O PlayStation VR2 possui um potencial ilimitado como vimos com jogos como Horizon Call of the Mountain e até mesmo graficamente falando com Kayak VR: Mirage. Infelizmente, não serão todos os jogos que agradarão aquele que busca experiências novas e um desses títulos é Altair Breaker.
Altair Breaker possui um potencial e isso é inegável. Mas claramente isso ficou apenas na proposta, pois apesar de ter uma jogabilidade interessante, todo o restante não agrada.
Altair Breaker tem uma história bem rasa. O foco está inteiramente no gameplay. Dito isso, logo no tutorial você nota que há muito potencial, mas tudo isso acaba sumindo após algumas horas.
O gameplay é simples, mas eficaz: em cada mão você equipa uma espada ou escudo (ou usa as duas mãos para um espadão) ao segurar L1 ou R1. Segurar L2 e R2 apontando para cima faz você pular e planar. O menu pode ser acessado nas costas de sua mão. Segurar o gatilho enquanto está com a espada faz atirar um projétil com ela. O restante dos movimentos está relacionado ao movimento no ar com a espada e escudo: obviamente, balance a espada para atacar – se segurá-la apontando para cima e depois atacar, o golpe será mais forte. De forma similar, segurar a espada na vertical ativa uma forma temporária mais forte de ataque também.
Descrevendo o gameplay parece algo simples – e é. Mas funciona e é divertido. A única coisa realmente estranha é poder escalar as paredes com L1 e R1, mas a opção está lá, caso precise.
O real problema de Altair Breaker não está no gameplay e sim em todo o resto. Após entender como se joga, você vai para um lobby. É possível encontrar outros jogadores aqui e até interagir de forma meio estranha com eles. No lobby é onde você compra equipamentos, aprimora os que possui, arruma seu inventário, etc. Na área central, você é levado para o objetivo principal de Altair Breaker.
Esse objetivo principal é lutar em uma série de arenas e eliminar todos os inimigos. Existe um número pequeno de layout das arenas e os inimigos também são muito repetitivos. Após conseguir quatro fragmentos de algumas arenas, você enfrenta um chefe. Vença ou perca dele e o processo se repete.
Exatamente o que você leu: Altair Breaker, na prática, é um jogo de arena com inimigos repetidos. Nada mais que isso. Não há outro objetivo, é sempre matar todos e depois o chefe.
Como dito anteriormente, há um lobby, então é possível jogar com outras pessoas essas arenas, mas mesmo assim a diversão não aumenta por conta disso. Na verdade, pode ser ainda pior. O motivo disso é que, conforme você vence o chefe mais e mais vezes (e completa as arenas infinitas e idênticas), seu XP e equipamento melhora. Os inimigos ficam mais fortes (mas ainda são os mesmos) e se o matchmaking colocar um jogador mais fraco com você, pode ser irritante ficar revivendo seu parceiro o tempo todo.
Após concluir as arenas (e o chefe), além do XP que mencionamos, você ganha equipamentos e moedas que podem ser gastas para aprimorar as coisas ou comprar novas. Mas não se engane: a loja possui a maioria dos itens com preços absurdos, que na prática quase ninguém vai obtê-los. O que vai acontecer é que você vai pegar algum item que conquistou em uma arena e aprimorá-lo.
É extremamente triste ver um gameplay interessante sendo jogado no lixo em um modo totalmente sem graça e repetido. Realmente torço para que o gameplay criado aqui seja utilizado em um projeto mais ambicioso. Infelizmente, é difícil recomendar Altair Breaker. Vale como curiosidade pelo gameplay, mas o restante do conteúdo é muito raso.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Thirdverse.
Veredito
Altair Breaker tem uma jogabilidade interessante, mas apenas isso. É um jogo repetitivo, limitado e cuja diversão acaba rápido.
Altair Breaker has interesting gameplay, but that’s about it. It’s a repetitive, limited game whose fun ends quickly.
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