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Visions of Mana – Preview

O recente revival da série Mana tem sido um dos processos de reconstrução de uma antiga IP mais bem planejados em toda a indústria. Embora tenha demorado um pouco para chegar ao tão aguardado e necessário lançamento de um novo título, seria fundamental que a série se representasse ao grande público, afinal, o último lançamento totalmente original havia ocorrido em 2006 com Dawn of Mana no PS2.

Spin-offs ou jogos mobile surgiram no caminho, mas foi através dos subsequentes remakes dos três jogos clássicos da franquia que os fãs puderam se reconectar com toda a qualidade das narrativas e gameplay que ela tem a oferecer (e a Square Enix analisar qual direção seguir num próximo jogo), culminando em Trials of Mana que ao longo dos anos foi se tornando um grande queridinho entre os fãs de JRPGs e provendo a fagulha definitiva para o desenvolvimento do próximo lançamento original, Visions of Mana.

Portanto, quando a Square Enix nos convidou para testarmos antecipadamente o vindouro Visions of Mana, nos dando acesso antecipado ao jogo, era impossível não se animar. Afinal, a ambição e vontade de tornar a série não só uma importante parte do legado da publisher, mas um sustentáculo do seu futuro era claro pelos vários trailers e informações que recebemos desde a sua revelação oficial no The Game Awards de 2023.

Visions of Mana

Tal qual nos outros jogos da franquia, Visions of Mana trata sobre a peregrinação de um grupo de heróis até a Mana Tree. Dessa vez liderada pelo guerreiro da Vila do Fogo, um jovem chamado Val, que se torna um Soul Guard, o encarregado pela proteção da Alms, selecionadas pelas Faeries para fazerem uma jornada que acontece de quatro em quatro anos, para ajudar a manter o fluxo de mana em pleno funcionamento, com uma representante de cada uma vilas espalhadas pelo mundo para representar o seu elemento. Nesse caso, a jovem Hinna, amiga de infância e interesse romântico de Val, parte nessa jornada com ele como a Alm do fogo.

O trecho que pudemos jogar, que se estendeu só ao longo do prólogo e o comecinho do primeiro capítulo, nos apresenta realmente só o básico da narrativa, mas ajuda a construir alguns pontos bem interessantes logo de cara, não só no que se refere a relação entre Val e Hinna, mas sobre o próprio funcionamento do mundo e o que está em jogo nessas peregrinações e a própria existência (ou não) de um futuro para o seu povo. Cabe aqui dizer que é diferente do ponto em que a demo disponibilizada há algumas semanas atrás se passa, então o jogador basicamente só tem acesso a um personagem durante boa parte dela (já que algumas Alms não lutam).

Naturalmente, não vamos entrar em maiores detalhes para não estragar a experiência de vocês, mas, logo de cara, a sensação que se tem é de estar diante de uma narrativa mais engajante e mais desenvolvida do que em títulos anteriores da série. É claro, é um trecho muito inicial do jogo, então ainda há bastante a se ver antes de realizar qualquer tipo de julgamento sobre ela, mas o pouco que vimos é mais do que suficiente para nos deixar ansioso pelos seus próximos capítulos e eventual conclusão.

Visions of Mana

Em termos de gameplay, Visions of Mana parece tanto uma ode ao passado da franquia, evocando diferentes elementos (literalmente) bastante presentes em jogos anteriores, mas também uma considerável evolução em relação a isso. A grande novidade aqui fica por conta dos ambientes muito maiores do que os vistos em jogos anteriores e a forma como isso afeta tanto a exploração quanto o combate, trazendo não só novos segredos e liberdade ao jogador, mas também uma verticalidade que era praticamente inexistente antes.

Trials of Mana já trazia algumas opções de ataques no ar, mas é algo muito mais explorado aqui, mesmo num momento mais inicial do jogo. Você se verá pulando e se movimentando pelo ar com muito mais fluidez e frequência do que jamais visto, com a amplitude dos mapas do jogo e o fato da câmera se posicionar um pouco mais distante ajudando a capturar a beleza desses movimentos. O jogo, aliás, parece muito bonito nesses primeiros ambientes, realmente tirando vantagem de estar rodando no PS5, com framerate estável e visuais bem bonitos para um jogo da série, ainda que com um pouco de loading em algumas transições.

É claro, não temos tanto acesso a habilidades, mas ainda assim o combate é bem divertido e agradável, com Val se mostrando uma opção bem equilibrada, mas com suas próprias limitações, claramente abrindo caminho para que outros personagens tenham suas próprias funcionalidades e utilidades. As opções de elementais é bem limitada no começo, naturalmente, então não há muitas opções de customização, então maiores análises sobre esses pontos só em um futuro review.

Visions of Mana

Voltando um pouco sobre a exploração, ela se torna um charme especial graças ao quão bem desenvolvida a estética do jogo se mostra. Os gráficos e a trilha sonora se combinam excepcionalmente bem com os designs dos personagens, redesigns de monstros e os pequenos detalhes do mundo para entregar uma ambientação que traz uma grande sensação de explorar um novo mundo mágico, uma sensação que é surpreendentemente rara hoje em dia.

É claro, um julgamento maior sobre o quanto essa sensação se manterá só poderá ser feito após mais tempo com o jogo, o mesmo em relação a profundidade da narrativa, desenvolvimento dos personagens e evolução do gameplay, dado o pouco que pudemos ver aqui, mas todos esses elementos deram indícios mais do que suficientes de sua qualidade para nos deixar empolgados com o que o resultado final poderá trazer.Dito isso, Visions of Mana tem tudo para se mostrar como uma dos títulos mais divertidos e intrigantes do ano, mesmo dentro das suas limitações.

Em um momento tão inicial é difícil ter algo além de empolgação com o que o jogo mostra (salvo os menus e algumas animações durante os diálogos que poderiam ser melhor) e os indícios vistos aqui são de um dos JRPGs mais promissores do ano no papel mostrando na prática que está executando tudo como deveria. Então, caso você seja fã do gênero, jogue a demo já disponível na PS Store e se prepare para o lançamento final de Visions of Mana no dia 29 de agosto para PS4, PS5, Xbox Series e PC.

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