Cyber Hook – Review

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Mesclar speedruns com parkour não é novidade, muitos jogos se utilizam dessa fusão para desenvolver mecânicas e histórias que façam com que o jogador, sem perceber, pratique essas duas atividades. Cyber Hook corre para o lado oposto, deixando bem claro desde o começo que seu objetivo é ser rápido e bater recordes, mas acaba tropeçando em diversos bugs e outros problemas técnicos.

Logo no começo, o jogador é teleportado para uma espécie de labirinto virtual onde um pequeno robô chamado Dron diz que, sua única forma de voltar para o mundo real é coletando cristais que são adquiridos ao bater os recordes de cada fase. Para conseguir fazer isso ele entrega um gancho que consegue se prender na superfície de blocos flutuantes, dando impulso para ir ainda mais rápido pelos percursos.

Não existe muita explicação para esses eventos estarem acontecendo e honestamente, elas também não são necessárias já que é tudo uma grande desculpa que motiva você a completar os mais de 70 estágios existentes.

Cyber Hook Seleção de fases

A criatividade das fases é definitivamente o ponto forte do jogo. Indo de mapas abertos que possibilitam cortar caminho, até percursos mais claustrofóbicos, onde a precisão e timing são mais importantes, todos os níveis permitem que o jogador encontre a própria forma de alcançar a linha de chegada.

É possível também passar horas melhorando seus movimentos em uma área de treinamento, algo que se torna muito importante já que a complexidade dos estágios sobe substancialmente. Inimigos e obstáculos começam a aparecer frequentemente, o que dificulta bastante a tarefa de cumprir os tempos necessários para coletar os cristais e desbloquear novos desafios.

Cyber Hook area de treinamento

Parece difícil errar uma fórmula onde seus principais componentes são o parkour frenético de Mirror’s Edge com o gancho de Bionic Comando, mas infelizmente o jogo vem infestado de problemas técnicos que acabam prejudicando a experiência.

Os menus são extremamente travados, com cursores desaparecendo da tela e ponteiros de mouse surgindo aleatoriamente. Entrar na aba de configurações acaba se tornando uma roleta russa boa parte do tempo, pois existe sempre a chance de todos os comandos congelarem, exigindo uma saída bruta pelo botão home do controle.

Cyber Hook tela de resultado

As opções de sensibilidade também não funcionam corretamente, escondendo valores que só ficam presentes em certas línguas deixando a mira imprecisa, o que é catastrófico em um jogo em primeira pessoa. Trocar o idioma para português também causa problemas na fonte do jogo deformando boa parte das palavras na tela.

Esses problemas também se estendem para dentro das partidas. Em certos estágios, blocos podem desaparecer aleatoriamente quando já estavam ali em tentativas anteriores, cilindros de ar podem não funcionar ou o jogador pode morrer aleatoriamente mesmo estando em um local seguro, como é o que acontece no final da fase Cluster.

Cyber Hook

Ferramentas importantes como replays, rankings e temporadas, que servem para ajudar no aprendizado e estimular a competitividade da comunidade, se encontram ausentes na versão de console (apesar de estarem na descrição do jogo na PS Store). Isso também faz com que a platina do jogo se torne impossível, pois um dos troféus exige assistir um jogador de classificação alta.

Para piorar ainda mais, não existe uma cena final ou diálogo novo com Dron após concluir todas as missões, você simplesmente volta para a área de treinamento como se nada tivesse acontecido, fazendo com que o jogo pareça incompleto.

Em sua essência, Cyber Hook não é ruim, o jogo é uma ótima pedida para jogadores mais casuais que querem brincar de speedrunners, e excelente para aqueles mais competitivos que buscam uma disputa acirrada. Talvez em outras plataformas onde esses problemas não existem, fique mais fácil de recomendar, infelizmente caso seja usuário de PS4/PS5, é melhor passar longe.

Jogo (de PS4) analisado no PS5 com código fornecido pela Graffiti Games.

Veredito

Quando funciona, Cyber Hook é excelente, as fases são divertidas e estimulam a criatividade do jogador para que ele consiga chegar na linha de chegada. Infelizmente, esse não é o caso com a versão de PS4 e o que sobra é um jogo quebrado e uma experiência medíocre que não vale seu tempo.

40

Cyber Hook

Fabricante: Blazing Stick

Plataforma: PS4

Gênero: Plataforma 3D

Distribuidora: Grafitti Games

Lançamento: 07/12/2022

Dublado: Não

Legendado: Sim

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

[lightweight-accordion title="Veredict"]

When it works, Cyber Hook is excellent, the stages are enjoyable and stimulate the player’s creativity. Unfortunately, that’s not the case with the PS4 version and what’s left is a broken game and a mediocre experience not worth your time.

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When it works, Cyber Hook is excellent, the stages are enjoyable and stimulate the player’s creativity. Unfortunately, that’s not the case with the PS4 version and what’s left is a broken game and a mediocre experience not worth your time.

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