Mad Rat Dead – Review

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Mad Rat Dead é o mais novo título da Nippon Ichi Software, distribuído em conjunto com a Koei Tecmo Games e também a NIS America. Seu conceito é um pouco diferente do usual, misturando elementos de Ação e Plataforma com uma jogabilidade baseada 100% em ritmo.

Mad Rat Dead
Quando sua vida termina e parece que é o fim, um ser surge te dando uma nova oportunidade. O que fazer? Buscar vingança! Fonte: PS4 Share.

A história do jogo gira em torno de um rato de laboratório, o Mad Rat, que após uma vida inteira como cobaia em experimentos, finalmente encontra seu fim. Ou melhor, não encontra, já que após sua “morte” ele recebe a visita de um Deus Rato (Rat God), que o oferece a oportunidade de reviver seu último dia de vida para realizar um último desejo. Certamente sua escolha é de vingar-se do humano que o aprisionou por toda sua vida.

Ao retornar no tempo e com literalmente um imenso buraco no corpo por conta do último experimento que provocou sua morte, Mad Rat percebe que está completamente lento e nunca conseguiria realizar seu plano. É então que o Rat God pede para que você perceba uma batida tocando em você e, ao pressionar R1 e L1, seu coração reaparece batendo conforme o ritmo da música e você consegue efetuar ações em velocidade normal.

Mad Rat Dead
Seu coração (Heart) também vira seu companheiro de aventuras e a grande maioria das cenas em Mad Rat Dead são conversas entre os dois personagens. Fonte: PS4 Share.

Partindo então do principio de que você precisa fazer TUDO ao ritmo da batida, é importante realizar todas as ações em tempo certo. Apesar de no primeiro momento isto parecer algo complicado, existem apenas três comandos a serem utilizados com o ritmo: correr, pular e cair no chão. Ao realizar a ação no tempo correto você ganha a pontuação GREAT e continuando a fazê-la de maneira precisa, acaba gerando um combo, que conta para sua pontuação final em cada fase. Pressionar um botão adiantado, atrasado ou totalmente fora do tempo fará com que você ganhe respectivamente as pontuações EARLY, LATE ou MISS, que fazem com que a ação não seja executada corretamente e também com que seu combo quebre.

Mad Rat Dead
Cada fase possui uma música diferente e consequentemente um novo ritmo a ser acompanhado pelas batidas de seu coração. Fonte: PS4 Share.

Como alguns outros títulos do gênero de plataforma, toda fase possui um tempo limite para ser finalizada, e não completá-la a tempo é a única forma de se chegar em uma tela de GAME OVER. Sendo assim, é importante avançar nos cenários de maneira cautelosa pois por mais que você possa “morrer” infinitas vezes, toda vez que isso acontece você deve voltar o relógio alguns segundos até um momento que pareça estar seguro para retornar à batida e refazer o que errou.

Esta mecânica é interessante e muito bem incorporada ao conceito que Mad Rat Dead quer passar, e também deixa o game menos maçante, sem você precisar voltar para o início do nível ou para algum checkpoint muito distante ao “morrer”. Só é preciso tomar bastante cuidado pois por mais que você possa manipular o tempo e retornar alguns instantes antes, o tempo para completar a fase não voltará também, ele continuará correndo. Em alguns momentos você irá se deparar em situações que repetirá diversas vezes as mesmas ações até conseguir avançar e isso poderá lhe custar segundos cruciais para finalizar o nível.

Mad Rat Dead
Para se conseguir rank S é preciso terminar o nível faltando mais que 150 segundos para término, fazer poucos MISS e ter um combo máximo de no mínimo 150. Em todo meu primeiro gameplay só consegui este feitio duas vezes. Fonte: PS4 Share.

Colocando de lado todo o contexto rítmico, Mad Rat Dead segue a linha simples de jogos de plataforma: Um “mundo” com diversas fases e um chefe como o último nível. Este padrão se repete durante todos os cenários durante o título e por mais que seja algo padrão do gênero, acaba se tornando cansativo. Em muitos momentos é como se, por exemplo, você estivesse jogando em 6 mapas iguais e um último um pouco mais complicado, por ser o chefe, mas que nem sempre acaba tendo algo de muito diferente.

O que eu quero dizer é que de uma maneira geral os níveis não possuem muita diferença uns dos outros. É apertar o botão de correr durante o ritmo, pular em algumas plataformas, acertar alguns monstros e é isso. Claro, a medida que você vai avançando surgem algumas coisas novas e a dificuldade aumenta, como plataformas que caem e/ou desaparecem, monstros que não podem ser derrotados ou a água que vai subindo durante o cenário, mas nada que mude muito a mecânica. De todos os chefes, acho que apenas um deles que realmente achei divertido, todos os outros são apenas “mais do mesmo”.

Mad Rat Dead
As lutas contra chefes também acontecem de forma rítmica e, infelizmente, a maior parte delas não é memorável. Fonte: PS4 Share.

E o gameplay rítmico? Acredito que este seja o grande diferencial que Mad Rat Dead deveria ter, mas infelizmente sinto que não é tão bem executado como esperava. Gosto de citar como exemplo qualquer fase de música em Rayman Legends, que apesar de não ser um jogo rítmico, os seus poucos níveis que utilizam o estilo conseguem ser mais marcantes e bem executadas que todos este título.

As músicas em Mad Rat Dead são excelentes, não me leve a mal. Na verdade, parabéns a toda equipe envolvida e todos os compositores das trilhas sonoras, elas ficam na sua cabeça e em vários momentos conseguem acompanhar muito bem o que o Mad Rat está sentindo. Mas ainda assim eu sinto que falta algum tipo de sincronia a mais do que está acontecendo no momento no cenário com aquilo que você está ouvindo e precisa pressionar. Em qualquer momento você pode ficar parado no nível e deixar a música rolando caso queira esperar alguma mudança na batida, já que o ritmo das composições muda em diversos momentos que não fazem qualquer coesão com o gameplay da fase.

Mad Rat Dead
É possível jogar grande parte das níveis pressionando apenas os botões de pulo e de corrida, tornando em alguns momentos as experiência maçante. Fonte: PS4 Share.

Um outro ponto que algumas pessoas podem gostar mas que acaba me incomodando é que ao terminar uma fase você pode jogá-la novamente através do menu inicial utilizando qualquer outra música já liberada. Isso só mostra mais uma vez como os sons são desconexos daquilo que você precisa realizar na tela. Também é liberado um “modo difícil” de cada música, onde existe um tipo diferente de batida que você deve pressionar, algo que também não gostei e acho que foge um pouco da proposta. Talvez um pouco semelhante do que achei do Performance mode em Kingdom Hearts: Melody of Memory, onde uma dificuldade extra parece estragar a diversão ritmica.

Mad Rat Dead no fim não acaba sendo um jogo ruim, mas também não é excelente. Como disse em alguns momentos durante este texto a melhor forma de se descrever é “pouco memorável”. A história pode ter até alguns momentos bons, mas é simples e pode ser um pouco cansativa por se ter uma cena praticamente no início e no fim de cada nível. Apesar de ser um título passável para muitos, talvez fãs do estilo rítmico possam aproveitar algumas horas de diversão.

Jogo analisado no PS4 Pro com código fornecido pela NIS America.

Veredito

Mad Rat Dead tentou ser um bom jogo rítmico e de plataforma, mas acaba sendo pouco memorável para qualquer gênero. Apesar de possuir uma trilha sonora viciante, a jogabilidade é repetitiva, os chefes são esquecíveis e seu ritmo nem sempre condiz com aquilo que você deveria ou gostaria de fazer.

70

Mad Rat Dead

Fabricante: Nippon Ichi Software

Plataforma: PS4

Gênero: Ação / Ritmo / Plataforma

Distribuidora: NIS America

Lançamento: 30/10/2020

Dublado: Não

Legendado: Não

Troféus: Sim (Inclusive Platina)

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[lightweight-accordion title="Veredict"]

Mad Rat Dead tried to be a good rhythmic and platform game but it ends up being not very memorable for any genre. Despite having an addictive soundtrack, the gameplay is repetitive, the bosses are forgettable and its pace does not always match what you should or would like to do.

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Mad Rat Dead tried to be a good rhythmic and platform game but it ends up being not very memorable for any genre. Despite having an addictive soundtrack, the gameplay is repetitive, the bosses are forgettable and its pace does not always match what you should or would like to do.

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Eric Oliveira

Tiro na água!

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