Dead Rising

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A remasterização de Dead Rising faz parte da celebração de 10 anos da série (Dead Rising 2 e Dead Rising 2: Off the Record também foram remasterizados e você confere as análises em nosso site), e o mais interessante é que se trata da primeira vez que o jogo original aparece em um console da Sony. E talvez esse seja também o maior problema do título: 10 anos é muito tempo e sua velhice, digamos assim, se torna evidente para aqueles que jogarem pela primeira vez.

Dead Rising é um jogo de mundo aberto com inúmeros zumbis. Pode ser considerado um beat'em up, mas gosto de classificá-lo como parque de diversões: as possibilidades de destruir os zumbis são imensas. Mas antes de falar sobre isso, vamos entender a história.

O jogador controla Frank West, um repórter fotógrafo que vai para Willamete, no Colorado, em busca de um furo de reportagem. Ao ver que a cidade está tomada por zumbis, ele chega no shopping com a ajuda de um helicóptero. Lá, acaba ajudando sobreviventes enquanto tenta descobrir o que está por trás de tudo.

Como dito anteriormente, quase tudo no shopping pode ser usado como arma: espadas de brinquedo, pedaços de manequins, motosserras e mais. Além de "brincar" com os zumbis, você pode tirar diversas fotos deles, o que fornece XP ao personagem. Também é preciso completar quests que possuem tempo para serem concluídas. O jogo requer manuseio no tempo disponível, pois você possui 72 horas in-game para fazer tudo antes que o helicóptero retorne. Portanto, a graça estará em repetir a jornada várias vezes até saber exatamente onde e quando Frank deve estar para completar determinadas quests.

Os chefes são bem difíceis, principalmente se você não souber como lidar com eles. Porém, o que mais o irritará são os sobreviventes que precisam ser salvos. Para isso, é preciso guiá-los pelo shopping até a zona segura. A inteligência deles é horrível e cuidar deles é um teste de paciência.

Ao menos, algo que foi disponibilizado neste jogo é a possibilidade de criar três saves. No Xbox 360, por limitações do aparelho, não era possível e, portanto, se você falhasse numa quest, precisava esperar dar as 72 horas para poder tentar de novo. Agora não mais. Outra novidade são os controles melhorados: enquanto mira, é possível configurar para que você use o analógico da direita.

Além dos controles e do save, o jogo roda a 60 quadros por segundo constantes. Os gráficos, porém, continuam basicamente os mesmos de Xbox 360. As músicas também seguem com a mesma qualidade do original, principalmente contra os chefes.

Veredito

O primeiro Dead Rising é um ótimo ponto de partida para quem deseja conhecer a série: além de viciante, é a primeira vez que o jogo aparece em consoles Sony. Tecnicamente, a remasterização agrada e só ficam os mesmos problemas da versão original, como a I.A. dos sobreviventes. O problema maior fica mais para o público brasileiro: não há legendas em português, assim como o preço é bastante elevado (para uma remasterização simples de um jogo de 10 anos de idade) quando comparado ao de lá fora (20 dólares / R$ 150 no lançamento).

Jogo analisado com código fornecido pela Capcom.

Veredito

80

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