Conforme a tecnologia da realidade virtual avança, mais intuitivo e realista os jogos vão ficando. The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution é um título que se enquadra facilmente nessa situação. Coisas como pegar a mochila nas costas e organizar o espaço nela, assim como recarregar a munição de um revólver lentamente, são apenas alguns dos exemplos minúsculos de tudo que o jogo oferece de forma realista.
Mas antes de falarmos sobre o gameplay e todo esse ponto que merece uma discussão própria, precisamos deixar claro um ponto: como o título revela, The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution é sequência direta de The Walking Dead: Saints & Sinners. Apesar de termos um resumo do que aconteceu no primeiro jogo, é quase que obrigatório aproveitar o antecessor para compreender a história e até mesmo se importar com os personagens. Por sorte, apesar do jogo original ter sido lançado no PS VR1, uma versão para PS VR2 também está disponível – e recomendamos que comece por lá, caso se interesse pelo game.
O primeiro jogo se passa em Nova Orleans após o surto. O jogador assume o papel do(a) Turista. Em uma fogueira, Henri conta ao jogador a lenda de The Reserve, um antigo bunker militar cheio de suprimentos e armas. Henri explica que há duas facções tentando assumir o controle de New Orleans, Reivindicados e Torre. Na sequência, três meses após os eventos do primeiro jogo, Turista ajuda um grupo de sobreviventes a obter as plantas do Hotel E’Claire. O Turista fica inconsciente durante a missão e acorda em um quarto com o Padre Carter, a quem o Turista dá as plantas. A história continua a partir desse ponto.
Como dito, há uma introdução que tenta resumir o que ocorre no primeiro jogo, mas sinceramente, serve mais para refrescar a memória daqueles que jogaram do que realmente explicar para os que caíram de paraquedas na sequência.
The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution segue uma lógica bastante simples. Depois de você passar pela introdução explicada acima no Hotel, há um hub central (livre de ameaças) onde você também acessa o cemitério – local onde está a sua base de operações. É ali que há uma infinidade de mecânicas, pois você pode construir inúmeros tipos de itens com diferentes materiais coletados. São tantas opções logo de cara que chega a ser até confuso tudo que pode ser feito, mas é possível focar no que importa.
Há muitas mecânicas de jogos de sobrevivência aqui – algo esperado. Suas armas gastam, as munições são escassas e assim por diante. Sempre é preciso se equipar da forma adequada antes de encarar qualquer desafio saindo do hub central citado.
Já o gameplay é sensacional. A imersão que o jogo oferece é surreal. O combate é divertido e você sente, por exemplo, o impacto de um facão no cérebro de um morto-vivo. As armas de fogo também são muito satisfatórias de serem usadas, possuindo mecânicas de recarregamento bem realistas. E aí que entra um problema do título.
Ser realista demais em um videogame tem suas desvantagens. Pegar a mochila nas costas vira e mexe é algo que “enche o saco”, sendo que organizá-la também pode ser um desafio de paciência. Recarregar as armas no meio de vários inimigos ao seu redor também não é algo simples. Mas talvez a mecânica de criação de itens é que a mais exigirá paciência para aqueles que querem cair direto na ação: The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution é um jogo principalmente focado em manusear recursos.
No fim, The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution é uma ótima opção para o PS VR2, mas com algumas ressalvas. Como dito, aproveitar o jogo anterior é crucial para a experiência e tenha em mente que as mecânicas de sobrevivência e gerenciamento de recursos são as coisas que farão você gastar mais tempo em seu gameplay do que atirando em inimigos e fazendo os objetivos.
Jogo analisado no PS VR2 (PS5) com código fornecido pela Skydance Interactive.
Veredito
The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution é uma experiência incrivelmente imersiva e rica no mundo pós-apocalíptico. Porém, seu alto grau de realismo é justamente um dos seus pontos mais negativos. Outro problema é que é basicamente obrigatório jogar o seu antecessor. O resumo apresentado não é o suficiente para compreender tudo que aconteceu e fazer você se importar com os personagens.
The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution is an incredibly immersive and rich post-apocalyptic experience. However, its high degree of realism is exactly one of its negative points. Another problem is that it’s basically mandatory to play its predecessor. The summary presented is not enough to understand everything that happened and make you care about the characters.
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