Kayak VR: Mirage – Review

O PlayStation VR2 é, sem dúvida, um acessório muito promissor. Mas para deixar isso claro, é preciso ter jogos que reflitam esse potencial e Kayak VR: Mirage é um deles.

Descrever Kayak VR: Mirage é muito simples: é você, o jogador, sentado em um caiaque. É um pouco mais que isso, mas apenas por essa descrição você já consegue imaginar como o título funciona.

Primeiramente, Kayak VR: Mirage é facilmente um dos gráficos mais belos em VR que temos no PS5 até o momento. As paisagens são muito realistas e bonitas, além da física da água ser muito convincente. Por esse lado tecnológico, Kayak VR: Mirage merece todos os elogios possíveis.

Kayak VR: Mirage possui três modos distintos. Um deles não possui gameplay: é você sendo levado automaticamente pelo caiaque para aproveitar as belas paisagens com diferentes condições climáticas. É um ótimo modo para mostrar o potencial do VR para quem não acredita na tecnologia. É também um modo para relaxar e aproveitar.

Há apenas quatro mapas distintos, porém cada um deles apresenta diferentes horas do dia ou condições climáticas. Assim, mesmo que sejam poucos ambientes, temos variações que não os tornam em algo novo, mas pelo menos diferentes.

Mas como estamos falando de um jogo de videogame, é necessário ter um gameplay e é aqui que Kayak VR: Mirage encontra seus problemas. Como você deve imaginar, os dois controles Sense são usados para remar. Por ser realista demais, o controle disso pode ser muito estressante – fugindo totalmente da proposta do modo anterior.

Há dois modos em que temos controle do caiaque. O primeiro é o modo livre. De forma similar ao que você só é levado, aqui você pode navegar e explorar o mapa à vontade, sem pressão alguma, mas remando.

Já o outro modo é de corrida. Passando por percursos pré-definidos a serem seguidos, você deve remar o mais rápido possível e tentar vencer os fantasmas de outros jogadores. Honestamente, os controles para remar o mais rápido possível são horríveis. Provavelmente eu que não soube o ‘timing’ correto ou a movimentação a ser feita, mas cheguei num ponto que simplesmente desisti. E isso que completei o tutorial que o jogo oferece no início, além de explorar um pouco os mapas sem problemas. Mas as corridas simplesmente não rolaram. Sou péssimo e aceitei isso.

Dito isso, sempre existe a possibilidade de você gostar da corrida e também odiar o modo livre para relaxar (ou seja, o contrário da minha experiência). Como sempre em jogos VR, o melhor a se fazer é sempre jogar para formar sua própria opinião. A única coisa que todos nós entraremos em consenso é que os gráficos são formidáveis.

Outro consenso é que Kayak VR: Mirage é um jogo curto. Vale a experiência gráfica e realista, mas são poucos ambientes (mesmo com as suas variações). A desenvolvedora é bem aberta no que está trabalhando e mais ambientes são previstos a médio prazo. Resta saber se virão como DLC pago ou atualizações gratuitas.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Better Than Life.