The Dark Below (Destiny)

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Antes de falar sobre a expansão, é necessário dizer que eu amo Destiny. O jogo da Bungie é provavelmente um dos meus favoritos do ano. Colocando a história – ou ausência dela – de lado e olhando para o jogo como um todo, creio que Destiny tem mais acertos do que erros: o gameplay é incrível, os mapas são bem feitos, o fator social é bem implementado, o modo competitivo funciona e as missões cooperativas brilham. Antes mesmo do lançamento, já estavam previstas duas expansões e fiquei bastante animado quando começaram a anunciar o que viria na primeira. Quando começamos a jogar, entretanto, não foi bem assim.

São poucas missões de história, completadas em menos de duas horas. Três novos mapas para multiplayer. Duas novas strikes. Uma nova raid. Nível 32. Alguns equipamentos. Um veículo que faz manobras. O conteúdo da expansão é muito pequeno se comparado ao preço que é sugerido: um terço do valor do jogo. Se levarmos em consideração expansões com o mesmo valor, como Dragonborn para The Elder Scrolls V: Skyrim¸ percebemos ainda mais como o pacote é superfaturado. A expansão não vale o preço cobrado.

As missões do modo história giram em torno de Eris, a única sobrevivente de um grupo de seis que foram explorar uma fortaleza Hive. Isso é uma clara menção ao raid Crota’s End e a parte mais importante da expansão. Eris é um novo NPC na Tower e vende diversos itens de customização e upgrade das novas armas, além de possuir novas bounties para o seu personagem cumprir. Ela também guia as novas missões e substitui o seu Ghost como narrador. O problema é que tudo acontece muito rápido. Em pouco mais de uma hora você vai ter passado por todas as missões da expansão e Eris vai ser apenas mais um NPC mercador.

Outra coisa que me decepcionou foram os novos mapas para os modos competitivos. São arenas grandes e que muitas vezes parecem vazias. Skyshock é o que achei menos equilibrado e já serve como ‘o paraíso dos snipers’. Cauldron, por outro lado, é bom e de certa forma é justo para todas as classes. Mas independente das críticas aos novos mapas, o combate ainda continua excelente e cada vez mais balanceado.

Existe um novo Sparrow que faz manobras, além de ser rápido e bonito. Há também novas armas e equipamentos diversos, muitos bonitos e bons para todos os níveis, que vão mudar um pouco as abordagens nas partidas PvP. Além disso, foi feita uma melhora no sistema de consegui-los. Um dos principais problemas nesse caso é a nova maneira de fazer upgrade nas armas exóticas. Agora é possível melhorar as exóticas “antigas” para que elas fiquem mais fortes e acompanhem as novas, mas não é tão fácil quanto parece. Quando o processo é feito, são perdidos todos os upgrades da arma e ela fica “nova em folha”, ou seja, para que ela fique mais forte, é preciso que ela fique mais fraca.

A expansão inclui duas novas strikes, que são no mesmo estilo das anteriores, mas não tão impressionantes. O chefe de The Undying Mind, exclusivo para as plataformas PlayStation, é um dos mais chatos do jogo. Will of Crota é mais desafiadora, com um chefe bem forte, sendo necessárias boas estratégias para derrotá-lo.

Mas o verdadeiro motivo de adquirir a expansão é a nova raid: Crota’s End. Assim como a anterior, esta é extremamente difícil e bem feita. Os melhores equipamentos do jogo são as recompensas do mapa e são as únicas que possibilitam chegar ao nível 32. Mais uma vez é necessário um grupo de até seis jogadores e muito trabalho em equipe. Muitos jogadores pedem para que exista a opção de matchmaking nas raids, mas eu acredito que é algo que não daria muito certo. As raids foram criadas assim e, diferente dos strikes, não funcionam “de qualquer jeito”.

Achei a nova raid um pouco mais fácil que Vault of Glass, talvez pelo nível e pela minha experiência no jogo. Quando a primeira raid foi lançada, pouco depois do lançamento do jogo, eu ainda estava no nível 25 e sofri um pouco para acompanhar meus amigos com equipamentos superiores. Agora na expansão, eu já estava no nível recomendado e já tinha mais intimidade com os outros jogadores. As raids são a maior prova de que Destiny é um jogo social.

Destiny ainda é um dos meus jogos favoritos do ano, mesmo com todos os problemas. The Dark Below, no entanto, não era o que eu esperava. Espero que as futuras atualizações sejam mais promissoras e que sejam realmente feitas para os fãs que acompanham o jogo desde o início.

Destiny tem uma magia que eu ainda desconheço, algo que me faz voltar sempre e reencontrar meus amigos. Essa magia é uma coisa muito poderosa e faz com que ele seja um shooter diferenciado. Algo familiar. Só me resta esperar que a segunda expansão, House of Wolves, seja grandiosa e digna da espera. Mas agora, vou voltar para o jogo, porque meu último amigo de raid acabou de ficar online e ainda falta um item lendário para eu conquistar o tão sonhado nível máximo.
 

Veredito

The Dark Below falha como a primeira grande expansão de Destiny e coloca poucas coisas na mesa. O modo história continua praticamente ausente e alguns mapas, desbalanceados. Os novos strikes garantem algumas horas de diversão. Já a nova raid rouba a cena e torna-se um dos melhores momentos do jogo até agora. O pacote, mesmo caro, garante muitas horas de jogo e é basicamente obrigatório para quem gosta do título.

Veredito

60

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