A primeira expansão para Dead Island 2 pode ser tratada como algo peculiar. Apesar de fazer sentido quanto à direção que o jogo base tomou e se incorporar até mesmo na história, incluindo algumas lacunas que ficaram abertas, com certeza não é um incremento tão grande assim em conteúdo possível.
Tida como a primeira grande expansão do jogo, Haus apresenta uma nova história caótica e completamente nonsense, mesmo para o padrão que a Dambuster seguiu anteriormente. Num convite para um série de desafios malucos e com novas personagens que não vão fazer sentido inicialmente, as missões de Haus coloca o jogador para esmagar e fatiar zumbis pelos mesmos processos de sempre enquanto soluciona o mistério sobre esse convite e os atrativos ali.
Na busca pelo que parece ser um dos últimos recursos viáveis aos remanescentes dos ataques zumbis, a história de Haus acaba servindo como um propósito duvido. Preenche pontas que ficaram abertas na campanha principal e acaba dando um sentido maior aos eventos iniciais do jogo base. Só que isso acaba quase que sendo descartado logo em seguida como uma justificativa banal. No fim, a impressão é de uma viagem de ácido muito louca e sem resultado algum.
Sem entrar em detalhes, principalmente pela duração da DLC que consiste em não mais que 3 horas de jogo, a história e personagens acabam sendo apenas um tiro de loucura que mais serve para criar qualquer motivo de retornar o jogador a ação desenfreada do jogo. Além disso, o design da DLC usa de artifícios que não vimos antes e não faria sentido dentro do jogo, como bloquear acessos ou eventos via arma específica ou uso constante das habilidades especiais dos personagens.
Se por motivos óbvios o que deveria ser mais interessante acaba não sendo atrativo, o restante consegue manter a essência do jogo base e entregar um mais do mesmo ainda de boa qualidade. Uma nova arma à distância e alguns novos inimigos vão causar alguns desafios ao jogador, assim como alguns bons cenários e mapas que acabam por ser interessantes pelos motivos já vistos antes, principalmente como sátira.
O que realmente falta e que poderia ser um auxílio na entrega de um produto final é conteúdo de destaque que fará o jogador ao menos se interessar em reviver partes dessa jornada. Faltam missões secundárias, mais variações de combate e, talvez, até algo mais recorrente para tentar prender os jogadores mais algumas horas dentro da expansão. Terminar a nova linha de missões é o único atrativo existente e, como já dito, bastante limitado e curto para justificar um retorno de pompa ao jogo.
Se formos analisar o preço cobrado pela expansão e seu conteúdo, teremos mais algumas armas e um novo local com história para aproveitar com mais 2 amigos por um preço razoável para DLC’s hoje em dia. Ainda que não seja o ideal, é uma opção aceitável para os que realmente se interessaram na proposta do jogo e querem aproveitar um pouco mais desse universo, que talvez possa receber no futuro e em sua segunda expansão confirmada um conteúdo maior e considerável.
DLC analisado no PS5 com código fornecido pela Deep Silver.
Veredito
Dead Island 2: Haus se destaca por manter a estrutura base do jogo e apresentar uma nova história descompromissada e sem muita lógica. Com uma curta duração e pouco além do básico, falta conteúdo suficiente para justificar um retorno ao jogo.
Dead Island 2: Haus stands out for maintaining the game’s basic structure and presenting a new, uncompromising story. With a short duration and little beyond the basics, it lacks enough content to justify a return to the game.
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