Lançado em outubro de 2020, A Tale of Paper ganhou essa semana um conteúdo extra. Ele pode ser comprado à parte, com o nome de A Tale of Paper: Unfolded Melody, ou então em uma nova versão junto ao jogo original, intitulada A Tale of Paper: Refolded. Como a PSX Brasil já publicou uma análise do jogo original na época de seu lançamento (que você pode ler clicando aqui), nesta nova review falaremos principalmente das novas fases adicionadas ao game.
Vamos relembrar um pouco: publicado pela GAMMERA NEST, A Tale of Paper: Refolded é um projeto da desenvolvedora Open House Games que conta a história de Line, um personagem mágico feito de papel que se transforma em diversos tipos de origami para passar pelos obstáculos e quebra-cabeças encontrados por seu caminho. É um jogo que pode ser terminado em pouquíssimo tempo (talvez menos de duas horas), levando um pouco mais se você estiver em busca da Platina.
Desde seu lançamento original, A Tale of Paper entregou lindos gráficos e cores vivas, sem falar na trilha sonora compatível com cada momento. Tudo isso continua presente no novo DLC. A jogabilidade é fluida e os puzzles são interessantes e possuem um nível ideal de dificuldade, sem estressar jogadores por perderem tanto tempo em uma única parte do jogo tentando passar sem sucesso. Eles te farão pensar em como utilizar cada uma das formas de origami no momento certo a seu favor.
Unfolded Melody é o novo DLC do game, que conta com três fases que se passam cronologicamente antes dos eventos do jogo base – apesar de só serem desbloqueadas no menu uma vez que você termina o jogo original. Como o próprio nome sugere, as novas fases se enquadram em um conceito musical e muitas das coisas terão relação com isso, como alguns dos quebra-cabeças e até os momentos em que novas formas de origami são desbloqueadas.
Temos um novo personagem de papel em A Tale of Paper: Refolded, que se destaca dos outros por sua forma diferente. Os primeiros tinham apenas a cor diferente, o primeiro com olhos e detalhes amarelos, e o segundo com a cor azul. Já o protagonista de Unfolded Melody tem o formato da cabeça diferença, o que o faz parecer ligeiramente mais baixo, e tem a cor roxa como destaque. Uma coisa legal é que, pressionando R1, ele solta notas musicais flutuantes de sua cor, enquanto os originais apenas deixam para trás um brilho conforme andam.
Além do contexto musical, outro elemento presente em A Tale of Paper: Refolded é o fogo. Você morrerá se tocá-lo, e novas mecânicas deverão ser usadas para lidar com isso, entre outras coisas. As adições foram criativas e funcionais, tornando o game ainda mais interessante do que já era originalmente.
Outra adição importantíssima – e que me surpreendeu positivamente – foi a presença de um boss. Quase no final de Unfolded Melody, ele sairá das sombras e começará a te atacar. Tudo em A Tale of Paper: Refolded é bastante simples, e a luta contra Roomba não é uma exceção. Ela exigirá, contudo, certa habilidade para derrotá-lo. É tudo bastante intuitivo, mas você provavelmente morrerá algumas vezes antes de poder se proclamar vitorioso. E caso esteja atrás da Platina, talvez tenha um pouquinho de dor de cabeça: há um troféu que lhe é concedido quando Roomba é derrotado sem que você morra nenhuma vez.
Um dos únicos defeito de A Tale of Paper: Refolded é ser curto demais. Mesmo com o DLC, é possível terminá-lo em pouquíssimo tempo, e impossível se livrar da sensação de “quero mais”. Visualmente falando, às vezes a profundidade da tela não fica tão clara e vai acabar confundindo os players, fazendo com que o personagem caia de uma altura indesejada, bata com a cabeça em alguma superfície ou não se mova o suficiente para chegar em alguma plataforma. Nada que seja tão negativo, porém, uma vez que é tudo muito fluido e rápido, e basta tentar de novo no que você havia falhado antes.
Num balanço geral, A Tale of Paper: Refolded oferece uma experiência bastante positiva e aconchegante, que provavelmente te fará desejar um novo DLC no futuro.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Gammera Nest.
Veredito
Além de introduzir um novo personagem e mecânicas numa temática musical, e até mesmo um chefe final, A Tale of Paper: Refolded mantém sua atmosfera encantadora e seus quebra-cabeças desafiadores, embora sua brevidade e algumas questões de profundidade de tela possam deixar os jogadores desejando por mais. No geral, o jogo continua oferecendo uma experiência envolvente e cativante, com potencial para mais DLCs.
In addition to introducing a new character and mechanics in a musical theme, and even a final boss, A Tale of Paper: Refolded maintains its enchanting atmosphere and challenging puzzles, although its brevity and some screen depth issues may leave players wishing for more. Overall, the game continues to offer an immersive and captivating experience, with the potential for more DLC.
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