RAID: World War II

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Jogos cooperativos são sempre um grande atrativo. Poder jogar junto com amigos, compartilhar experiências e sempre usufruir de ajuda mútua são pontos que fazem vários jogos com foco na cooperação serem interessantes aos olhos de vários jogadores, principalmente aqueles que não se interessam por jogos competitivos.

Focando nesse propósito, a Starbreeze Studios lançou, com relativo sucesso, Payday: The Heist e sua sequência há alguns anos atrás. Jogos cujo propósito é juntar um time de até 4 jogadores e realizar missões juntos, numa temática de roubo a bancos e assaltos a objetos de valores, buscando seus objetivos na força bruta ou furtivamente, com um combate aceitável e bastante adrenalina em todas as situações.

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RAID: World War II é a nova empreitada da Starbreeze e sua parceira, a Lion game Lion, que foi responsável por alguns dos conteúdos adicionais de Payday 2. A intenção é aplicar a fórmula de sucesso dos jogos anteriores, mas em uma temática diferente: criar missões de invasão, roubo, assalto e resgate durante a Segunda Guerra Mundial, que serão realizadas pelo esquadrão RAID e seus membros nada normais.

Assim que se inicia o jogo, um fato incomum vem à tona. O jogador é obrigado a ver o vídeo de introdução, sem poder pular ou avançar para os menus. Assistir a primeira vez é interessante, principalmente para entender melhor o contexto e os personagens que nele estão, mas não sempre que for iniciar o jogo.

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Criar seu personagem é o primeiro passo do jogo. Há quatro classes disponíveis, sendo elas o Recon, especialista em armas de longo alcance, o Assault, focado em armas pesadas e resistência, o Insurgent, que utiliza armas de curto alcance, e o Demolitions, uma mistura do Assault e Insurgent com maior foco em explosivos. Após a classe escolhida, basta selecionar dentre um dos quatros membros do esquadrão, cada um com uma nacionalidade e aparência única. Após isso, basta selecionar uma missão no centro de controle, juntar-se a seus amigos ou pessoas aleatórias e começar a se divertir.

Se a intenção é entrar e se divertir junto com amigos ou sozinho, a execução do jogo dificilmente vai proporcionar isso. Entrar em qualquer jogo em andamento ou criar sua própria partida e ter outros jogadores entrando nela é um processo simples e fácil, o difícil é realmente jogar e terminar a partida. RAID é uma sucessão de erros básicos do início ao fim, com algumas decisões difíceis de entender.

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Como um jogo de tiro em primeira pessoa, o básico seria esperar uma experiência agradável de atirar em inimigos e se sentir dentro da atividade em si. Em RAID, toda essa experiência é inexistente. Atirar é impreciso, desajustado e completamente entediante. Os controles são ruins até para funções básicas como correr e mirar. Utilizar combate corpo a corpo ou lançar granadas têm animações decepcionantes, assim como para ativar objetivos das missões.

De certa forma, toda a jogabilidade apresentada pelo jogo no lançamento é bastante questionável. Mesmo tentando jogar de forma mais furtiva, se esconder e tentar seguir sem ser visto é algo que não engrena e parece não funcionar da maneira como deveria. Payday 2 e seu antecessor não eram excepcionais em sua jogabilidade, mas tinham uma execução regular e que não se comprometiam. A impressão que se tem é de que essa parte do jogo sequer foi desenvolvida, apenas reutilizando o básico já visto em jogos anteriores, mas sem sequer fazer o trabalho de polimento.

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Algumas missões até possuem um design interessante, como a primeira, em que se deve invadir um prédio dos nazistas, encher um dirigível de gás e, após isso, explodi-lo com alvos importantes dentro. Outras missões são privadas de qualquer criatividade, como entrar em composto cheio de tanques e sair explodindo tudo sem qualquer objetivo explícito ou resistência que um local desses deveria oferecer. No geral, todas as missões poderiam ser mais bem desenvolvidas, assim como os inimigos. Todos os nazistas são praticamente iguais e agem da mesma forma, possuindo as mesmas armas, habilidades e atitudes, sem qualquer variação no comportamento da inteligência artificial, o que criaria desafios melhores.

Visualmente o jogo é muito mal feito. Modelos que conseguem ser piores que jogos do início da geração anterior. Texturas e efeitos que nada impressionam além de uma taxa de quadros inconstante e com vários engasgos e travamentos. A parte técnica é uma completa bagunça. Por várias vezes o jogo trava durante alguma missão ou o aplicativo fecha por algum erro. O problema maior é que, ao retornar, após ver o vídeo de introdução já citado mais uma vez, surge a mensagem de que os dados foram corrompidos e o jogador perde todo o progresso e personagem criado.

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Se o jogo te estimula a jogar e repetir missões, para conseguir mais experiência, subir de nível e melhorar seus equipamentos além de ganhar novos, todo esse progresso é eliminado pelo próprio jogo, que de uma forma tão constante trava e faz o jogador ter seu progresso zerado. Mesmo que isso não ocorresse, a evolução dos itens se dá de forma bastante lenta e que não agrega muito, já que são partes ou variações das poucas armas existentes e nada de muito novo.

RAID tinha todo o potencial de ser ao menos a versão de Payday com temática da Segunda Guerra Mundial, mesmo que soasse repetitivo ou apenas aparentasse mudar o visual. Uma pena que nem isso o jogo conseguiu ser, já que tentava apelar para um lado mais divertido e cômico do que Payday, até com a presença do comediante britânico John Cleese de Monty Python. Apesar dos problemas e com muita insistência, talvez seja possível encontrar diversão junto com amigos, mas para que isso ocorra é necessário que o jogo receba um excelente suporte da desenvolvedora para tornar a experiência ao menos jogável.

Veredito

RAID: World War II decepciona em todos os aspectos que o faria ser uma obra divertida ou ao menos uma tematização diferente de Payday. A falta de polimento na parte técnica impede que o jogo se torne jogável e jamais possibilita ao jogador aproveitar o conteúdo disponível, mesmo junto de seus amigos, o que o torna uma experiência frustrante.

Jogo analisado com código fornecido pela StarBreeze Publishing.

Veredito

30

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RAID: World War II disappoints in every aspect that could make it fun to play or at least a different theming of Payday. The lack of polishing on the technical side prevents the game from becoming playable and never allows the player to take advantage of the available content, even with their friends, which makes it a frustrating experience.

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RAID: World War II disappoints in every aspect that could make it fun to play or at least a different theming of Payday. The lack of polishing on the technical side prevents the game from becoming playable and never allows the player to take advantage of the available content, even with their friends, which makes it a frustrating experience.

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