Horizon Zero Dawn Remastered – Review

É difícil encontrar uma pessoa que não tenha jogado Horizon Zero Dawn. O título da Guerrilla Games foi lançado inicialmente no PS4. Mais tarde, foi dado a todos os jogadores durante a pandemia. Além disso, uma versão de PC também foi disponibilizada. E isso não faz muito tempo: 2017 é a data original do jogo no PS4.

Como se não bastasse, Horizon Zero Dawn recebeu um patch de melhorias para o PS5. Por conta disso, remasterizá-lo para PS5 não parece ser algo necessário. Mas cá estamos com um remaster.

Esta análise será inteiramente focada nas novidades do remaster. Não vou me aprofundar no que o jogo oferece – para isso recomendo que leia a minha análise original de PS4.

Como o próprio título revela, Horizon Zero Dawn Remastered não é um remake. Em um mundo em que fica cada vez mais confuso os termos remake e remaster, esta nova versão até poderia se passar por um remake, porque não é apenas um upscaling – há muito mais que isso.

Primeiramente, é preciso falar da principal novidade: os gráficos. Horizon Zero Dawn, mesmo em 2024, ainda é um jogo bonito. Mas Horizon Zero Dawn Remastered pode ser considerado um dos jogos mais belos no PS5. É simplesmente impressionante a qualidade gráfica – os cenários (principalmente a água), os personagens, a iluminação e assim por diante. E tudo isso com as mesmas opções que já vimos em Horizon Forbidden West: 30, 40 ou 60 fps.

Nessa parte gráfica poderíamos até chamá-lo de remake. Mas, infelizmente, o gameplay ainda é exatamente o mesmo que o original. “Infelizmente” porque muitas melhorias vistas em Horizon Forbidden West deixam o jogo estranho: o combate, por exemplo, é muito superior na sequência. E elementos como o planador também fazem falta.

Outra novidade importante é o loading. Como esperado, o fast travel é quase instantâneo. Curiosamente, boa parte do nosso teste foi usando um save que transferi do PS4. Uma fogueira em específica para o fast travel sempre travava (crashava) o jogo (quando eu tentava ir para ela). Curiosamente, pontos ao redor funcionavam normal e eu podia ir a pé para o local que estava travando. Esse foi o único problema técnico que sofri em todo o meu gameplay.

Também é notável que o som está melhor (por conta do Tempest 3D), além do uso dos gatilhos adaptáveis (como no arco e flecha) e a resposta tátil do DualSense. São coisas simples mas que aprimoram a experiência.

Por fim, e que também é notável, é a melhoria clara dos modelos dos personagens. O visual de vários, principalmente de Aloy, estão muito melhores e naturais. Horizon Forbidden West era muito bom nesse aspecto e o remaster tenta seguir os passos dele.

Horizon Zero Dawn Remastered oferece ainda melhorias de qualidade de vida que também podem ser encontradas em Horizon Forbidden West. Uma delas, por exemplo, é a possibilidade de desativar a animação de coleta de itens (Aloy simplesmente passa por cima e não agacha mais para isso). Para quem gosta de determinados trajes mas não aprecia o seu “capacete”, também é possível deixar Aloy sem acessórios na cabeça. No entanto, algo que gostava bastante de Horizon Forbidden West, que era aplicar o visual de um traje (mas na verdade estar usando outro), não está presente aqui (ou ao menos não encontrei).

Para quem gosta de caçar troféus, pelo menos na versão que recebemos para análise, não há o chamado “autopop”. Ou seja, carregar o save de PS4 não destravará os troféus que você já conquistou. Inclusive, realizar ações que destravariam os troféus fazem eles nem se quer aparecerem. É claro, começar o jogo do zero no PS5 destrava normalmente, mas achei estranho nenhum troféu aparecer com o meu save de PS4 (mesmo jogando e fazendo ações que provavelmente destravariam alguns). Dito isso, é possível que seja um bug, mas não sei dizer no momento.

Horizon Zero Dawn é um dos meus jogos favoritos do PS4, ao lado de sua sequência. Mas mesmo assim reconheço que é muito cedo para remasterizá-lo. Aquele usuário que já o jogou, talvez possa aproveitar o upgrade com custo baixo (R$ 50). Se ainda não jogou, é sem dúvida a versão definitiva para isso.

Mas, mais uma vez, é um remaster que faria mais sentido num PS6 ou PS7. Uma coisa é certa, porém: será um bom jogo para avaliar os gráficos do PS5 Pro.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Sony Interactive Entertainment.