Até pouco tempo atrás, não era muito comum termos empresas brasileiras desenvolvendo jogos para consoles como o nosso tão querido Playstation 4. O avanço tecnológico e o acesso à essa tecnologia fizeram com que jogos indies acabassem invadindo o mercado dos videogames aos poucos, o mesmo mais cedo ou mais tarde ocorreu com o nosso desenvolvimento de jogos no Brasil. Eternity: The Last Unicorn é um exemplo desse mercado indie brasileiro que mesmo devagar irá encontrar o seu espaço no mundo dos videogames.
Eternity: The Last Unicorn é um jogo desenvolvido pela empresa brasileira Void Studios e conta a história de Aurehen, uma elfa que recebe a missão de salvar o último unicórnio vivo que se encontra amaldiçoado da extinção, porque, de acordo com sua crençaa morte desse ser mitológico culminaria no fim dos elfos.
O jogo traz a mitologia nórdica de forma bem forte em sua história e ambientação. Além de possuir uma tela de carregamento que funciona como uma forma de conhecimento prévio dos locais a serem visitados, o jogo faz uso de seres e artefatos relacionados à mitologia em questão. Embora seja de um modo sutil e bem razo, quem tem interesse no assunto irá se sentir realizado.
A apresentação do jogo por sua vez deixa a desejar. Mesmo levando em consideração o baixo orçamento e suporte, o jogo fica muito atrás de outros títulos bem simples. Os locais não são muito detalhados e os efeitos de luz, embora ocorram, são muito simples.
A movimentação do personagem também não enche os olhos de um modo geral. Em determinados momentos a taxa de quadros cai bruscamente e você fica sem saber muito se conseguiu realizar um movimento de ataque ou não. Também pode se notar os problemas que alguns ângulos de câmera acabam por acarretar ao jogo, fazendo que seja impossível saber onde o seu personagem está.
A jogabilidade não apresenta nenhum tipo de inovação ao gênero RPG de ação, e até peca por não conseguir entregar uma experiência real do gênero. Embora exista uma pequena exploração e inimigos a serem derrotados com o intuito de se adquirir experiência, o jogo é bem linear em sua história e progressão.
Você tem a possibilidade de atacar e se defender em Eternity: The Last Unicorn. Pressionando o L2 você utiliza o escudo e com o R1 e R2 você desfere ataques fortes e fracos respectivamente. Você também terá a possibilidade de utilizar o botão X para dar uma espécie de ataque final em seus inimigos e o círculo o ajudará a se esquivar.
Esse tipo de jogabilidade funcionaria bem se os inimigos esboçassem algum tipo de dificuldade ou apresentassem uma inteligência artificial básica. O combate se torna simples quando você entende isso e basta ficar pressionando o R1 até a energia de seu oponente chegar ao nível de receber o ataque final através do botão X.
Entre os itens e objetos passíveis de serem forjados, estão aqueles que restauram sua energia, removem algum tipo de status negativo ou melhoram algum atributo do seu personagem temporariamente.
Você pode acessar esses itens de modo mais fácil relacionando cada um deles as setas do direcional. Isso acaba dando uma dinâmica melhor ao combate fazendo com que o jogador não tenha que acessar o menu a todo momento que achar conveniente utilizar um desses itens.
Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela 1C Entertainment.
Veredito
Eternity: The Last Unicorn é um jogo bem simples. A história serve apenas para quem é interessado na mitologia nórdica, a jogabilidade traz alguns defeitos bem críticos e a sua apresentação não pode ser considerada como parte da oitava geração de jogos.
Eternity: The Last Unicorn is a very simple game. Its story attracts only the ones who are interested in the Norse Mythology. The gameplay mechanics present some critical problems and its presentation can not be considered part of the eighth generation games.
[/lightweight-accordion]