Evil Genius 2: World Domination – Review

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Em 2004 a Rebellion lançou no PC um jogo de estratégia nada comum para a época, Evil Genius. O jogador era um gênio do crime e precisava criar meios para dominar o mundo, como um bom vilão de James Bond sempre tenta fazer no filmes. Usando de humor característico, visual único e com diversas inspirações em obras do entretenimento de espiões vs gênios do mal, o jogo teve sucesso considerável e talvez até se tornando uma obra cult.

Uma sequência sempre foi aguardada, mas nunca chegou ao mercado. Com anos de espera e muitos pedidos depois, Evil Genius 2: World Domination foi lançado no início de 2021 para PC, plataforma única do jogo original, e agora chega para os consoles no fim do mesmo ano. A promessa segue a mesma, apresentando um jogo de estratégia em tempo real totalmente único, com construção de base variada e funcional, além de aprimoramentos no que o original não realizava tão bem.

Se você nunca pôde jogar o título original, faça um favor a si mesmo e se arrisque na obra. Ainda que datado hoje em dia pelos avanços tecnológicos e visuais, o jogo roda em praticamente qualquer torradeira ou relógio cuco. Garanto que a experiência ainda vai ser divertida. Ainda assim, ir direto para Evil Genius 2 também é um passo acertado principalmente pela acessibilidade maior em diversas plataformas agora e evolução do estilo.

Evil Genius 2 SS1

Em Evil Genius 2: World Domination o jogador assume uma de 4 grandes mentes maléficas que planejam a subjugação mundial e domínio total da população. Cada um possui características únicas que vão influenciar desde evolução da base, capangas, equipamentos e missões. Pequenas diferenças vão existir ao escolher um ao invés de outro, mas a estrutura do jogo é sempre a mesma.

O jogo é sustentado praticamente por 3 pilares. Controle de lacaios, construção de base e missões diversas. O jogador começará escolhendo uma ilha e montando ali seu lar maligno. Contrate alguns operários e defina salas fundamentais, como quartel, refeitórios, dormitórios, laboratório de pesquisa, cofre para ouro e muito mais.

A partir disso, tendo um local estabelecido, comece a recrutar pelo mundo especialistas nas áreas de segurança, ciência e “malandragem”. Cada um será importante do seu tipo e terão tarefas ainda maiores depois. Por exemplo, o jogador começa recrutando guardas padrões, depois mercenários especializados em combates armados e, por fim, lutadores de artes marciais ou atiradores de elite.

Evil Genius 2 SS2

Agora, já com uma base pronta e equipe definida, comece a realizar diversas missões até o conseguir dominar o mundo. Diferente do jogo original, as missões foram bastante mudadas. Há linhas de quests para diversos eventos, como por exemplo roubar a declaração de independência americana ou eliminar uma gangue de robôs controlados por uma cientista maluca. Além disso, o jogador precisa trabalhar sempre os atos de infâmia que vão roubar dinheiro pelo globo e também acobertar seus passos. Há sempre um ciclo de eventos que consiste em procurar vantagens pelo mundo e, ao mesmo tempo, correr das forças especiais das nações afetadas. Sendo assim, cada ato tem consequência e algumas podem ser terríveis.

Atrair atenção demais de alguma região irá colocar agentes, sabotadores e soldados contra sua base. Para isso, crie forças de defesa ou crie armadilhas por corredores e saboreie o estrago causado por eles. Essa última opção é sempre a melhor, pode confiar! Entretanto, nem tudo se resolve assim. Caso essas forças não sejam capazes de alcançar o objetivo de acabar com seus planos, as nações irão mandar super agentes que são ainda piores. Cada nação tem o seu e cada agente é extremamente difícil de ser derrotado. Eles irão entrar sorrateiramente para roubar itens ou explodir a porta com exércitos, criar combates brutais e aniquilar seus lacaios. Além disso, não podem ser derrotados normalmente e precisam de missões especiais para descobrir seus segredos e fraquezas.

Uma partida de Evil Genius 2 dura de 10 a 30 horas, depende da quantidade de objetivos que o jogador planeja realizar. Há uma ramificação imensa de atividades para se realizar e consequências de cada uma. Contrate um capanga clássico como braço direito ou decida que o apoio dele não vale tanto quanto destruir sua reputação. Pesquise itens nefastos, armadilhas mortais ou tente realizar tudo na base da força bruta. Opção é algo que nunca falta no jogo.

Tudo no jogo funciona perfeitamente bem e aprimora diversos problemas do original, como ritmo de campanha e exploração do mundo. Construção de base e gestão de lacaios talvez seja a melhor parte do título, assim como a defesa da base contra invasões. De toda forma, Evil Genius 2 entrega um ritmo de jogo viciante e empolgante, sem nunca ficar chato ou monótono, sempre com algo a descobrir ou fazer. Além disso, cada jogada com um gênio do mal diferente pode ser uma campanha totalmente única, mudando decisões de antes e criando outras ramificações para a história, principalmente quanto ao artefato de dominação mundial de cada um.

Evil Genius 2 SS4

Se há algo que se pode falar negativamente do jogo é a semelhança exagerada com o original. É compreensível que, devido ao longo tempo entre um e outro, seria necessário apresentar o jogo da forma como a concepção original foi apresentada. Entretanto, para os que jogaram o título de 2004, há muitas semelhanças que o título poderia soar mais como um remake do que uma sequência. Outro ponto negativo é que as missões pelo mundo continuam sendo apenas pelo mapa-múndi estático e sem muita interação, com as próprias atividades sendo um ativar e aguardar a conclusão da mesma.

Algo que sempre é complicado na transição de um RTS de PC para console é a adaptação dos controles. Aqui não tivemos esse problema, já que tudo é funcional e de rápido acesso, mesmo tendo que relevar o dispositivo diferente e mais lento do que um teclado e mouse. Ainda existe um tempo para se adequar e entender bastante coisa dos comandos, mas saiba que esse não é um problema aqui como acontece em diversos outros ports.

Evil Genius 2 SS5

O que também é positivo para nós, brasileiros, é a tradução de textos para nosso idioma. Qualquer jogo de estratégia depende bastante de textos e nem sempre são intuitivos apenas pela visão. A adaptação ao idioma é muito boa e ajuda ainda mais na jogatina, mantendo ainda o humor do jogo.

É complicado apontar defeitos no jogo e não enaltecer como muito é bem apresentado. Evil Genius 2 é um renascimento perfeito para um jogo que não foi conhecido por muitos em sua época. Avaliando apenas pela execução de um RTS e construção de base, talvez seja um dos melhores do mercado hoje. Além disso, o jogo é bastante único e repleto de carisma, mostrando que é possível ser divertido sem ser apenas o herói de uma história.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Rebellion.

Veredito

Evil Genius 2: World Domination é um RTS quase perfeito. Mantém muito do jogo original, talvez em excesso, mas entrega isso nos consoles de forma excelente e com ótimos controles. Viciante e divertido, talvez seja o melhor RTS de toda a biblioteca PlayStation hoje.

90

Evil Genius 2: World Domination

Fabricante: Rebellion

Plataforma: PS4 / PS5

Gênero: Estratégia em Tempo Real

Distribuidora: Rebellion

Lançamento: 29/11/2021

Dublado: Não

Legendado: Sim

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

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Evil Genius 2: World Domination is an almost perfect RTS. It retains a lot of the original game, perhaps too much, but delivers it on consoles excellently and with great controls. Addictive and fun, it might be the best RTS in the entire PlayStation library today.

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Evil Genius 2: World Domination is an almost perfect RTS. It retains a lot of the original game, perhaps too much, but delivers it on consoles excellently and with great controls. Addictive and fun, it might be the best RTS in the entire PlayStation library today.

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