Produzido pela desenvolvedora independente Drakkar Dev, a Blowfish Studios trouxe até nós neste dia 20 de janeiro seu novo game: Blackwind. Ele foi anunciado em julho de 2021, e desde então estive particularmente aguardando por este título. Ao ler que seria um jogo de ação e plataforma de ficção científica, bastou um trailer legal pra que eu me interessasse definitivamente.
Em Blackwind, tudo se inicia quando Jimmy e seu pai, o Professor Hawkins, estão levando o que chamam de Battle Frames a uma colônia supostamente pacífica em outro planeta. Não se sabe ao certo o motivo da necessidade de tais trajes, mas Hawkins diz que foram feitos seguindo as especificações de seu superior, General Venger, e acredita que podem ajudar a salvar vidas ao invés de serem máquinas de guerra. O professor revela também que, além do modelo padrão Mark I, ele criou também uma versão aprimorada que chamou de Mark II, que conta com uma inteligência artificial de última geração que auxiliará o piloto do traje a todo momento, nas situações mais imprevisíveis.
E é aí que acontece aquele momento que define a existência do jogo: sabe-se lá por que, Hawkins permite que Jimmy entre no Mark II, e justamente quando o garoto está lá eles sofrem um ataque. Para proteger seu filho, o professor o prende ao traje e o ejeta da nave que já havia perdido o controle. Jimmy cai sozinho em um planeta desconhecido, a inteligência artificial denominada Protocolo Blackwind é ativada e nossa aventura começa.
Jimmy conta com uma infinidade de poderes providos pelo Mark II na luta contra as agressivas criaturas desse planeta alienígena, que vai adquirindo aos poucos. Os primeiros que nos são apresentados são os básicos de curto e de longo alcance, assim como o ímpeto para se locomover com mais rapidez. É possível desenvolver esses e outros futuros poderes em determinadas Plataformas de Melhoria que são encontradas pelos diversos mapas do game. Dentro delas é possível aumentar os níveis de suas habilidades dando em troca os orbes azuis coletados durante as fases, assim como trocar as skins do Battle Frame e viajar de forma rápida a lugares previamente visitados.
Assim como muitos outros jogos, Blackwind não vai deixar você fazer tudo logo de cara. Para conseguir fazer certas coisas ou chegar a determinados lugares é preciso ter determinadas habilidades, que são adquiridas com o tempo. Ansioso como sou, no início achei que estivesse travado porque tinha algo que não era a hora de fazer ainda, e que na verdade tudo que eu precisava era continuar seguindo e esperar a hora certa.
Uma das coisas que te abre caminhos mais para frente é a separação de Battle Frame e drone. Quando isso acontece, cada parte do Mark II vai ter habilidades específicas, e você pode alternar entre os dois utilizando o botão direcional para cima. Isso é também o que possibilita jogar Blackwind com a ajuda de um player 2; saiba, porém, que o drone sempre será subordinado ao Battle Frame, e vai se teletransportar automaticamente para onde o traje principal estiver se for para muito longe do mesmo.
Durante sua aventura, você vai passar por lugares abertos e fechados. Achei os fechados mais fáceis, pelo simples fato de que sempre contamos com um mapa que é baixado de um computador pela inteligência artificial do seu traje praticamente assim que entramos, e fica sempre disponível no canto inferior direito da tela. Dessa forma, é fácil se localizar e saber aonde você foi e aonde ainda falta ir. Em lugares abertos isso não existe, e as coisas podem se complicar um pouco especialmente se você estiver procurando algum código de abertura de porta ou algo escondido pela fase.
Tive também um pequeno problema com um dos lugares abertos, Woods of Mirkania. Parece que o gráfico fica muito pesado quando chega na área externa florestal, talvez por causa de tantas coisas que precisar ser renderizadas, e a qualidade da imagem cai um pouco, além de dar umas leves travadas. Isso, porém, aconteceu apenas no início do local, e mais para o meio da fase esse problema não existia mais. Vale lembrar que joguei Blackwind no PS4 Padrão.
Outra coisa que vale a pena ser mencionada: o movimento do Battle Frame parece fluido em excesso, e às vezes você acaba indo mais longe do que pretendia, e demora um pouco para se acostumar com isso. Sabe aqueles jogos em que você precisa calcular milimetricamente seu salto para não correr o risco de cair no lugar errado? É disso que estou falando.
Apesar dessa situação, Blackwind parece bastante fácil quando você começa a jogar. A dificuldade, porém, vai sendo corrigida aos poucos, e principalmente do meio para o final dá para perceber certo incremento no desafio. Além de morrer algumas vezes, confesso que me estressei bastante com isso em certos momentos (mas não culpo o jogo, é porque a pessoa que vos fala pode ficar bem “pistola” ao encarar situações de morte em sequência excessiva depois de se dedicar por tanto tempo a derrotar algum boss).
Existem mais de 60 troféus no game, e a maioria deles pode ser adquirida sem muito esforço. Durante sua aventura você vai precisar fazer determinadas coisas, ou vai simplesmente acabar fazendo outras, e isso vai te render troféus. Outros são mais específicos, mas sabendo o que é preciso fazer, não é difícil realizar tais tarefas. Se você é como eu e adora colecionáveis, vai querer também ter todas as 15 skins disponíveis em Blackwind para seu traje. E sobre isso, eu devo alertar: procure bem, especialmente se você não quiser ficar voltando fases para procurar alguma que acabou deixando para trás.
No fim das contas, vale a pena jogar Blackwind? Eu digo que sim. É uma diversão para toda a família, leve e despretensiosa. Vai te render algumas horas em frente à TV que você provavelmente nem vai ver passar. Tudo isso sem mencionar que a história do jogo, apesar de simples, é bem legal. Se tiver oportunidade, pode jogar que é sucesso!
Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Blowfish Studios.
Veredito
Apesar de determinadas situações pontuais, Blackwind é simples, divertido e tem o nível de dificuldade ideal. As fases consideravelmente curtas vão fazer você sempre querer jogar mais uma e, por não ser difícil de conseguir o troféu de platina, esse pode muito bem se transformar no seu objetivo.
Despite certain occasional situations, Blackwind is simple, fun and has the ideal difficulty level. The considerably short stages will always make you want to play one more time, and because the platinum trophy isn’t hard to get, this could very well become your goal.
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