The Talos Principle 2: Road to Elysium – Review

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The Talos Principle 2 foi uma das minhas maiores surpresas de 2023. Comecei a jogar por curiosidade, mas terminei com a certeza de ter experimentado algo profundamente especial em todos os aspectos. Se quiser saber mais dele, veja minha análise aqui.

Agora, oito meses após o lançamento inicial, a desenvolvedora Croteam, da Croácia, lançou uma expansão chamada Road to Elysium. Não precisei pensar duas vezes para decidir voltar ao mundo de filosofia e puzzles de lasers!

Primeiro, é bom definir a expansão como um todo. Ela é dividida em três mini-campanhas separadas, mas adquiridas de uma só vez. Cada uma tem ambiente, enredo e tema filosófico próprios e o conjunto pode ser acessado em qualquer ordem, diretamente do menu inicial.

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Assim, iniciar The Talos Principle 2 nos leva a um cardápio (imagem acima) de quatro campanhas lado a lado, livres e sem pré-requisitos. Essa liberdade é bem-vinda, mas é também relativa, pois o recomendado é só iniciar uma das três novas histórias após terminar a principal.

A questão é que o trio novato acontece após os eventos finais do jogo-base e as cenas de introdução já começam com spoilers cruciais. E não é só isso. Road to Elysium considera que seus jogadores alcançaram não apenas o final normal de The Talos Principle 2, mas também o final verdadeiro, que só é liberado ao concluir os desafios do pós-jogo. Se eu não conhecesse o conteúdo desse final, ficaria bastante intrigado com o que vi assim que comecei um Novo Jogo no DLC e sentiria uma grande lacuna.

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A Croteam teve o cuidado de inserir um aviso de spoilers para a pessoa que joga confirmar se realmente quer iniciar as expansões. Mesmo assim, acho que seria providencial ter uma opção com vídeo para recapitular o final verdadeiro e entender o novo contexto.

Em termos de gameplay, não são apresentadas novas mecânicas propriamente ditas. Como DLC, a ideia não é inovar, mas complementar a base trazendo mais conteúdo e continuar o excelente trabalho de empregar o repertório existente de formas novas e criativas.

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Nada aqui parece apenas enrolação ou repetição. Ainda é uma experiência recheada de momentos “eureka” em que finalmente vem a ideia que faltava para conseguirmos resolver um problema. A satisfação de vencer um enigma nos motiva a ir mais longe e a tentar ver as coisas por novos ângulos, voltando para insistir nos quebra-cabeças em que estávamos empacados e deixamos para depois.

Esse é outro ponto de liberdade de Road to Elysium: todos os puzzles principais das três campanhas estão imediatamente acessíveis para serem visitados na ordem de preferência. Após eles ainda há o grande puzzle central de cada local e mais alguns desafios por trás dos portões dourados. Em questão de conteúdo, é um DLC que realmente merece ser chamado de expansão.

Vejamos um pouco de cada componente do trio.

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A primeira é Ascensão de Orfeu e nos leva a um deserto de ruínas egípcias o que, honestamente, passa um ar de repetição temática na série. Ainda jogamos com o protagonista 1K, mas a coisa toda é uma interessante viagem ontológica pela mente de uma personagem que só conhecemos no jogo-base por meio de textos. Como esse é um ambiente virtual, achei que faltou ousadia ao criar a paisagem. Uma exceção positiva é o enorme poliedro que paira no céu e será o desafio final desse trecho, sendo acessado apenas após completarmos 16 salas de puzzles.

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A segunda se chama Ilha dos Abençoados e ocorre em um arquipélago caribenho paradisíaco. Nesse cenário, apenas o enorme hexaedro inclinado é surpreendente, mas o local todo é muito bonito e agradável de percorrer. Os puzzles aqui adquirem outra proporção e precisamos resolver 24 deles para acessar o problema da grande estrutura central. O hexaedro em si é um dos grandes pontos altos de toda Road to Elysium, dando voltas e mais voltas em um gigantesco labirinto gravitacional com toques escherianos.

A narrativa aqui é mais simples, nos colocando no controle de Yaqut, um dos companheiros do jogo-base, e focando em oportunidades para conversas leves e até cômicas enquanto conhecemos mais um pouco do cativante elenco de personagens. Opcionalmente, podemos encontrar por aí monólogos interessantes sobre a natureza da arte, uma vez que todo o local foi construído por um de nossos amigos como uma monumental exposição interativa.

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A terceira, Abismo Adentro, é um pouco diferente no sentido de que, apesar de também começar após o final, trata-se de um flashback para o meio da campanha, com grande aprofundamento de personagem. Ou seja: também traz spoilers consideráveis. Assim como no trecho anterior, jogamos com um dos amigos de 1K, mas a coisa toda se passa em um espaço mental. Felizmente, dessa vez os devs optaram por fazer melhor uso das possibilidades do sonho e usaram elementos de surrealismo para criar uma fantasia de sublime beleza.

A descrição na tela de seleção de campanhas diz que essa tem desafios “extremamente difíceis” e, vou admitir, essas 24 salas são bem complicadas, dando nós cegos na cabeça. Pelo menos, consegui resolver o número necessário para chegar ao final da história principal, desatando os nós de oito puzzles. Passo a passo, um a um, vou avançando nos 16 que ainda me faltam superar nesse lugar de sonho.

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Mesmo sem transformar a base, Road to Elysium traz um conteúdo generoso que é inteiramente recomendável a qualquer pessoa que tenha gostado de The Talos Principle 2. Os arcos de história são mais modestos, mas o alto nível de qualidade dos visuais e dos puzzles precisos é mantido do começo ao fim dos mais de 50 novos níveis disponíveis de imediato para a gente se perder em raciocínio até decifrá-los. Com os níveis desbloqueáveis, o total passa dos 70.

Levei 14 horas para chegar aos finais das três campanhas, mas ainda tenho pela frente um terço dos puzzles para rachar a cabeça até solucionar. Não tenho qualquer dúvida de que toda essa jornada fez valer a pena o retorno àquela Terra repovoada por androides humanos, demasiado humanos.

DLC analisado no PS5 com código fornecido pela Devolver Digital.

Veredito

Dizer que Road to Elysium é um mais do mesmo de The Talos Principle 2 é um grande elogio. Temos mais cenários bonitos, mais diálogos reflexivos de personagens cativantes e, principalmente, mais dúzias de puzzles criativos que dão uma grande satisfação em resolver e comprovam a versatilidade das mecânicas originais. Mesmo sem um grande e novo mistério para descobrir na história, a quantidade e a qualidade do novo conteúdo tornam o DLC uma recomendação certeira a qualquer pessoa que tenha gostado do jogo base.

85

The Talos Principle 2

Fabricante: Croteam

Plataforma: PS5

Gênero: Puzzle / Aventura

Distribuidora: Devolver Digital

Lançamento: 02/11/2023

Dublado: Não

Legendado: Sim

Troféus: Sim, inclusive de platina

Comprar na

[lightweight-accordion title="Veredict"]

When I point that Road to Elysium is more of the same as The Talos Principle 2, I mean it as a huge compliment. We have more beautiful scenery, more philosophical dialogues from captivating characters and, above all, dozens of new creative puzzles that give great satisfaction to solve and prove the versatility of the original mechanics. Even without a big new mystery to uncover in the story, the quantity and quality of the new content make the DLC a sure recommendation for anyone who enjoyed the base game.

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When I point that Road to Elysium is more of the same as The Talos Principle 2, I mean it as a huge compliment. We have more beautiful scenery, more philosophical dialogues from captivating characters and, above all, dozens of new creative puzzles that give great satisfaction to solve and prove the versatility of the original mechanics. Even without a big new mystery to uncover in the story, the quantity and quality of the new content make the DLC a sure recommendation for anyone who enjoyed the base game.

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