Resident Evil: Operation Raccoon City

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Desenvolvido pela Slant Six Games, Resident Evil: Operation Raccoon City é um jogo controverso. Ele segue exatamente o extremo do caminho que os fãs da série imploram que a franquia não ande. Ou seja, um jogo de ação ao invés de “Survival Horror”.

Porém, como é um spin-off, é possível a compreensão. Mas do que adianta a compreensão se o título não agradará mesmo aqueles que buscam um RE de ação?

RE: ORC coloca o jogador no papel de um dos soldados da Umbrella (Umbrella Security Service), responsável por exterminar qualquer prova que ligue a companhia ao apocalipse zumbi que aconteceu em Raccoon City. Liderados por Hunk (líder da Alpha Team) no início da jornada, você escolhe um dos seguintes personagens (da Delta Team): Beltway, Bertha, Spectre, Four Eyes, Lupo e Vector. Cada um possui uma habilidade própria distinta. Vector pode ficar invisível, por exemplo, enquanto que Bertha pode fornecer cura.

As habilidades (e também as armas) são destravadas conforme você avança no jogo e recebe XP. Por sua vez, o game inteiro passa um ar de “Arcade”. Você joga o tempo todo com quatro personagens (três deles controlados pela CPU, se estiver jogando sozinho), as missões são escolhidas e possuem um sistema de pontuação e até mesmo os colecionáveis não se acumulam propriamente dito – eles são pontos para o ranking. Há uma história a ser acompanhada, mas fora esse elemento, é um jogo bastante focado na ação e a pessoa pode jogar sem pensar muito, ou seja, você sempre sabe para onde ir e não há puzzle algum.

Portanto, o jogo é extremamente focado no multiplayer. A campanha inteira deveria ser jogada com três amigos para que fique mais interessante. Porém, não há multiplayer offline, apenas online.

Fora a campanha principal, que leva cerca de, no máximo, 8 a 10 horas para ser finalizada, há um modo multiplayer “versus” bastante básico. O modo mais interessante deste versus é o “Heroes”. São oito pessoas e cada um é um personagem clássico da franquia – de um lado os heróis e do outro, os vilões. Portanto, supondo que você esteja do lado dos heróis, poderá ser Jill ou Leon, por exemplo. Se durante a partida você morrer, pode renascer como um dos soldados da Umbrella da campanha principal. A equipe vencedora é aquela que tenha pelo menos um herói/vilão vivo.

Quando testamos o multiplayer, sentimos um pouco de lag e isso foi problemático: o jogo indicava que estávamos acertando todos os tiros no adversário, porém nada acontecia.

RE: ORC, jogando sozinho, é curto e possui pouco valor. Campanha curta e repetitiva. História bastante simples e mesmo para quem é fã, não adiciona muito ao que já se sabia. É interessante reecontrarmos inimigos clássicos como Nemesis, Tyrant, Hunters e é claro, zumbis. Mas boa parte do gameplay é você matando “Spec Ops” – os “bonzinhos” da jornada e que devem fazer o oposto dos soldados da Umbrella, encontrar uma explicação para o acontecimento – e zumbis. Há uma certa variedade para isso: há uma mecânica de CQC, permitindo inclusive usar zumbi como escudo, mas boa parte será repetição de movimentos que você considera bons de serem usados.

Outro problema é a inteligência artificial dos personagens controlados pela CPU (os seus parceiros na campanha, caso esteja jogando sozinho). Não há como controlar as ações deles e muitas vezes você vai se encontrar em situações como “o que você está fazendo aí? Venha para cá!” e ele continuará onde está. Fora o fato de que você deve ressucitá-los várias vezes para poder ter chance contra determinadas hordas de inimigos e chefes.

Além disso, há um problema sério no jogo: muitas vezes os inimigos não sentem as balas. É compreensível Tyrants e Hunters não serem afetados, mas os humanos e zumbis possuem a animação e muitas vezes recebem tiros e nada acontece a eles. É como se estivéssemos jogando contra um jogador, e não uma CPU que busca a realidade.

Já com o multiplayer, o valor do game aumenta. A campanha inteira, se for jogada com amigos, é de certa forma divertida, como qualquer jogo cooperativo. O versus, por outro lado, é decepcionante em qualquer situação.

Outro grande problema que o jogo possui é o loading. No versus online, chega a ser absurdo ao ponto de ser 1 minuto ou mais de espera antes da partida começar.

Em outras palavras, RE: ORC não vale a pena. Se você gosta de Resident Evil, provavelmente não escutará os conselhos que toda a análise fornece. Mas se não gosta, não tente a sorte com esse título: aguarde por RE6.

Nota-se que o projeto poderia ser muito melhor do que ele é. Os problemas são muitos, o jogo não possui um polimento adequado e é curto. Há elementos que devem agradar, principalmente o cooperativo e a própria jogabilidade, que fornece todas as opções que a pessoa busca em um shooter (cover, melee, etc). Há alguns problemas como a ausência de uma virada 180º de forma simples ou o combate corpo-a-corpo ser um tanto quanto estranho quando são dois jogadores se enfrentando. Mas são problemas mínimos.

Abaixo está o nosso streaming gravado que fizemos do jogo. Duas missões são mostradas da campanha principal. Os parceiros são controlados pela CPU.



— Resumo —


+
Cooperativo online


+
Jogabilidade


+
Elementos da série presentes (principalmente inimigos clássicos)





Loading, principalmente no modo Versus (online)





Curto





Repetitivo





Problemas de colisões (nos tiros disparados)





Inteligência artificial

Veredito

60

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