Análise – The First Tree

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Histórias fantásticas já foram contadas ao monte em diversos jogos até hoje. Lembrar de apenas uma ou outra é um desmérito até para as menores delas, que são contadas principalmente fora dos grandes estúdios e empresas. Com maior liberdade, estúdios pequenos têm feito esse trabalho de forma soberba, como em The First Tree.

A própria história do desenvolvimento do jogo é bastante interessante. O diretor do projeto, David Wehle, é a própria inspiração para o que é contado em The First Tree. Como estudante e apaixonado por jogos. David decidiu que, após experimentar várias obras, queria contar através de um jogo uma de suas experiências de vida. A perda do pai. Com isso em mente, decidiu se dedicar e fazer o possível para trazer uma história emotiva dentro do seu primeiro projeto.

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The First Tree é sobre um homem que conta a sua esposa um sonho que tem, sobre uma raposa que parte em busca de seus filhotes desaparecidos. Enquanto o homem detalhes o sonho e como isso o faz lembrar de seu pai, o jogador vive o papel da própria raposa, que deve enfrentar alguns percalços enquanto procura os filhotes.

A própria jogabilidade é simplificada em favor da narrativa. No controle da raposa, o jogador deve explorar os mapas atrás das lembranças de infância e adolescência do narrador e, enquanto isso, recolher estrelas e avançar por pequenas e simples sessões de plataformas, com pulos ou apenas exploração. Os comando são correr, pular e desenterrar itens, mas tudo sem muito refinamento nas animações. De certa forma, a jogabilidade é apenas uma forma simples de preencher o tempo enquanto acompanha a história sobre a relação do narrador com seu seu pai.

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E nesse ponto está o maior trunfo do jogo. Focando mais nas lembranças que ocorreram antes da morte do pai, o marido conta eventos que mostram desde cedo a personalidade dos dois, enquanto a esposa ouve e também relata eventos familiares de forma emotiva. A relação difícil entre pai e filho, além de vários outros fatores que culminam para apresentar ao jogador a sensação de impotência a respeito da morte e do remorso que a mesma pode trazer. O jogo tenta, e consegue, passar muitos sentimentos que várias pessoas que vivenciaram,  inclusive a culpa por não ter dito um último “Eu te amo” ou “Perdão”.

A história cativa, do início ao fim, exatamente pelo fator humano da mesma e da relação das pessoas com a morte. É comum escutar conselhos na nossa vida que tentam nos manter mais próximo do fato de aproveitar o presente e tudo a nossa volta, inclusive as pessoas que nos rodeiam. O entendimento de que a morte não é o fim da vida,  mas uma fase e uma passagem para um outro momento, é praticamente a maior mensagem que o jogo nos trás. Porém, sempre se tem a impressão do mesmo querer dizer para não guardarmos mágoa ou sentimentos ruins, mas sim aproveitar cada minuto de cada pessoa importante na sua vida.

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Por mais que a história tenha o maior peso dentro do jogo, as melodias leves e tocantes ajudam a criar o clima dramático. O visual é leve e agradável na maior parte do jogo, mesmo que seja sacrificado em grande parte pelos problemas que a Engine Unity apresenta. A duração do jogo é o suficiente para que a narrativa seja desenvolvida e que a mensagem do jogo seja entregue, mas não é uma experiência que ultrapassa 2 ou 3 horas de jogo.

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Como um jogo, The First Tree precisa de mais refinamento e conteúdo, mesmo que o preço seja compatível com o que é oferecido. Como história e mensagem dramática, o projeto de David Wahle é excelente e mostra que o diretor acertou no seu primeiro produto, por mais que possua algumas ressalvas. De toda forma, é uma experiência válida para todos e que nos faz pensar em alguns pontos da nossa vida.

Veredito

A diversão momentânea na jornada da raposa em The First Tree com certeza não é o principal no jogo, mas sim a tocante e singela mensagem ao quão devemos nos importar mais com as pessoas e nossos sentimentos. Os pequenos problemas na jogabilidade podem atrapalhar a princípio, mas o resultado final é de extrema satisfação.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela David Wehle, LLC.

Veredito

75

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The momentary fun on the fox’s journey in The First Tree is certainly not the main thing in the game, but rather the touching and simple message to how we should care more about people and our feelings. Small problems in gameplay may be messed up at first, but the final product is extremely satisfying.

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The momentary fun on the fox’s journey in The First Tree is certainly not the main thing in the game, but rather the touching and simple message to how we should care more about people and our feelings. Small problems in gameplay may be messed up at first, but the final product is extremely satisfying.

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