The Legend of Heroes: Trails through Daybreak II – Review

A série Trails contém uma das maiores e mais expansivas histórias da mídia e Daybreak II é o 12° título nessa longa saga. O principal atrativo de acompanhar uma série tão longa é ver como os jogos antigos cuidadosamente construíram sua lore para sustentar os títulos atuais e, também, teorizar sobre o que deve vir em seguida. 

O primeiro Daybreak foi o início do arco de Calvard, uma república que também é uma grande potência econômica e militar no continente de Zemuria. O arco é focado na agência de soluções Arkride cujos membros resolvem problemas complicados que caem em uma área cinzenta da lei e não podem ser levados para a polícia ou demais organizações legais. O título anterior é considerado como um bom ponto de entrada para iniciantes mesmo já contendo referências a vários acontecimentos passados na saga, no entanto, sua história principal é contida o suficiente para que iniciantes também possam a acompanhar.

The Legend of Heroes: Trails through Daybreak II

Daybreak II inicia poucos meses após a conclusão do primeiro título e, portanto, é só recomendado para os que já o concluíram. Daybreak 2 faz mais personagens e menções de títulos anteriores, mas a história se sustenta mesmo para aqueles que começaram a partir do primeiro Daybreak

Iniciando pela jogabilidade, Daybreak 2 praticamente expande e rebalanceia todos os sistemas de combate e exploração do primeiro Daybreak. O combate em ambos os Daybreak possui dois modos: o clássico por turno e o novo modo em tempo real. O combate em tempo real é bastante simples com ataques fracos, fortes e esquiva e só pode ser utilizado contra inimigos normais. É possível mudar entre o combate de turno e o tempo real em batalhas contra inimigos normais, sendo uma forma rápida de eliminá-los e obter experiência e recursos. Lutas contra chefe, no entanto, são estritamente por combate em turno.

Sendo o início de um arco, Daybreak 1 era bastante limitado em termos de opções no combate, seja ele em turno ou em tempo real. Isso é bastante condizente com todos os jogos que iniciaram um arco durante a série, pois o maior número de opções também está atrelado a evolução dos personagens e desenvolvimentos tecnológicos que acontecem entre cada título. 

Dessa forma, Daybreak 2 expande consideravelmente o repertório do que é possível em ambos os modos de combate. No combate em tempo real, foi adicionado a possibilidade de usar magia e golpes em conjunto. O combate continua simples quando comparado com demais ARPGs, mas serve bem seu propósito de acelerar a luta contra inimigos normais. O combate em turnos permanece largamente o mesmo, no entanto, há mudanças em alguns sistemas para que não sejam tão fáceis de abusar como no jogo anterior. Por exemplo, há mais limitações para o uso de s-breaks, ataques especiais de cada personagem, e que anteriormente poderiam ser utilizados com uma frequência bem maior, resultando em uma tática bastante poderosa e particularmente efetiva contra chefes.

O combate por turno teve poucas alterações, no entanto, os sistemas ao redor do mesmo foram consideravelmente expandidos. Há novas categorias e um número maior de quartz para serem utilizados e, consequentemente, um número maior de habilidades passivas que esses podem ativar. A grande maioria dos personagens retorna do título anterior, mas há um bom conjunto de novos personagens e todos receberam novos ataques. Uma nova adição, Marchen Garten, age como uma dungeon que pode ser visitada em quase qualquer momento, permitindo treinar seus personagens e, também, evoluir suas habilidades individuais. Essas evoluções envolvem aumentar o dano, diminuir o tempo de espera para o próximo turno, maior probabilidade de infligir um status negativo e por aí vai. Em suma, o número de possibilidades sobre como construir seus personagens aumentou consideravelmente. 

Daybreak 2 melhorou consideravelmente a jogabilidade quando comparado ao seu antecessor, mas, infelizmente, o mesmo não pode se dizer sobre sua história. Sem entrar em spoilers, o jogo introduz um artifício na história logo durante o prólogo. Não é um artifício particularmente incomum em várias mídias e também já foi utilizado na própria série, no entanto, há um uso excessivo do mesmo em Daybreak 2 e isso acaba prejudicando o andamento da história e até fere a caracterização dos próprios personagens, pois resulta em cenários que agem de maneira muito incapaz ou são colocados em situações absurdas que, usualmente, teriam conclusões bem diferentes. 

De certa maneira, Daybreak 2 é uma sequência estranha. Muitos de seus arcos são mais semelhantes aos vistos nos primeiros jogos, ou seja, uma construção para um título futuro. Isso alinhado com o uso excessivo do artifício mencionado acima, faz com que a história perca muito de sua importância e de seu impacto. A história principal revolve ao redor da continuação da busca pelo último Genesis, artefatos que levaram a criação da tecnologia Orbal utilizada pela série e, também, na procura do Grendel vermelho, um assassino em série e que tem uma grande semelhança visual com a transformação utilizada no jogo anterior. Esses dois pontos são o foco da história, mas as partes mais importantes para o contexto geral da série acontecem de maneira paralela e muitas dessas insinuam consequências maiores para títulos futuros do que algo mais imediato.

Em contra partida, o jogo também coloca um foco maior no desenvolvimento de cada personagem e algumas das cenas focadas nesse aspecto são muito boas. O título continua com uma estrutura semelhante ao anterior, com a equipe trabalhando em várias diferentes cidades de Calvard e resolvendo os problemas em cada localização. Muitas localizações são completamente novas e outras já visitadas receberam novas áreas para explorar. 

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela NIS America.

Veredito

Daybreak 2 é um Trails irregular. Os sistemas de batalha e os que são relacionados à jogabilidade melhoraram consideravelmente, mas a história principal acabou sendo seu ponto fraco. É um título que parcialmente atende as expectativas e ainda assim se mantém como um bom jogo, apesar de ser uma série conhecida por ter jogos de alto nível. Espera-se que o próximo jogo entregue todo o potencial que o atual arco montou até o momento.

75

The Legend of Heroes: Trails through Daybreak II

Fabricante: Falcom

Plataforma: PS4 / PS5

Gênero: RPG

Distribuidora: NIS America

Lançamento: 14/02/2025

Dublado:

Legendado: Não

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

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Daybreak 2 is an uneven Trails. The battle systems and those related to gameplay have improved considerably, but the main story ended up being its weak point. It is a title that partially meets expectations and still remains a good game, despite being a series known for having high-level games. Hopefully the next game will deliver on all the potential that the current arc has built up so far.

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