OlliOlli 2: Welcome to Olliwood

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Logo quando OlliOlli 2 foi anunciado, me veio a seguinte pergunta: “É realmente necessária uma continuação?”. Essa questão se dava pela enorme quantidade de horas que passei jogando o título original. Logo quando comecei a jogar, me deu uma leve impressão de que era apenas mais do mesmo, o mesmo jogo com novas fases. Nunca estive mais enganado. O jogo é melhor em todos os aspectos e era exatamente o que eu precisava e não sabia.

OlliOlli 2: Welcome to Olliwood ainda é o mesmo jogo viciante e difícil que você conhece. Talvez um pouco mais. São inúmeras maneiras de jogar e cada pessoa vai definir seu próprio estilo. Isso que torna o jogo tão único: sua capacidade de divertir e manter o jogador grudado na tela. As melhorias são inúmeras e é mais fácil que nunca se viciar.

A primeira grande mudança é na própria direção de arte do jogo. O estilo ainda está lá, com seus mundos impossíveis e os obstáculos mais malucos que você imaginar. Mas o jogo está lindo. Os menus, o fundo, os novos mundos… tudo está muito bem trabalhado e dá até gosto de olhar. É uma melhora significativa, principalmente nos menus, que são muito mais intuitivos.

Outro fator que teve um avanço enorme foi a jogabilidade. Quem reclamava da mecânica de ‘landing’, vai ter uma surpresa. Para quem não sabe, para que você possa aterrissar o skate sem cair ou tropeçar, é necessário pressionar o botão X no momento certo. Similarmente, para realizar um manual também é necessário apertar X, com a diferença de que se deve apertar para trás ou para frente ao mesmo tempo, para que o manual seja bem sucedido.

As novas manobras criam uma liberdade muito maior que no primeiro jogo, e os manuais chegam para estabelecer novos combos quase infinitos. Nas primeiras – inúmeras – tentativas, o desequilíbrio é algo comum. Mas depois de um tempo, seus combos serão intermináveis. Quando você encaixa um manual depois de uma manobra, o seu combo continua valendo e isso cria situações inesperadas.

Uma coisa que retorna com muita força é o fator replay. O jogo conta com diversos desafios que prometem estender a longevidade do título por muito tempo. Sem contar os troféus extremamente difíceis. Façamos as contas: OlliOlli 2 conta com 5 mundos. Cada mundo possui 5 fases. Cada fase tem duas variações: amador e profissional. Cada fase possui 5 desafios. Ou seja, são 250 desafios, que vão desde muito fáceis até semi-impossíveis. Só digo uma coisa: você vai querer completar todos eles.

Quer mais? Quando conseguir realizar todos os desafios, o modo ‘hard’ é desbloqueado. Lá, existem mais desafios. E que beiram a insanidade. Dentro de cada fase completada, existe também um ‘spot’, para brigar por pontuações na tabela de líderes.

O jogo conta também com um modo online, chamado de Daily Grind. Todos os dias, existe uma nova mini pista para que você realize o máximo de pontos para entrar na tabela de líderes. Você pode treinar quantas vezes quiser, mas só a tentativa ‘real’ é que vale o seu lugar no ranking. Ainda quer mais? Existe mais um modo chamado Combo Rush, que ainda não está pronto e que será lançado posteriormente. Em resumo: o jogo é enorme.

A dificuldade pode dividir um pouco os jogadores, mas é o grande atrativo do jogo. Mesmo depois de falhar miseravelmente por duzentas vezes, eu ainda queria levantar, pegar meu skate e seguir em frente. Na verdade, é necessário apenas apertar o botão triângulo para isso, mas tudo bem. O que eu quero dizer é que, no meio de tantos lançamentos, manuais, grinds, reverts e combos, o jogo ficou ainda mais difícil. Mas é uma dificuldade ‘gostosa’, aquela que você perde e, antes do ódio te dominar, você já fez um combo x64 PERFECT e já está sorrindo, se achando o Tony Hawk.

Mas como um verdadeiro fã do jogo – ou da série –, preciso dizer que ainda são necessários alguns avanços. A começar pela trilha sonora, que deixou um pouco a desejar nesse título. A seleção é muito pequena e as músicas não são tão boas como do primeiro. Acho que é um jogo com um potencial muito grande e que poderia se utilizar de um leque maior de canções. Até mesmo de estilos diferentes.

Outro fator que me incomoda um pouco é a falta de personalização do jogo. Recompensas em dinheiro para comprar roupas e novos skates são sempre bem vindas e aumentariam ainda mais o fator replay. Também seria interessante o modo de criação de fases para competição online. Sei que trata-se de uma produção de baixo orçamento e tenho certeza que todas essas opções já foram consideradas pela desenvolvedora, mas como fã, desejo que esse jogo cresça muito.

OlliOlli 2: Welcome to Olliwood é uma melhora considerável do seu antecessor, seja na jogabilidade, na direção artística ou até mesmo na dificuldade. O fator replay é imenso e garante diversas horas de diversão. Mesmo com o conteúdo que ainda vai ser lançado, o jogo não tem cara de incompleto – na verdade, oferece mais conteúdo do que a maioria dos jogos lançados hoje em dia.

Veredito

Eu precisava de uma continuação de um dos meus jogos favoritos de 2014 e não sabia! OlliOlli 2: Welcome to Olliwood é um dos títulos mais divertidos, desafiadores e viciantes dos últimos anos. Com conteúdo de sobra e jogabilidade sofisticada, é necessário força de vontade para largar o portátil. Se quiser resumir toda a minha opinião sobre o jogo, é fácil: OlliOlli 2 é um verdadeiro campeão.

Jogo analisado com cópia digital adquirida na Store americana.

Veredito

90

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