogo analisado com cópia física adquirida pelo redator.

Veredito

The Witcher 3: Wild Hunt é um dos melhores jogos para o PlayStation 4 e, consequentemente, da história. Há um mundo massivo e vivo, com inúmeras quests a serem feitas e lugares para visitar, que chega até a intimidar o jogador. É também um título polido, com poucos bugs e uma localização para o português do Brasil fora de série. Se fosse um filme, deveríamos aplaudir de pé.

100

The Witcher 3: Wild Hunt

Fabricante: CD Projekt RED

Plataforma: PS4 / PS5

Gênero: RPG / Aventura / Ação

Distribuidora: CD Projekt RED / WB Games

Lançamento: 19/05/2015

Dublado: Sim

Legendado: Sim

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

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