Mortal Kombat 11 Ultimate – Review
É comum os jogos evoluírem com o passar dos meses e receberem conteúdos, mas a base continua a mesma. Por isso é sempre complicado escrever um review de um título que não foi só analisado uma vez (Mortal Kombat 11), mas duas vezes (Mortal Kombat 11: Aftermath).
Após quase dois anos, a NetherRealm Studios e a WB Games nos trazem Mortal Kombat 11 Ultimate. Este é, basicamente, o conteúdo completo até o momento (com exceção das skins de filmes lançadas nesta semana). É uma ótima forma de adquirir o jogo, caso ainda não tenha feito isso. No entanto, quem já o possui (principalmente MK11 Aftermath), não há uma razão específica para adquirir o título. O motivo disso é que, de conteúdo que realmente importa, a diferença entre a última edição do jogo e esta é o Kombat Pack 2.
Dito isso, focaremos a análise no DLC que é realmente a novidade aqui. Caso queira saber mais sobre o jogo base ou a expansão Aftermath, recomendo que leia as suas respectivas análises.
O Kombat Pack 2 oferece três personagens DLC: Rain, Mileena e Rambo. Os três são ótimas escolhas e muito divertidos de serem usados.
Rain possui vários golpes que remetem ao seu estilo clássico, seja sua bola de água que atrai o oponente, seus raios ou o chute que faz o adversário ir para o outro lado da tela. Para mim, é o personagem mais divertido do pacote.
Mileena dispensa comentários e era o que os fãs queriam. Ela possui vários de seus golpes clássicos, como o rolamento, o projétil com seus sais e o chute com teleport. Ao mesmo tempo, muitos de seus golpes foram renovados, como o teleport aprimorado que permite você escolher onde quer ficar na tela (caso acerte) ou o rolamento duplo.
Por fim, Rambo, que é mais um herói de filmes clássicos, está simplesmente sensacional. Possui inúmeras referências e conta com um estilo único e que não lembra outro personagem já presente no game. O fato de ser o mesmo dublador de Stallone (na versão em inglês, é o próprio ator que faz a voz) só faz o pacote ser mais especial ainda.
Com a chegada da edição Ultimate, a NetherRealm Studios também fez algo que sem dúvida afetará o lado competitivo de forma drástica. Caso não saiba, MK11 permite que você escolha uma de três variações para cada personagem. Ou seja, o personagem possui vários golpes “base” que são utilizados nas três variações, mas em cada uma delas há habilidades que são exclusivas. Na prática, isso significa que temos três estilos diferentes para cada personagem. Esse sistema existe desde Mortal Kombat X.
Agora, com MK11 Ultimate, a NetherRealm liberou a possibilidade de você criar um set customizado de golpes. Em outras palavras, você não precisa mais depender desses sets pré-definidos, podendo usar o espaço de três habilidades como bem entender. Isso sem dúvida afetará o “meta” do jogo, ou seja, a forma como o lado competitivo é desenvolvido. É ao mesmo tempo algo novo para um jogo de quase dois anos, mas também preocupante a ponto de talvez ficar desbalanceado. Apenas o tempo dirá sobre o segundo item.
Por fim, MK11 Ultimate marca a chegada da série ao PS5. No novo console da Sony, o upgrade é gratuito e você joga de uma forma que não é via retrocompatibilidade (é o jogo nativo no PS5). Apesar disso, as únicas vantagens são o loading extremamente rápido por conta do SSD e uma resolução dinâmica, mas mais consistente em 4K do que no caso do PS4 Pro. O restante é basicamente idêntico ao PS4.
Considerando que o loading no PS4 já não era algo problemático e o framerate continua idêntico, a versão de PS5 servirá basicamente para conquistar uma segunda platina, já que são duas listas distintas. Não digo que o upgrade não era necessário – ele é muito bem-vindo. Mas não é algo inovador ou que oferece uma experiência muito diferente do que já existia no PS4.
Aliás, até existe um problema no PS5: no momento, o jogo ocupa 86 GB do SSD. Se mais conteúdos forem lançados a MK11 – o que não parece impossível a essa altura – esperamos que esse tamanho possa ser manuseado. O PS5 oferece uma ferramenta que permite excluir determinadas partes indesejadas do jogo (como uma campanha single-player em um jogo que também oferece multiplayer, por exemplo). No caso de MK11, essa opção nos traz todos os DLCs instalados, mas apenas as suas “chaves” que pesam alguns MB. Por exemplo, eu não posso excluir o modo história, seja o base ou Aftermath (o que já liberaria um bom espaço).
De uma forma geral, MK11 Ultimate é extremamente recomendado para aqueles que ainda não jogaram o título. Não vou mentir que existe a chance de mais DLCs chegarem, então para aqueles que ainda esperam uma “versão completa” talvez ainda não seja a hora. Por outro lado, jogos de luta são mais interessantes quando estão em seu pico de popularidade, então recomendo que cogite experimentar o game antes que uma sequência seja anunciada (ou no caso da NetherRealm, o inevitável Injustice 3).
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela WB Games.
Veredito
Mortal Kombat 11 Ultimate é o pacote definitivo (até o momento) de um dos melhores jogos de luta lançados nos últimos anos. Rain, Mileena e Rambo são ótimas adições. A versão de PS5 é bem-vinda, mas não oferece muito além do loading aprimorado – que já não era ruim no PS4.
Mortal Kombat 11 Ultimate is the definitive package (so far) of one of the best fighting games released in recent years. Rain, Mileena and Rambo are welcome additions. It’s great that the PS5 version exists, but it doesn’t offer much beyond the improved loading – which wasn’t bad on the PS4.
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