Como desenvolvedora e distribuidora, a Blue Brain Games traz para nós a mais recente e última parte da trilogia do jogo de quebra-cabeça que conquistou jogadores desde 2017. The House of Da Vinci 3 já havia sido lançado para PC e Switch antes, e agora chegou a vez do PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series ganharem sua versão.
Tudo começa na primeira parte da história (o primeiro jogo), quando seu mestre, o próprio Leonardo Da Vinci, desaparece. Como seu melhor aprendiz, é seu papel procurar pistas em sua oficina e descobrir seu paradeiro, e é a partir daí que você descobrirá uma conspiração e será testado de diversas formas, sendo obrigado a resolver puzzles inteligentes e mirabolantes, alguns baseados em ideias reais do famoso inventor.
Assim como o primeiro, The House of Da Vinci 2 chegou com a mesma ideia, dando sequência à história de Giacomo, o aprendiz protagonista, e recebendo boas reviews. E agora a terceira e última parte chegou trazendo a conclusão épica dessa saga histórica. Todos estes jogos se parecem muito com de The Room, franquia com quatro jogos, além de uma versão em VR com uma nova história que eu tive o prazer de jogar. É basicamente um point-and-click tecnológico e com excelentes gráficos 3D. Pra quem gosta do estilo escape room, é uma escolha certeira.
The House of Da Vinci 3 não traz muitas inovações em relação aos jogos anteriores, o que não significa algo ruim. Os primeiros jogos já tinham gráficos bons e mecânicas muito fluidas, então continuar da mesma forma é definitivamente algo positivo. Este jogo, contudo, possui mais cutscenes que os anteriores, até porque era necessário terminar a trilogia, e só um monte de puzzles não dariam conta de finalizar a história sozinhos.
Há diversos capítulos em The House of Da Vinci 3, e um deles você nem precisa fazer muita coisa, pois é praticamente todo feito de cutscenes (mostrando cenas importantes e bastante esperadas pelos jogadores). Você sabe exatamente onde e quando começa cada um desses capítulos, já que aparecem no mapa do jogo de forma organizada. Alguns são bastante extensos e um tanto cansativos, e às vezes você vai achar que já está no final quando uma nova porta secreta se abre com novos quebra-cabeças para serem resolvidos (acostume-se).
Em relação aos quebra-cabeças, os primeiros são bem tranquilos, mas não se engane: não será sempre assim. Conforme você vai avançando nos capítulos, eles vão ficando mais complicados e menos óbvios. E o tempo todo você precisará resolver um puzzle pra resolver o outro, e depois o outro, e depois o outro. Eles estão sempre interligados, e às vezes uma coisa que era necessária lá no início do capítulo só vai ficar disponível no final do mesmo.
The House of Da Vinci 3, assim como seus predecessores, conta com dicas que podem te ajudar durante todo o game. Caso você as ative, o ícone no canto superior esquerdo ficará azul, indicando que poderá obter ajuda se assim desejar. E eu já adianto: dificilmente você chegará ao final sem usar dicas nenhuma vez. O volume de desafios faz com que seu cérebro seja massacrado, perdendo um pouco a habilidade de resolver enigmas simples. Sendo assim, aconselho fazer algumas pausas entre um capítulo e outro, até porque se torna bastante maçante jogar tantos em sequência.
Em The House of Da Vinci 3, Giacomo continuará contando com o Oculus Perpetua, ferramenta que o possibilidade enxergar coisas que não são vistas a olho nu, e sem o qual a resolução de alguns puzzles seria impossível. Além disso, em alguns locais estará disponível também a viagem no tempo, extremamente útil quando for necessário mudar coisas no passado para que alguns caminhos sejam liberados no presente.
Tente não esquecer que você possui esses dois poderes, já que são usados apenas em momentos específicos e é comum não lembrar deles (as dicas, inclusive, muitas vezes só dirão para utilizá-los, antes de serem mais específicas e dizerem exatamente o que você precisa fazer).
No mais, recomendo The House of da Vinci 3. Apesar de meio cansativo e até um pouco assustador, é sempre satisfatório admirar o que acontece quando algum quebra-cabeça é resolvido, especialmente quando algo grande se move pelo local e libera novas áreas e novos puzzles. É tudo muito bonito e dá uma sensação muito boa ver tudo se encaixando. Boas horas de entretenimento inteligente estão garantidas.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Blue Brain Games.
Veredito
The House of Da Vinci 3 conclui a trilogia de maneira sólida, mantendo o alto nível de qualidade dos puzzles e gráficos, elementos que sempre foram pontos fortes da franquia. A adição de mais interações com personagens e cutscenes dinâmicas dá profundidade à narrativa, embora o ritmo se torne cansativo em certos momentos, especialmente devido a alguns capítulos longos e repetitivos. A dificuldade crescente dos puzzles é um desafio interessante, mas o volume de quebra-cabeças pode ser exaustivo para alguns jogadores, exigindo pausas frequentes. A falta de inovações significativas não prejudica o jogo, já que as mecânicas anteriores já eram bem polidas.
The House of Da Vinci 3 concludes the trilogy in a solid manner, maintaining the high level of quality of the puzzles and graphics, elements that have always been strong points of the franchise. The addition of more interactions with characters and dynamic cutscenes gives depth to the narrative, although the pace becomes tiresome at times, especially due to some long and repetitive chapters. The increasing difficulty of the puzzles is an interesting challenge, but the volume of puzzles can be exhausting for some players, requiring frequent breaks. The lack of significant innovations does not harm the game, as the previous mechanics were already well polished.
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