The Making of Karateka – Review

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Jordan Mechner é conhecido mundialmente por Prince of Persia. No entanto, o clássico jogo de plataforma não foi a sua primeira obra. Cinco anos antes, Mechner criou Karateka para o Apple II. Apesar de ser bem menos popular, é um título importante na história dos videogames e é justamente essa importância que a Digital Eclipse quis ressaltar com The Making of Karateka.

É difícil avaliar The Making of Karateka porque não é um jogo comum. Ele é basicamente um documentário completo sobre a obra de Mechner, enquanto que ao mesmo tempo é uma coletânea com diferentes versões de Karateka, incluindo uma remasterizada com comandos mais precisos e modernos.

Vale esclarecer que, apesar do foco ser principalmente em Karateka, The Making of Karateka também destaca outro projeto: Deathbounce, um jogo de nave criado por Mechner, e que, assim como Karateka, possui uma versão remasterizada na coletânea.

The Making of Karateka

Logo quando você inicia a coletânea, se depara com a parte de making of. Separado por capítulos, são diversos vídeos e textos que se aprofundam em como Mechner criou Karateka e o quanto isso influenciou o mundo dos videogames. Há até mesmo comentários de outros desenvolvedores, como John Tobias (de Mortal Kombat) e Tom Hall (da id Software).

O documentário é incrivelmente completo, oferecendo tudo o que você possa imaginar: vídeos e fotos da época, documentos de design, inúmeros comentários de Mechner e assim por diante. É realmente um documentário, com determinadas partes interativas (pense como um menu, porém).

The Making of Karateka

Em uma aba separada do menu principal, temos acesso aos jogos. Essencialmente, são dois jogos (Karateka e Deathbounce), mas com muitas versões de plataformas diferentes. Desde o original de Apple II até a versão de Commodore 64, ou diferentes protótipos.

Para efeitos de conservação, é algo incrível. Mas, na prática, para quem quer conhecer a obra, talvez o jeito ideal seja a remasterização que existe tanto para Karateka quanto para Deathbounce. Pois, querendo ou não, são jogos que possuem quase 40 anos e não envelheceram bem em relação à sua jogabilidade.

The Making of Karateka

Karateka é um jogo bastante simples. Seja no remaster ou no clássico, você deve salvar a garota em perigo (princesa Mariko) que está trancada na fortaleza do vilão Akuma. O protagonista deve avançar para a direita, enfrentando oponentes no caminho (e uma ave, diga-se de passagem) até chegar ao chefão e resgatar a garota. É um jogo curto que pode ser finalizado em 10 a 15 minutos.

O combate de Karateka possui um pouco de profundidade, mas não espere algo complexo. Há botão de soco e chute, que devem ser executados de forma que acerte o oponente, enquanto que ao mesmo tempo desvia das investidas dele. Sua vida e a do adversário são identificadas pelas setas na parte inferior da tela. Se segurar para cima e depois pressionar para a direita, você correrá (se correr em direção ao inimigo, morrerá em apenas um golpe – é necessário parar de correr e combatê-lo).

O remaster de Karateka agrada pelos comandos mais precisos, além de oferecer diversas conquistas, comentários de desenvolvedor e conteúdo cortado restaurado. Vale notar que as outras versões possuem um vídeo que mostra como terminar o jogo.

The Making of Karateka

Deathbounce é, na realidade, o primeiro projeto de Mechner, mas que nunca foi lançado. É quase que um clone de Asteroids, com a diferença de que os inimigos “rebatem” nas paredes e por isso o nome do jogo.

A versão remasterizada, Deathbounce: Rebounded, também foi adaptada para os tempos modernos, trazendo controles mais responsivos (diferente dos protótipos que podem ser conferidos). Mas se Karateka era um jogo simples, Deathbounce é ainda mais. Você apenas atira e desvia com a nave triangular, enquanto avança por fases curtas.

The Making of Karateka

No fim, The Making of Karateka é uma lição de história. Um pacote redondo para quem quer conhecer as obras iniciais de Mechner.

Porém, se você é uma pessoa que não se importa muito com a história dos videogames, pode se decepcionar com o pacote, pois é basicamente uma coletânea com dois jogos (bastante curtos) e diferentes versões (muito parecidas entre si) deles.

Além disso, não há legendas em português do Brasil. Isso, para um jogo que busca ser um making of, torna-se um problema para o jogador brasileiro e para a acessibilidade como um todo.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Digital Eclipse.

Veredito

The Making of Karateka é uma lição de história. Um pacote redondo para quem quer conhecer as primeiras obras de Jordan Mechner. A parte do making of é ótima e trazer as diferentes versões é algo essencial para a preservação. Porém, para quem busca gameplay e não se importa com esse lado histórico, pode se desapontar por termos apenas basicamente dois jogos muito curtos. Além disso, não há textos em português do Brasil, o que dificulta a acessibilidade ao material.

80

The Making of Karateka

Fabricante: Digital Eclipse

Plataforma: PS4 / PS5

Gênero: Ação / Luta / Coletânea

Distribuidora: Digital Eclipse

Lançamento: 29/08/2023

Dublado: Não

Legendado: Não

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

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The Making of Karateka is a history lesson. A complete package for those who want to get to know Jordan Mechner’s first works. The “making of” part is great and bringing the different versions is essential for preservation. However, for those looking for gameplay and don’t care about this historical side, you may be disappointed that we basically only have two very short games. In addition, there are no support for Brazilian Portuguese, which makes accessibility to the “making of” material difficult in our country.

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The Making of Karateka is a history lesson. A complete package for those who want to get to know Jordan Mechner’s first works. The “making of” part is great and bringing the different versions is essential for preservation. However, for those looking for gameplay and don’t care about this historical side, you may be disappointed that we basically only have two very short games. In addition, there are no support for Brazilian Portuguese, which makes accessibility to the “making of” material difficult in our country.

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