Exp Parasite – Review

Jogos retrô sempre foram uma aposta na atual geração. Desde a chegada do PlayStation 4 no mercado, muitas empresas indies trouxeram títulos nesse estilo gráfico com a esperança de colocá-los novamente no gosto do público. Como vimos no decorrer dos anos, alguns deram certo e outros não. Mas nunca saberemos o que realmente vai acontecer até a bomba ser lançada, e neste caso, ela se chama Exp Parasite.

Para poupar seu trabalho de ir atrás do enredo de Exp Parasite, podemos adiantar aqui que ele narra a história de um parasita alienígena que foi aprisionado por cientistas numa realidade virtual. O intuito disso tudo é testar seus poderes e como eles seriam usados na hora de tomar o controle de objetos e outros monstros. Algo bem simples, prático e funcional, para justificar essa loucura toda.

Esse plot que você leu no parágrafo anterior não é realmente importante, pois este não é o foco de Exp Parasite. O que realmente importa nesse jogo é como você deve ultrapassar os obstáculos dos cenários para chegar do ponto A ao B.

O seu personagem não possui a ação de pular, apenas de controlar a gravidade e tomar posse do corpo dos inimigos. Este último fato mencionado pode até parecer legal – e na verdade é muito -, mas assim como você precisa ter paciência para esperar o timing certo na hora de alternar entre o chão e o teto, será necessário ter muita destreza para avançar nos cenários enquanto estiver controlando algum inimigo.

Avançar no cenário como um todo não será uma tarefa fácil, já que os inimigos estarão por todos os lados. Porém, será preciso também lidar com os obstáculos fixos – como os espinhos – que ficam espalhados em toda a parte. Obviamente que eles não são os únicos problemas “não contornáveis” do título, porém, são os mais chatinhos de se conseguir passar.

Para facilitar um pouco essa árdua tarefa de sobrevivência, o parasita começa cada estágio com cerca de 13 vidas. Você provavelmente deve pensar que é uma quantidade bem alta, certo? Porém, na prática, não é. A dificuldade é tão grande que é necessário muito mais que 13 oportunidades para conseguir chegar ao fim.

É possível aumentar o número de vidas extras com os cristais coloridos que ficam escondidos nos cenários. Porém, há controvérsias sobre sua utilidade. Não é tão difícil encontrá-los, já que o mapa é pequeno, mas para alcançá-los é muito provável que você perca muitas chances, tornando aquela aventura desnecessária no fim das contas.

O sistema de upgrades pode ajudar a superar algumas dessas frustrações. Além de ser possível utilizar uma habilidade para começar com mais vidas que o normal, outros truques legais também estão disponíveis, como diminuir a velocidade do relógio ou ficar invencível por um determinado tempo.

A durabilidade de Exp Parasite não é nenhum modelo para ser usado de exemplo. Podemos sugerir aí uma hora de duração, considerando que o jogador não morra nenhuma vez e consiga levar apenas cinco minutos para passar por cada um dos estágios. Obviamente que, para quem não é tão acostumado com dificuldade, esse tempo pode dobrar, mas ainda assim podemos considerá-lo curto.

Embora Exp Parasite não seja o mais lindo dos indies com esses gráficos da era do NES, ele consegue divertir um pouco. Claro, seria bom algo um pouco mais “vistoso”, já que em muitos momentos você não consegue identificar o que são os chefões de fase ou até mesmo os mais simples dos inimigos. Porém, se você não se importa com isso, talvez consiga tirar algum proveito.

As duas últimas questões que precisam ser levantadas aqui são o preço e a durabilidade. Na PlayStation Store é possível encontrá-lo pelo valor de R$ 33,50. Não é algo caro, mas sim questionável. Não existe platina, o que pode tornar frustrante toda a experiência para os aficionados por troféus. É o famoso: “jogue por sua conta e risco”.

Jogo analisado no PS4 Pro com código fornecido pela Grey Head Studio.