A Atari, sem dúvidas, é uma das desenvolvedoras mais respeitadas dentre os gamers que tiveram a oportunidade de acompanhar sua época de ouro. Para mim, ela traz lembranças de quando tive meu primeiro contato com um console. Lembro-me como se fosse hoje o dia que ganhei meu Atari e muitos momentos que passei jogando alguns de seus clássicos títulos. Por isso, talvez eu me empolgue até um pouco mais com os jogos da série Recharged.
Quantum: Recharged é o mais recente jogo dessa série. Nele, o clássico dos anos 80 foi reimaginado de uma maneira bastante fiel e revigorante, mantendo seu conceito básico, mas também inserindo novas mecânicas de jogabilidade para torná-lo mais moderno.
Em Quantum: Recharged, assumimos o controle de uma nave em batalhas contra os Neutrons. Diferentemente da maioria dos jogos de nave do estimo shmup, em Quantum: Recharged a proposta é evitar o contato com o inimigos e eliminá-los conforme nos movimentamos pelo cenário.
O game consiste em dois modos de jogo. Temos o tradicional modo Arcade, onde enfrentamos hordas de inimigos enquanto tentamos sobreviver o maior tempo possível, aumentando a pontuação através de combos. Conforme progredimos, os inimigos começam a aparecer em maior número e grau de dificuldade. Esse modo também oferece a opção de alguns modificadores, que podem tanto subir o nível do desafio, como torná-lo um pouco mais amigável.
A opção Homem de Ferro reduz suas vidas iniciais para apenas uma, fazendo com que os primeiros minutos da partida sejam mais tensos. O modificador Extremo coloca um maior número de inimigos na tela, então prepare-se para situações que exigirão seus reflexos ao máximo. Essas modificações premiam com um bônus de pontuação de 100% cada, e podem ser combinadas para um bônus ainda maior de 200%.
Um terceiro modificador, chamado de Zen, tem como objetivo tornar as coisas um pouco mais fáceis. Nele, o tempo de jogo é limitado à 4 minutos e não existe punição de perda de vidas. Ao invés disso, cada vez que você sofrer contato do inimigo terá seu bônus de combos reduzido. Porém, esse modificador também possui um decréscimo em sua pontuação final de 50%. Assim, ele acaba sendo apenas um modificador para se divertir sem compromissos ou praticar para maiores desafios, sendo também é uma boa opção para os iniciantes.
Também há um modo de missões individuais, no qual 25 níveis estão disponíveis contendo algumas variações de gameplay, como, por exemplo, um limite de tempo ou um número determinado de inimigos para ser eliminado. Esses níveis oferecem maior dificuldade conforme progredimos por eles, sendo que alguns possuem uma curva de desafio bem alta.
Passando para a jogabilidade, Quantum: Recharged é direto ao ponto: Evite contato com os inimigos e crie vórtices realizando movimentos circulares para eliminá-los. Isso na teoria parece bem simples, mas na prática não é bem assim. O jogo conta com uma boa variação de inimigos, indo do mais básicos que apenas se deslocam em movimentos horizontais e verticais, até para inimigos que atiram laser, criam barreiras de raios ou mudam de direção de forma aleatória. Não é incomum termos a tela repleta de inimigos, e é aí que as coisas se tornam um pouco mais complexas.
Tanto nas missões individuais como no modo arcade, começamos com três unidades de vida. Cada vez que receber contato com um inimigo, uma dessas vidas é consumida. Ao acabar todas as vidas o jogo se encerra e a pontuação final é apresentada. Quantum: Recharged possui um sistema de ranking online, então os mais ansiosos por desafios poderão comparar seus scores com outros jogadores para ver quem consegue atingir as melhores pontuações.
O jogo também conta com algumas mecânicas novas para ajudar em suas batalhas. Uma delas é a função de acelerar, que pode ser bastante útil para escapar de uma situação inesperada. Outra habilidade é um impulso, que além de servir para ganhar espaço também pode atravessar as barreiras de laser quando acionada no momento certo. Outra função do impulso é facilitar no fechamento dos vórtices de forma mais rápida.
Ao longo das partidas também é comum surgirem itens que fornecem ajuda ao jogador, como um choque que paralisa os inimigos por um breve tempo, uma força que os desacelera, um escudo que confere proteção por alguns segundos e também vidas extras. É importante pensar em uma estratégia sobre qual o melhor momento para ativar esses bônus, já que alguns deles podem redefinir o curso da batalha.
Uma ótima adição em Quantum: Recharged é opção de um modo cooperativo local para dois jogadores. Com a ajuda de um segundo jogador o game se torna muito mais divertido, porém sem deixar de oferecer uma boa dose de desafio. É possível até reviver seu companheiro abatido, então isso traz uma alternativa para tentar sobreviver no modo Arcade por mais tempo.
Do ponto de vista gráfico, Quantum: Recharged possui uma boa paleta de cores e design de inimigos. A trilha sonora se destaca positivamente, com elementos de música eletrônica criados pela compositora Megan McDuffee, e que aumentam de intensidade conforme você alcança maiores multiplicadores de pontuação.
Quantum: Recharged é divertido e desafiador ao mesmo tempo. E mostra que a Atari, mesmo após mais de quatro décadas, ainda é capaz de cativar seus fãs com bom jogos.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Atari
Veredito
Quantum: Recharged recria o clássico dos anos 80 mantendo suas principais características, mas também adicionando novas mecânicas para torná-lo mais responsivo e desafiador. É um jogo que vale conferir se você é fã da Atari e também uma boa opção para jogar com amigos no cooperativo local.
Quantum: Recharged recreates the 80’s classic keeping its main features, but also adding new mechanics to make it more responsive and challenging. It’s a game worth checking out if you’re an Atari fan and also a good option to play with friends in local co-op.
[/lightweight-accordion]