Cannon Dancer Osman – Review

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Alguns relançamentos são, no fundo, trabalhos de conservação histórica, retratos de uma época passada que pode interessar aos que a viveram e aos curiosos que buscam conhecer mais dos games do ponto de vista do processo de formação dessa mídia e suas nuances.

O caso de Cannon Dancer: Osman é um desses. O platformer de ação foi lançado para arcade em 1996 e foi enterrado ali mesmo. Mesmo sendo bem recebido pelas opiniões dos críticos e jogadores que o experimentaram, não teve sucesso comercial, o que só serviu para rarear ainda mais os gabinetes de arcade que carregavam o título, deixando-o fora de cena por décadas.

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Originalmente, Cannon Dancer: Osman foi criado como um sucessor espiritual de Strider, o clássico de arcade de 1989. O projeto foi encabeçado por Kouichi Yotsui, o próprio diretor de Strider, trabalhando para a Mitchel Corporation anos depois de ter saído da Capcom.

Desde 2014 havia notícia de que Roy Ozaki, o responsável pela Mitchel Corporation, desejava encontrar uma publicadora disposta a trazer seus antigos jogos de arcade para os consoles modernos. Essa intenção teve frutos com a ININ Games, que publicou o port de Cannon Dancer em cooperação com o próprio Yotsui e Utata Kiyoshi, o artista original do jogo.

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Agora, 27 anos após o lançamento original, Osman ganha novo fôlego em consoles modernos, juntando-se a outros revivals que conservarão por mais algum tempo a experiência de jogos feitos para arcade.

Para esclarecer: Cannon Dancer e Osman são os nomes japonês e norte-americano de um jogo só. Pode até parecer estranho ao iniciá-lo pela primeira vez, já que o menu pede para você escolher um deles. A diferença está apenas no idioma usado, pois os textos estão em suas respectivas versões originais.

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Ou seja, as seis opções de línguas dadas (português não é uma delas) alteram apenas os menus e não a campanha do jogo. Não que a leitura faça grande diferença para entender a história; mesmo lendo tudo, tive que pesquisar na internet para saber algo concreto sobre o contexto político, a missão e a reviravolta que acompanham a ação desenfreada.

Você controla Kirin, um assassino mercenário contratado para acabar com uma espécie de feiticeira chamada Abdullah the Slaver (A Escravizadora) e, para isso, vai atravessar um cenário cyberpunk de inspirações vagamente árabes com cidades luminosas, naves voadoras, deserto e embarcações marítimas. Tudo isso salta aos olhos com a pixel art detalhada que só os arcades conseguiam realizar nos anos de 1990, principalmente nos enormes sprites dos chefões.

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Fica em destaque também as animações, como quando os soldados inimigos explodem como bolhas de sangue sob o impacto dos chutes de Kirin e o ataque especial em que ele impiedosamente ataca o ar em um movimento triangular que acaba com quem está por perto. Kirin não pára por nada, chutando, pulando, deslizando e subindo pelas paredes e teto. Ou melhor, não pára enquanto as suas duas vidas de cada crédito durarem.

Há dois modos de jogo: Standard e Challenge. A diferença entre eles está nas vantagens que podem ser ativadas à escolha do jogador. Ambos permitem selecionar Enhancements ao iniciar um novo jogo, como pulo duplo e créditos extras, mas o modo Challenge limita a selecionar dois deles. Apenas o Standard permite usar Cheats, coisas “sutis” como invencibilidade e HP infinito. Em contrapartida, os troféus só podem ser obtidos no modo Challenge.

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A duração vai depender da sua forma de jogar. Se mantiver o modo Challenge, provavelmente precisará de algumas tentativas para finalizar os seis curtos estágios, acostumando-se aos controles, aprendendo a estrutura e se familiarizando com as posições de inimigos.

Eu sei que os Cheats estão ali para suavizar a dificuldade inerente aos antigos jogos de arcade e reconheço que todas as várias opções adicionadas ajudam a configurar a experiência ao gosto de cada um, mas, se ativar os Cheats apelões, o tiro pode sair pela culatra e tornar sua experiência muito curta e desinteressante. O fato é que Osman pode ser finalizado em 20 minutos. Ou seja: esta versão é feita para ser jogada múltiplas vezes.

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Por isso, recomendo começar pelo modo Challenge e testar diferentes Enhancements enquanto aprimora seu desempenho, uma lógica semelhante à do lançamento original nos arcades.

Deixe o modo Standard para depois, quando já houver aprendido como as coisas funcionam, seja quando finalizar o jogo ou morrer muitas vezes tentando. Depois disso vem a hora de desbloquear todo o poder que as trapaças podem conceder para varrer o chão com as hordas de inimigos e os chefes monstruosos. Aproveite as melhorias de qualidade de vida providas pela adição de save states e de rewind para consertar alguns erros indesejados em seu desempenho.

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Na primeira vez que joguei, usei meus dois Enhancements para ter oito créditos de bônus e cheguei até o começo do quarto estágio. Repeti a dose no dia seguinte e cheguei até o quinto. No fim das contas, tive que recorrer ao modo Standard, pois o Challenge merece o nome que tem.

Por fim, vale mencionar que entre os vários menus de opções do port estão os que cuidam de aspectos visuais, como o formato de tela, que inclui tela cheia esticada (joguei assim e não achei incômodo). Um ponto legal é o filtro CRT, para simular as telas antigas. Não é só um filtro que você liga e desliga; aqui é possível regular a intensidade de vários fatores, como a curvatura da tela, as cores e as scanlines, ajustando o efeito ao nível que preferir.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela ININ Games.

Veredito

Esquecido no fundo do baú, Cannon Dancer Osman é uma peça histórica resgatada para novas plataformas pela primeira vez. O visual agradará aos apreciadores de pixel art e a gameplay intensa é simples e divertida como um título de arcade deve ser. As muitas opções de melhoria de qualidade de vida são bem-vindas e até permitem configurar maneiras levemente diferentes de jogar, mas essa ajuda pode acabar tornando o aproveitamento ainda mais curto do que de fato é. No fim das contas, é um jogo indicado aos saudosos, aos curiosos e aos que se propõem a jogar repetidas vezes uma campanha brevíssima, aprimorando sua técnica a cada rápida tentativa de chegar ao final.

75

Cannon Dancer Osman

Fabricante: Ratalaika Games

Plataforma: PS4 / PS5

Gênero: Ação / Plataforma / Arcade

Distribuidora: ININ Games

Lançamento:

Dublado: Não

Legendado: Não

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

[lightweight-accordion title="Veredict"]

Forgotten at the bottom of the trunk, Cannon Dancer Osman is a piece of history brought back to new platforms for the first time. The visuals will please pixel art connoisseurs and the intense gameplay is simple and fun as an arcade title should be. The many quality of life improvement options are welcome and even allow you to configure slightly different ways to play, but this help can end up making the enjoyment even shorter than it actually is. In the end, it’s a game recommended for the nostalgic, the curious and those who intend to play a very brief campaign over and over again, improving their technique with each quick attempt to reach the end.

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Forgotten at the bottom of the trunk, Cannon Dancer Osman is a piece of history brought back to new platforms for the first time. The visuals will please pixel art connoisseurs and the intense gameplay is simple and fun as an arcade title should be. The many quality of life improvement options are welcome and even allow you to configure slightly different ways to play, but this help can end up making the enjoyment even shorter than it actually is. In the end, it’s a game recommended for the nostalgic, the curious and those who intend to play a very brief campaign over and over again, improving their technique with each quick attempt to reach the end.

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