The Rumble Fish 2 – Review
Existem muitos jogos em toda a história dos videogames que passam despercebidos, principalmente pelos jogadores brasileiros. The Rumble Fish é justamente um desses casos. Lançado em 2004 para Arcades e depois portado para o PS2 e Dreamcast, trata-se de um jogo de luta desenvolvido pela Dimps (que trabalhou em vários projetos, como Street Fighter IV e SoulCalibur VI). No entanto, esta análise é de sua sequência, The Rumble Fish 2, lançada em 2005 nos Arcades e que nunca chegou aos consoles anteriormente.
The Rumble Fish 2 é um jogo de luta 2D. Como dito, o que temos aqui é um port do mesmo título de 2005 para os consoles atuais. Assim, precisamos analisar sob duas óticas: o que o jogo em si oferece e a qualidade do port.
The Rumble Fish 2 conta com um elenco interessante de personagens e bastante únicos. O seu gameplay possui inúmeras opções, como diferentes barras para diferentes propósitos, assim como diferentes mecânicas.
O que você precisa saber do básico é que a barra defensiva preenche conforme você defende os ataques do seu oponente e permite realizar coisas como o Jolt Attack: um ataque que demora para ativar, mas é indefensável e permite realizar combos no oponente em seguida. Já a barra ofensiva é preenchida com os seus ataques e serve para ativar os Supers, por exemplo. Ambas as barras cheias permite o Critical Art. Há muito mais mecânicas relacionadas – ou não – com essas barras. O site oficial explica tudo isso de uma forma muito mais didática do que poderíamos inserir aqui: Básico e Expert.
De uma forma geral, as mecânicas são bem interessantes, ainda mais quando paramos para pensar que estamos falando de um jogo de quase duas décadas atrás. Mas preciso ser honesto e dizer que o jogo não me cativou muito em sua movimentação: achei um pouco travado me aproximar do oponente e os pulos. Ou seja, a física do jogo é estranha. Talvez seja falta de costume, mas a impressão que fica é essa até o momento.
Como dito antes, precisamos analisar The Rumble Fish 2 como um port também. Além do Arcade Mode que traz sete adversários e um chefe final (sendo que há outros dois secretos), temos um modo Sobrevivência (encare vários oponentes com apenas uma barra de vida e encha um pouco dela a cada vitória), Time Attack, Treinamento, Galeria (com artes e o final de cada personagem, além de outros extras) e o multiplayer (local e online).
O multiplayer online é extremamente básico. Você pode jogar com aleatórios via uma pesquisa rápida ou convidar um amigo. Não há lobbies exatamente ou qualquer coisa nesse sentido, é algo bastante rudimentar. Como o jogo ainda não foi lançado, só conseguimos testar o online entre amigos e, nesse sentido, a luta fluiu normal. Mas considerando o quão simples foi implementado o online (e ainda se tratando de um jogo de nicho), não espere ver esse modo repleto de jogadores.
O maior problema que tive com The Rumble Fish 2 é a ausência de filtros gráficos. Coletâneas que trazem jogos de Arcade, principalmente as da Capcom, oferecem diferentes opções de filtros que podem ajudá-lo a se sentir mais confortável com os gráficos antigos em um monitor ou televisor de alta definição. Isso não existe em The Rumble Fish 2: você deve usar o que o jogo oferece e devo dizer que os gráficos ficaram estranhos. Tenho certeza que o game original em uma CRT tem gráficos melhores e, por isso, os filtros fazem falta.
Outro ponto que é simplesmente absurdo é que os três personagens secretos (Greed, Beatrice e Hazama) não são destraváveis. Eles são vendidos como DLC. A publisher esconde essa informação em uma notícia sobre a edição de colecionador. Ou seja, além de não ser um título exatamente barato (149,50 reais), temos esse DLC desnecessário (21,50 reais por personagem).
No fim, The Rumble Fish 2 é um jogo que merece ser conferido por aqueles que gostam de jogos de luta. É uma página normalmente esquecida na história do gênero que recebe novamente os holofotes.
Infelizmente, o port poderia ser melhor em vários sentidos (gráficos e online, principalmente) e com menos práticas predatórias.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela 3goo.
Veredito
The Rumble Fish 2 é um jogo interessante de luta, trazendo personagens únicos e mecânicas também distintas. Porém, o port para consoles deixa a desejar, principalmente na parte técnica (não há filtros gráficos ou opções nesse sentido) e no online. Ao menos existem modos extras (além do Arcade) que devem aumentar a sua vida útil.
The Rumble Fish 2 is an interesting fighting game, featuring unique characters and also distinct mechanics. However, the port for consoles leaves something to be desired, especially in the technical part (there are no graphic filters or options in this regard) and online. At least there are some extra modes (besides Arcade) that should increase its lifespan.
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