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Rainbow Six Siege – Preview da Operation Twin Shells

A durabilidade de Rainbow Six Siege é um dos feitos mais impressionantes da última década. Manter um jogo multiplayer funcionando por tanto tempo por si só já é um desafio de enorme escala, mas mante-lo ao vivo sempre se renovando, trazendo novas ideias criativas para prender os jogadores de longa data sem perder a acessibilidade para novos jogadores mordidos pelo interesse despertado seja pelos amigos ou na vibrante e forte cena competitiva do jogo é algo mais impressionante ainda.

Quando fomos convidados pela Ubisoft para testar o vindouro conteúdo da Temporada 3 do Ano 9 do jogo, chamada de Operation Twin Shells, em uma série de partidas online contra outros criadores de conteúdo ao redor do mundo, era impossível então recusar. Eu tenho jogado Rainbow Six Siege ao longo dos últimos anos, mas nunca de forma muito consistente, então é sempre uma experiência bem legal voltar e ver onde o jogo está. E, pela versão de testes a qual tivemos acesso, fica bem claro que o sucesso do shooter tático ainda seguirá por alguns bons anos.

O primeiro ponto que foi bastante enfatizado nesse processo foi o quanto a Operation Twin Shells é um reconhecimento da Ubisoft dos pontos que a comunidade não havia ficado satisfeita durante a Operation New Blood. Essa nova operação é um reconhecimento disso e uma demonstração inicial do que está por vir ao longo das próximas temporadas, com a desenvolvedora investindo ainda mais no desenvolvimento dos próximos conteúdos que chegarão ao jogo.

Como sempre, a estrela do show aqui é a nova operadora. Skopós é uma velha conhecida da série, a agente Kure Galanos que apareceu em Tom Clancy’s Rainbow Six: Rogue Spear e Tom Clancy’s Rainbow Six: 3: Raven Shield, segundo e terceiro jogos da franquia. Skopós é uma famosa sniper que chega ao jogo com uma interessante novidade: ela possui dois Shells (chamadas em português de Carapaças), Tallos e Colossus, que ela pode controlar (daí o nome da operação), cada qual com suas próprias habilidades.

Durante o gameplay, uma das Carapaças sempre está ativa e o outro em posição defensiva desativado, com o jogador podendo alternar rapidamente entre um e outro. A O jogador tem controle direto sobre a Carapaça ativa que é a forma como jogador pode se mover pelo mapa e entrar em combate. Cabe aqui dizer que, caso a Carapaça ativa seja destruída, Skopós ficará inoperante pelo resto da rodada, então não é necessário destruir os dois para vencê-la.

Rainbow Six Siege

A Carapaça inativa funciona basicamente como um escudo móvel e uma estação de monitoramento, podendo ser acessada tanto pelo jogador quanto por seus aliados. Cabe apontar aqui que, ao alternar, sua carapaça atual ficará no exato lugar onde você a deixou, então é fundamental planejar o posicionamento das duas a todo momento para não ser pego de surpresa.

Na prática, Skopós foi um pouco desafiadora de entender, mas bastante divertida. É o exato tipo de personagem que exige uma noção e percepção de posicionamento e espaço grande para que o jogador maximize o seu potencial e há uma clara curva de aprendizado para se tirar o melhor dela. Dito isso, algumas das jogadas que é possível fazer, principalmente ao se alternar de carapaça de surpresa e pegar inimigos desprevenidos ou usar uma carapaça de escudo para outra são muito legais e nos fazem sentir o que de melhor Siege tem para oferecer.

Uma das formas que foi mais divertido de se jogar com a Skopós foi usando os detectores de proximidade em conjunto com a carapaça inativa posicionada em locais mais discretos. Embora ela seja um excelente escudo para defender entradas-chave e funcione bem a opção de granadas de impacto para isso, ter um controle maior sobre o que está acontecendo com a outra carapaça sem precisar ficar acessando sua câmera o tempo todo me trouxe um senso de conforto e, consequentemente, diversão bem maior.

É claro, Skopós tem uma série de counters diferentes e como todo bom operador de Rainbow Six Siege ela está longe de ser invencível. Será necessário uma boa coordenação e comunicação entre a equipe para que ela funcione, especialmente por uma das Carapaças ficar vulnerável longe do controle direto do jogador (ainda que a HUD indique quando ela está em perigo em boa parte do tempo).

Junto com a Skopós, uma nova arma também chega ao jogo e é outro elemento bastante divertido dessa nova Operação. Chamada de PCX-33, ela quebra o histórico da Kure como uma sniper renomada, colocando um rifle automático nas mãos das suas carapaças como parte do seu kit. É uma arma bastante versátil e funcional, excelente para lidar com situações de ataque e de defesa e que, sinceramente, considerando minha baixa habilidade com uma sniper, tornou a experiência ainda mais legal. Sua arma secundária é uma P229, uma espécie de homenagem ao passado da Kure como parte das forças armadas gregas e uma boa e velha conhecida da série.


 

Fora a nova operadora, um dos elementos mais interessantes que chegam como novidade na Operation Twin Shells é a possibilidade de melhorar os seus drones durante as partidas. Agora, os jogadores que estiverem no time atacante. Essas Melhorias são curtas, durando por três segundos e podendo ser utilizadas um máximo de três vezes (com um tempo de recarga de seis segundos).

Como informações são um dos, se não o ponto mais importante de qualquer partida de Siege, visto que um passo em falso costuma ser fatal, essas melhorias têm tudo para serem um dos pontos mais importantes dessa temporada. O foco aqui é em tornar o uso de drones mais valioso no meio ou final de cada rodada, com várias diferentes interações envolvendo as Melhorias e os drones específicas de cada Operador, então será bem interessante ver como isso funcionará nas mãos dos jogadores quando se acostumarem com seu funcionamento.

Além das novidades de gameplay, um dos focos dessa nova operação são melhorias aos sistemas de anti-cheat e anti-toxicidade online. Embora não tenhamos encontrado nenhum tipo de situação que nos permitisse “testar” esses sistemas, foi possível observar que o sistema de proteção de jogadores é um dos focos primários da Ubisoft neste momento, especialmente com a Siege Cup, que assume o papel de principal modo competitivo do jogo, entrando em beta online com o lançamento dessa nova Operação e as punições não ocorrendo só pros culpados por usarem cheats, mas a toda a equipe. O sistema anti-toxicidade foi ajustado, mas ainda não estará 100% ativo, seguindo em beta, com previsão de ir ao ar na temporada 4 deste ano 9 ainda.

Falando sobre a Siege Cup, é importante dizer que ela será lançada inicialmente apenas em beta para PC, então não estará disponível para consoles. É a forma da Ubisoft de testar o sistema, ajustar ele de forma mais ágil até estar pronto para chegar de forma completa para todos os jogadores. Para tal, será necessário fazer um registro online da sua equipe para poder concorrer às vagas para esse teste.

Rainbow Six Siege

Dito isso, jogadores do modo ranqueado em consoles terão acesso a Competitive Coins, um novo tipo de recompensa exclusivo das playlists competitivas, com os jogadores recebendo moedas baseados em sua performance e podendo usá-las para abrir pacotes de recompensas exclusivos. Jogadores de console, que não terão acesso à Siege Cup, receberão um pacote gratuito.

No geral, a Operation Twin Shells tem tudo para ser mais um excelente passo na duradoura e forte vida de Rainbow Six Siege. Por tudo que pudemos jogar Skopós é uma excelente adição ao elenco de Operadores e deverá funcionar muito bem nas mãos de jogadores mais habilidosos que se dediquem a aprender as nuances do uso das duas Carapaças. As demais melhorias prometidas são muito bem-vindas e se encaixam bem no que os jogadores podem esperar para reenergizar o jogo.

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