[PSN] Oceanhorn: Monster of Uncharted Seas

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Originalmente um projeto para smartphones, Oceanhorn passou por uma completa adaptação e remasterização para o lançamento da versão PC. A recém-lançada edição do PS4 é baseada nesta última versão, contendo diversos avanços nos gráficos e na jogabilidade.

Mesmo tendo seu berço em uma plataforma de “poder restrito”, Oceanhorn impressiona pela sua apresentação e técnica. O jogo da ‎Cornfox & Bros opera a 60 quadros por segundo e imita bem os gráficos de produtos de maior orçamento, com técnicas de reflexão em tempo real, efeitos de sombreamento, texturas mais nítidas, entre outras características. A similaridade com Zelda também é notável nos visuais, até porque a arte de alguns personagens e criaturas é praticamente idêntica.

Oceanhorn não esconde suas influências e é evidente que Zelda é sua maior fonte de inspiração – não só pelos elementos visuais e universo, como pela jogabilidade. Para os pouco familiarizados com a série da Nintendo, é um jogo de aventura e ação, com algumas características do gênero RPG. Dungeons, puzzles e a exploração são comuns aos dois jogos, no entanto, o combate de Oceanhorn ainda é prematuro e simples demais para ser comparado ao clássico da Nintendo.

Uma pequena diferença em Oceanhorn é a perspectiva adotada, a de uma câmera isométrica (inexistente em qualquer Zelda oficialmente lançado). O jogador tem um controle muito limitado da câmera e é impossível se aproximar dos cenários. Por meio dessa escolha de design, certas imperfeições são escondidas, como a baixa contagem poligonal de alguns assets e determinadas texturas de qualidade medíocre.

Voltando ao que importa de fato; o gameplay tem seus altos e baixos. A maior parte dos puzzles são bem executados, entregando uma dificuldade progressiva e na medida certa. Muitos dos enigmas exigem o uso de power ups ou itens específicos que o jogador coleta durante a jornada, assim como acontece em Zelda. Bombas, flechas e magias fazem parte do arsenal do personagem principal. Protagonista, aliás, que é mudo (como Link) e sequer tem um nome.

Nem todos os puzzles são inteligentes, no entanto. Em alguns casos não há uma total liberdade de interatividade com o cenário. Citando um exemplo, em alguns desafios de mover blocos para os locais corretos, certos desses objetos possuem a mesma forma, mas uns são passíveis de interação e outros não. Essa falta de uniformização é um pouco desagradável e tira o brilho de alguns puzzles. A física dos objetos também é estranha e pode atrapalhar na resolução de algumas tarefas.

Há muito a se explorar em Oceanhorn. Existem até vilarejos com sidequests e comércio. Com o passar do jogo, novas localidades vão se abrindo e a progressão no universo do game recorda um pouco a de Zelda Wind Waker, pois, o mundo de Oceanhorn consta de diversas pequenas ilhas e conta com um sistema de navegação (embora bem pobre e automática/on-rail).

Apesar da existência de muitas ilhas, a maior parte delas proporciona uma visita efêmera. Para o padrão Zelda é um jogo curto, oferecendo um pouco mais de 10 horas de jornada. É o ideal, no entanto. Oceanhorn sofre da repetição após algumas horas de jogo e cansa o jogador quando usufruído por longas sessões. A pequena variedade de inimigos também contribui para esse cansaço.

Mesmo com sua breve campanha, Oceanhorn possui collectibles e um minigame de pescaria para prolongar a experiência. Pedaços de coração, similares aos existentes em Zelda, estão espalhados pelo jogo, por exemplo. A pescaria é interessante e estimula o usuário a “testar as águas” de cada nova localidade.

Quando menciono a repetição, o fator que mais contribui para isso é o combate. Não existem mecânicas com moderada curva de aprendizagem ou a necessidade de se ter reflexos apurados para vencer os obstáculos impostos ao jogador. Esquivas são inexistentes, há poucos padrões de ataque também. Não é exagero dizer que em 80% dos combates do jogo, basta pressionar o quadrado de forma desenfreada, sem se movimentar, para obter sucesso.

Os confrontos contra chefes são mais sofisticados do que o combate usual, no entanto, não impressionam como nos produtos que toma como inspiração. A câmera nessas lutas costuma ser incômoda também.

Pelo menos na trilha sonora Oceanhorn brilha. Músicas de bom gosto e que caem muito bem à jornada de aventura e descoberta. O jogo conta com a participação de ilustres compositores da indústria, como Kenji Ito (Série Mana, Saga) e Nobuo Uematsu (Final Fantasy, Blue Dragon), demonstrando o capricho no desenvolvimento da sua trilha sonora.

Veredito

O sentimento de descoberta e recompensa na exploração de um Zelda é transplantado para Oceanhorn, embora inexista o mesmo nível de capricho. É um jogo que imita bem o clássico da Nintendo e satisfaz a falta de aventuras de estilo similar no PS4. O combate poderia ser melhor trabalhado, mas no conjunto é um game agradável e recomendado para o preço que tem.

Jogo analisado com código fornecido pela produtora.

Veredito

80

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