Mary Skelter Finale – Review

Facebook
Twitter
WhatsApp

Mary Skelter Finale é terceiro e último capítulo da franquia Mary Skelter, que teve seu início com Mary Skelter: Nightmares para PlayStation Vita em 2017. O segundo jogo da franquia, Mary Skelter 2, apesar de ter sido lançado para PlayStation 4 no Japão, foi lançado exclusivamente para Nintendo Switch no Ocidente. Finale, no entanto, chega ao Ocidente em todas suas plataformas originais, incluindo PlayStation 4.

Antes de começar a análise, vale ressaltar que alguns spoilers serão revelados, uma vez que Mary Skelter Finale é uma sequência direta dos primeiros dois jogos da série, começando diretamente após o final do segundo jogo. Finale possui um modo que possibilita ao jogador revisitar a história dos dois primeiros jogos numa espécie de “visual novel”, fazendo dele uma espécie de “pacote completo”, porém na análise, falarei diretamente do terceiro jogo, então fica o aviso para spoilers.

O jogo começa com Jack, um “blood youth”, as heroínas do jogo inspiradas em contos de fada chamadas de “blood maidens” e os humanos sobreviventes do “mundo” abaixo da terra, finalmente conseguindo escapar dos seus maiores tormentos, chamados de “pesadelos” e alcançando a superfície da Terra. Como toda boa história em jogos, a luz no final do túnel estava mais distante do que o grupo poderia imaginar.

Logo ao chegar à superfície, Jack, as blood maidens e os humanos que subiram juntos se deparam com as Massacre Pink, um grupo sádico e sanguinário de garotas que assim que avistaram o grupo, começam o massacre. Alice e as demais blood maidens, as garotas responsáveis pela exploração e combate no subsolo, não estavam nem perto de enfrentarem as Massacre Pink no mesmo nível e logo foram derrotadas.

Quando tudo estava parecendo completamente perdido, Hikari utiliza o que resta de seu poder para teleportar todos aqueles ainda com vida para longe das Massacre Pink. O grande problema que os sobreviventes logo percebem é que foram teleportados separados uns dos outros e pior, para dentro de novas prisões repletas de monstros e mais “pesadelos”.

Assim começa Mary Skelter Finale, como diria aquele ditado em inglês, “saindo do fogo direto pra dentro da frigideira”. Depois de cerca de uma hora e pouco de história, você passa a então poder controlar três grupos separadamente para explorar as diferentes prisões do jogo. Você controla Jack, Toh ou Clara, além das blood maidens que acabaram teleportadas próximas de cada um deles.

A dinâmica de dividir em três grandes grupos foi bem bolada e faz bastante sentido se pensar bem. No primeiro jogo, Mary Skelter: Nightmares, o jogador começa no controle de Jack e Alice, para então começar a recrutar mais blood maidens para o seu grupo. O elenco só vai aumentando, e como Finale começa de um ponto em que, entre personagens velhas e novas, você tem 15 garotas no seu grupo, e no combate você só controla no máximo 5 blood maidens, dividir o grupo em três faz sentido.

Dito isso, o ritmo da exploração muda completamente. Nas primeiras prisões, ao invés de ter vários andares para um único grupo, você tem poucos andares, mas bastante amplos, “divididos” em duas ou três seções, para o jogador explorar aos poucos com seus grupos. A divisão também não é perfeita, porque alguns grupos são mais fortes, já que possuem uma boa combinação entre as blood maidens, e outros nem tanto, porque possuem uma combinação ruim entre as garotas e suas habilidades.

O jogo também explora a dinâmica de divisão de grupos para que a exploração seja uniforme entre eles. O que eu digo com isso é que, por exemplo, eu posso explorar bastante com Jack, mas inevitavelmente, você encontra uma porta fechada ou que precisa de uma chave, que você só vai conseguir abrir na área a ser explorada por outro grupo, seja o comandado por Toh ou Clara. Você pode transferir itens e equipamentos entre grupos através de uma máquina situada em alguns andares, mas fora a transferência de chaves para continuar a exploração dos mapas, não se faz muito necessária a transferência de outros itens e equipamentos entre grupos.

A jogabilidade em si permanece a mesma dos jogos anteriores, porém um pouco mais refinado e acessível aos jogadores. Dito isso, ainda acho que para um DRPG, existe uma quantidade muito grande de sistemas que acabam sendo desnecessários ao jogador. O sistema de classes, por exemplo, volta muito bem dividido, com novas classes, permitindo que cada blood maiden possa diversificar a sua oferta de habilidades e armas a serem equipadas.

Outros sistemas, no entanto, acabam sendo confusos e fáceis de não serem aproveitados numa jogatina normal. Você pode customizar armas, trocar habilidades, entrar nas prisões com parâmetros específicos, mas são raríssimas as vezes que o jogo demandará do jogador a utilização dessas mecânicas, ficando totalmente esquecidas logo após o começo do jogo.

A exploração dos mapas em si continua parecida com os outros jogos, onde cada blood maiden possui uma habilidade específica de exploração, variando de correr rápido o suficiente para não ser empurrada por enormes ventiladores, apagar fogos ou queimar grandes blocos de gelo, ou mesmo de ficar invisível, atravessando lasers perigosos que dão dano ou chamam grupos de monstros para te atacar. De resto, o perigo de ser avistado pelo “pesadelo” residente da prisão e ter de fugir para não entrar em combate continua idêntico também.

A apresentação do jogo, pelo menos em comparação a Mary Skelter: Nightmares, melhorou muito. Os retratos dos personagens estão mais bem desenhados e definidos, as roupas para as diferentes classes estão belas e o próprio sistema de história contada como “visual novel” está mais refinado. Dito isso, não há apresentação que segure longos períodos de história tediosa com diálogos repetidos só para que o jogador consiga encaixar em sua cabeça cada blood maiden em um estereótipo específico.

A trilha sonora foi outro ponto que também melhorou em comparação a jogos anteriores, porém não o suficiente para segurar horas e horas seguidas de exploração nas diferentes prisões do jogo. O jogo possui áudio em inglês e japonês, podendo ser livremente definido pelo jogador, enquanto o idioma do jogo está disponível apenas em inglês.

Mary Skelter Finale é um jogo da Compile Heart e Idea Factory. Em comparação a seus antecessores, muitas melhorias foram realizadas, porém no final do dia, não se dispõe a inovar ou tentar romper as barreiras dos jogos que as duas empresas desenvolvem há décadas. É uma pena que Mary Skelter, a primeira franquia das empresas que dá certo desde Neptunia, já está de saída, mas talvez seja melhor assim, antes que a audiência se canse do mesmo.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Idea Factory International.

Veredito

Mary Skelter Finale encerra a franquia de DRPGs da Idea Factory de uma maneira satisfatória. Antes que o público pudesse se cansar, mas enquanto também podia se explorar a história e refinar algumas mecânicas da exploração e combate do jogo.

75

Mary Skelter Finale

Fabricante: Compile Heart

Plataforma: PS4

Gênero: RPG

Distribuidora: Idea Factory International

Lançamento: 30/09/2021

Dublado: Não

Legendado: Não

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

[lightweight-accordion title="Veredict"]

Mary Skelter Finale closes the curtain for Idea Factory’s DRPG franchise in a satisfying way. It does so before the audience could get tired, but while it still could explore its story and refine a few exploration and combat mechanics.

[/lightweight-accordion]

Mary Skelter Finale closes the curtain for Idea Factory’s DRPG franchise in a satisfying way. It does so before the audience could get tired, but while it still could explore its story and refine a few exploration and combat mechanics.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo