Deadlink – Review

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Por anos ficou evidente a ênfase em diversos estúdios para a criação de experiências que utilizam o estilo roguelike ou roguelite, com esse último sendo o preferido da maioria dos desenvolvedores e também jogadores. Vários exemplos já tivemos por aqui e até mesmo uma boa parcela pude experimentar e falar sobre em alguns textos. Deadlink é mais um jogo a tentar essa abordagem, mas pretendendo colocar sua jogabilidade com foco na ação em primeiro lugar.

Numa pegada cyberpunk, assuma o controle de uma máquina exterminadora através de um link neural e parta para o combate contra diversos inimigos e corporações que deterioram esse mundo. Abra caminho à força pelos distritos da cidade e locais obscuros para colocar sua máquina de combate à prova de vários desafios. Caso não alcance seu objetivo, melhore partes do link, do seu autônomo, arsenal e mais habilidades para tentar novamente, ou até mesmo troque de carcaça para novas abordagens.

Usando de um princípio que condiz com o estilo de “tente novamente” dos roguelites, que permite recomeçar e melhorar sempre para a próxima tentativa, Deadlink faz isso bem principalmente por entregar um combate sólido e divertido, mesmo que seja confuso no início assimilar todos os comandos. O foco em ação rápida e eventos incessantes contra inimigos a cada sala é o que dita um ritmo frenético para o jogo, com bastante diversão e desafio.

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Na posse de um grande arsenal composto de arma principal, secundária, granada e duas habilidades específicas para cada tipo de máquina escolhida, o jogador precisa assimilar cada comando para cada opção e frequentemente usar de tudo ao seu dispor em cada momento do combate. Enquanto as habilidades servem para marcar inimigos e fazer os mesmo deixarem munição e recuperação de escudo quando finalizados, as demais opções finalizam esses inimigos para que seja possível coletar tais recompensas.

Cada sala vai prover melhorias que ficarão ativadas durante aquela jogada e serão importantes para o progresso. Melhore sua arma principal ou adicione dano elemental nele, assim como precisa decidir entre melhorar a capacidade da máquina ou decida por outra porta que irá fornecer mais XP, que no final da jogada pode ser usado para melhorar a máquina permanentemente.

Enquanto essa dinâmica é bem explorada e o combate acelerado entrega o que promete com bons níveis de adrenalina, o aprendizado de todo o sistema de marcar adversários para recuperar recursos vai demandar algumas tentativas. Com isso, as primeiras duas horas do jogo talvez fique restrita ao aprendizado do jogo por parte do jogador e na adaptação de todo o sistema.

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Vencendo isso e avançando cada vez mais até o final, o jogador também vai progredindo numa pequena história além da evolução do roguelite e combate. Entretanto, quanto mais se jogo também fica nítido um dos grandes problemas de vários jogos do estilo que tentaram seguir um modo mais tradicional sem muita aleatoriedade e também presente aqui.

Títulos como Rogue Legacy e Dead Cells, apenas para citar alguns dos que são vistos como grandes do tipo que são reconhecidos por grande qualidade, são jogos que conseguem entregar uma grande variação e aleatoriedade para o jogador desde o início de cada jogada e com novidades sempre interessantes por longo tempo, tanto em cenários como inimigos. Deadlink segue uma forma tradicional de ter um caminho maior pré-estabelecido com pequenas variações dentro disso, mas não mudando a ordem principal que o jogador encara.

Seguindo por esse caminho, o jogo começa a entregar uma certa fadiga do estilo muito rápido e, ainda que não seja longo, varia ao jogador apenas as opções de maior dificuldade ou das mecânicas internas ao roguelite por cada jogada. Em resumo, você vai cansar rápido dos mesmos cenários e inimigos até o caminho no final do jogo. Ainda que haja mudanças após a conclusão e até outros modos de jogo que possam variar um pouco a experiência, esse cansaço acontece de forma mais acelerada e fica difícil mudar a perspectiva disso após algumas horas.

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Acrescentar uma variação nesse caminho e criar rotas mais dinâmicas ajudaria o jogo a não ter uma visão mais engessada do que entrega. Para alguns jogadores, que podem desistir rápido caso não se adapte bem ao combate e não veja muita variação imediata, a percepção pode ser de um jogo simplista com conteúdo raso, que precisará de muito investimento para conseguir algo. Os jogos dados como exemplos antes variam suas rotas para dar ao jogador experiências diferentes já de início, com novidades e mudanças sempre nos primeiros passos.

Deadlink se sustenta no combate explosivo e acelerado bem acertado, com boas mecânicas do roguelite inseridas para exponenciar esse lado positivo. Além disso, algo muito bem executado e que reforça essa impressão é como o visual e trilha sonora encaixam bem com todo o pacote para uma experiência de jogabilidade aprimorada. Sendo fã do estilo e também amante de tiro em primeira pessoa, Deadlink com certeza é uma boa opção disponível agora nos consoles.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Crunching Koalas.

Veredito

Deadlink acerta bem na proposta e tem como grande destaque seu combate explosivo numa temática bem apresentada, mas sofre um pouco da fadiga rápida comum em vários roguelites que entregam pouca variedade de cenários e inimigos.

75

Deadlink

Fabricante: Gruby Entertainment

Plataforma: PS5

Gênero: Tiro em Primeira Pessoa / Roguelite

Distribuidora: Crunching Koalas

Lançamento: 30/07/2024

Dublado: Não

Legendado: Sim

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

[lightweight-accordion title="Veredict"]

Deadlink hits the mark and its main highlight is its explosive combat in a well-presented theme, but it suffers a bit from the quick fatigue common in many roguelites that offer little variety in scenarios and enemies.

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Deadlink hits the mark and its main highlight is its explosive combat in a well-presented theme, but it suffers a bit from the quick fatigue common in many roguelites that offer little variety in scenarios and enemies.

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