Hyperdimension Neptunia Re;Birth 3 V Generation

Neptunia Victory, terceiro jogo da série principal, foi meu título favorito dentre os disponíveis para PS3, portanto, Re;Birth 3 é o remake/port que eu mais aguardava. V Generation traz a história e personagens do Victory, junto com a série de melhorias e extras da série Re;Birth, fazendo com que essa seja a versão definitiva.

A história começa quando Neptune é transportada para uma realidade alternativa de Gameindustri. Essa realidade alternativa é inspirada na indústria de jogos do final da década de 80, portanto, várias referências remetem a consoles antigos como o NES e o Mega Drive e a vários jogos clássicos. Devido à nova realidade, personagens características da série retornam com algumas diferenças, e novas personagens bastante interessantes são introduzidas.

Comparado aos dois primeiros títulos, Re;Birth 3 tem uma história mais bem desenvolvida, com arcos bem definidos e alguns momentos genuinamente surpreendentes. O aspecto comédia continua presente em inúmeras cenas com o característico bom humor da série que agrada aos jogadores. Assim como os anteriores, a história é contida, portanto não há a necessidade de se jogar os títulos anteriores para entender a história em V Generation.

A jogabilidade continua similar aos Re;Birth anteriores, com algumas leves alterações. Ainda há um número generoso de dungeons para serem exploradas, porém muitas delas reutilizam os mesmos visuais, tornando-se cansativo explorar uma fase extremamente similar com outras duas ou três que você já passou. Ainda existem vários itens e inimigos únicos por dungeon e é possível alterar ambos com a ajuda do sistema de planos.

O sistema de planos envolve coletar itens para criar planos que alteram o jogo. Por exemplo, um dos planos permite que ataques causem mais dano que o limite. Outro faz com que tesouros secretos sejam mostrados no mapa. Essencialmente, com esse sistema é possível obter novos equipamentos, ataques, dungeons, sistemas e muito mais, contanto que se consigam os itens corretos, o que nem sempre é fácil.

O sistema de batalha sofreu algumas poucas alterações. Ele ainda é baseado em combos únicos para cada personagem e em posicionar-se para que seus ataques atinjam mais inimigos. Os inimigos tem uma barra de defesa que, quando esgotada, faz com que sofram muito mais dano com cada ataque.

A diferença principal está na barra de SP, usada para especiais, e que agora tem quatro divisões que determinam o uso dos finalizadores e o custo dos EXE Drives – estas são duas técnicas poderosas que eram facilmente abusáveis nos jogos anteriores. Isso cria uma dinâmica interessante, pois é preciso carregar a barra de SP para se utilizar dos ataques mais fortes do jogo, porém, com a barra vazia não é possível utilizar outros ataques especiais, cura e outras magias que influenciam o status de seus aliados e inimigos.

Stella’s Dungeon, introduzido em Re;Birth 2, retorna também com melhorias. O sistema é um minigame em tempo real que envolve enviar Stella para explorar uma dungeon e trazer itens. Agora existe uma única dungeon, dividida em andares, e é possível recrutar mais ajudantes para auxiliar Stella, fazendo com que seja bem menos frustrante do que em Re;Birth 2.

Jogo analisado com código fornecido pela Idea Factory International.