Marvel’s Spider-Man 2 (PC) – Review

Uma coisa recorrente para quem costuma jogar no PC é sempre ficar com um pezinho atrás com os últimos lançamentos no que diz respeito à performance e qualidade técnica. Principalmente de ports de console. Muitas vezes, essas suspeitas são confirmadas só de olhar como estão as reviews no Steam. Análises marcadas como neutras já indicam que tem algo estranho ali e podem servir como um termômetro para entender o quão bem otimizado o jogo está.

Marvel’s Spider-Man 2 no PC, infelizmente, está sendo uma dessas experiências. Mesmo passando longe do desastre que The Last of Us Part 1 foi quando chegou aos PCs, fiquei um pouco decepcionado com o trabalho feito pela Nixxes nesse port. O estúdio, que veio acertando sem parar em jogos como Marvel’s Spider-Man 1 e Miles Morales, Horizon Forbidden West, Ratchet and Clank e Ghost of Tsushima, deu uns tropeços aqui. Os problemas que pude presenciar foram crashes, má performance com qualquer nível de ray-tracing ligado e qualidade de imagem com bastante ruído em determinados momentos – mesmo usando recursos como ray reconstruction da Nvidia.

O lado bom é que continua sendo um port da Nixxes. Isso significa que o estúdio está sendo ágil para responder a esses problemas e lançar patches para tentar conter um pouco do estrago. Até o momento, um hotfix e três patches regulares já foram lançados, endereçando boa parte dos problemas que comentei. Posso atestar que pelos meus testes o jogo aparenta estar mais estável e com uma melhoria na qualidade da imagem, como no ray reconstruction e alguns outros bugs gráficos que aconteciam esporadicamente. A performance também aparenta estar mais estável – embora eu não tenha métricas o bastante para comprovar tal melhora.

Mesmo assim, o jogo consta com análises “ligeiramente positivas” no Steam (obs: quando comecei a escrever essa review, no início de fevereiro, as análises estavam como “neutras”). Isso demonstra que os jogadores ainda não estão necessariamente satisfeitos com a qualidade do port, já que a qualidade do jogo fala por si só. Fiquei reflexivo sobre algumas questões: o custo de adiar esse lançamento era tão grande assim? O que levou os manda-chuvas da Sony a insistirem numa data tão cedo para um jogo que claramente não estava pronto?

Também temos o fato de que o marketing foi basicamente zero. Depois do anúncio oficial da data de lançamento no ano passado, não tivemos mais nenhum outro trailer, postagem no blog ou movimentação nas mídias sociais da PlayStation. Isso é, até o dia anterior ao lançamento, quando foi feita a publicação dos requisitos de sistema e um último trailer. Não tenho ideia do que possa ter acontecido, mas uma coisa é clara: o jogo simplesmente não estava pronto para ser lançado.

Infelizmente não tem nada o que possamos fazer agora. Então, vamos falar sobre o que esse port oferece. Assim como os outros projetos da Nixxes, Spider-Man 2 segue o mesmo padrão: todas as tecnologias de upscalling, como DLSS, FSR e Intel XeSS; suporte a monitores ultrawide até 32:9; diversas formas de ray tracing, como reflexos, oclusão de ambiente e sombras; e suporte ao DualSense.

Tirando tecnologias específicas, o jogo não parece ir muito além da versão de PlayStation 5. Texturas, iluminação e qualidade geral dos assets aparentam estar bem a par do console – fator que vários desenvolvedores não tiram muita vantagem, visto que os PCs podem chegar num nível de potência bem superior. Porém, como é um port de um jogo que lançou primeiro nos videogames de mesa, então não me espanta de fato.

A jogabilidade com teclado e mouse permanece parecida com os jogos anteriores. Pra mim, é bastante difícil me acostumar com um novo esquema de controles quando já tenho a memória muscular bem definida para esse tipo de jogo, mas é uma opção viável para quem quiser se aventurar. Todas as opções de acessibilidade que também estavam na versão de console aparecem por aqui, incluindo opções de visual, gameplay e áudio.

Por fim, a falta de marketing e o estado em que o jogo chegou levantam dúvidas sobre o quão sério a Sony está levando seus jogos no PC. A Nixxes é um estúdio competente, com um portfólio de peso e é responsável por implementar tecnologias visuais impressionantes em seus lançamentos.  O jeito que esse port chegou fala muito mais sobre problemas na gestão e expectativas dos executivos lá de cima do que as capacidades do estúdio.

O próximo lançamento PlayStation nos PCs será The Last of Us Part II, um dos maiores jogos do catálogo da Sony. Liderado também pela Nixxes e com o auxílio da Iron Galaxy Studios, vamos ver em abril o resultado e torcer para que as lições certas tenham sido aprendidas – principalmente para que TLOU II não seja o desastre que foi o primeiro jogo.

Jogo analisado no PC com código fornecido pela Sony Interactive Entertainment.

PC utilizado na análise:

  • Processador: AMD Ryzen 7 5700X
  • Placa de vídeo: RTX 4070 GALAX 1-Click OC 2X
  • Placa-mãe: ASUS TUF B450M-Plus Gaming
  • Memória RAM: 32GB (16×2) Kingston Fury Renegade 3600MHz
  • SSD: NVME Crucial P1 1TB

Veredito

Zero marketing e um lançamento problemático, Marvel’s Spider-Man 2 levanta algumas questões sobre o quão sério está sendo a estratégia da Sony nos PCs. A nossa sorte (e a da Sony) é a Nixxes ser um estúdio rápido e eficiente que quase de imediato respondeu aos problemas e trouxe estabilidade a essa versão do jogo.

75

Fabricante:

Plataforma:

Gênero:

Distribuidora:

Lançamento:

Dublado:

Legendado:

Troféus:

Comprar na

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With zero marketing and a troubled launch, Marvel’s Spider-Man 2 raises some questions about how serious Sony is about its PC strategy. Luckily for us (and Sony), Nixxes is a fast and efficient studio that almost immediately addressed the issues and brought stability to this version of the game.

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