[PSN] A Boy and His Blob

A Boy and His Blob é um clássico do NES reimaginado para o Nintendo Wii, agora remasterizado para as plataformas atuais, incluindo o PlayStation 4 e Vita. Uma referência do gênero plataforma, A Boy and His Blob traz a novas plataformas a acessibilidade de um bom jogo e a arte de abraçar sua própria bolha de estimação.

A Boy and His Blob começa com uma premissa simples: você controla um garoto que, após ouvir o barulho de uma explosão, acaba encontrando uma bolha alienígena na floresta onde mora. Após resgatar a bolha do local onde houve essa explosão, ela passa a te seguir para todos os cantos, e com ela que você irá conseguir avançar com a história.

Ocorre que a bolha, chamada de Blob, vem do planeta Blobonia, que está sendo aterrorizado pelo um imperador maligno, e fugiu para o planeta Terra buscando ajuda. Então que ela conhece o garoto, protagonista do jogo, cujo nome não é mencionado. O garoto e a bolha seguem numa missão para derrotar os enviados do imperador, ir até Blobonia e acabar com a tirania de uma vez por todas.

Como dito anteriormente, o gênero é de plataforma, conhecido por jogos como Mario e Crash. No caso de A Boy and His Blob, a ação ocorre no plano 2D, com o jogador avançando por fases individuais, sempre acompanhado de sua muito útil bolha, que irá ajudá-lo a resolver os puzzles e completar as fases.

O garoto só consegue fazer três ações de útil: pular, jogar grãos no chão e chamar a bolha para perto dele. É com a ajuda da bolha que o jogo fica complexo, pois para cada grão diferente, a bolha se transformará num item diferente para auxiliar o protagonista. As transformações vão de escadas e buracos até mechas e foguetes. Cada fase só disponibiliza uma variedade específica de grãos, para que o jogador consiga resolver a charada da fase apenas com aquelas transformações. Ah, e você consegue abraçar a sua bolha também, claro.

A graça do jogo é a exploração das fases, que podem ser completadas de maneiras diferentes com os grãos à sua disposição, e que escondem três baús escondidos em cada fase. Coletando os três baús de cada fase, é habilitada outra “fase-desafio”, que normalmente é mais difícil que a fase comum e não conta com checkpoints.

Para jogadores que gostam de completar tudo, o número de fases praticamente dobra com os desafios, mas o desafio sempre é justo e apenas se trata de questão de raciocínio do jogador de conseguir completar a fase com as ferramentas disponíveis. O jogo conta com mais de quarenta fases da história e mais outra quantidade de fases-desafio.

O charme dos personagens, das fases e até mesmo dos inimigos é contagiante. Não é sempre que se encontra um jogo que chama atenção por ter gráficos simples, mas bem desenhados. Por se tratar de uma remasterização, os gráficos estão mais definidos comparado ao lançamento na plataforma da Nintendo, principalmente na tela pequena do PlayStation Vita, a paleta de cores ganha vida.

O jogo conta toda a história sem palavras, então não existe diálogo ou instruções. É um jogo universal, por assim dizer. Mesmo assim, o jogo conta com o menu e opções em português do Brasil, caso o seu sistema esteja habilitado com esse idioma. A trilha sonora foi inspirada no clássico também, então mesmo sem diálogo, ouvir as diferentes trilhas para cada fase é um estímulo do jogo.

Como foi a minha primeira vez jogando, fiquei impressionado com a qualidade dos puzzles a serem resolvidos das mais diversas maneiras e com os gráficos adoráveis de cada personagem. Apesar de não ser exatamente fácil, já que você morre com qualquer passo em falso, o jogo nunca é injusto, como havia dito. Para quem gosta desse estilo de jogo, é uma recomendação bem forte, visto a qualidade da remasterização e do preço dessa versão comparado ao preço do lançamento original.

Jogo analisado com código fornecido pela Majesco Entertainment.