Ark é um dos jogos mais amados ou detestados dependendo das reações de jogadores quando se deparam com o título da Studio Wildcard. Seu sucesso é fato, tornando a experiência contínua impressionante. Boa parte de sua receita provém de eventuais atualizações, que mantém o custo de servidores oficiais, optando pela possibilidade de atingir um novo seguimento de jogadores, que se afastaram de Ark por algum motivo ou sequer testaram o game. Ark Survival Evolved chegou com a proposta de um jogo de sobrevivência sandbox em 2017.
O mundo de Ark é implacável. A experiência desafia jogadores ao utilizar habilidades e a gestão de recursos, além de se deparar com ameaças relacionadas ao clima e perigos de mundo, repleto de criaturas perigosas. Nesse interim, amplia-se o nível de perigo e eventual, superação. A liberdade criativa e tática, cujo ambiente vasto repele a linearidade, foca na capacidade de exploração, coleta de recursos, criação de abrigos em pontos estratégicos e a própria interação de mundo. O senso de autossuficiência acaba aflorado, impulsionando o desejo do público pelo processo evolutivo do personagem e até mesmo as criaturas únicas de Ark.
Outro elemento que destaca Ark é a interação online, com comunidades sólidas do jogo espalhadas pelo mundo, formando alianças ou combates disputados, aumentando a dimensão social, ampliando ainda mais os momentos imprevisíveis durante a gameplay.
Neste ano, Ark retornou aos holofotes com a estreia de Ark: Survival Ascended, a versão que promete uma nova experiência reimaginada do zero para a geração atual de PC e consoles, associada ao Unreal Engine 5. A proposta é a recriação de mundo, melhorando elementos de iluminação, sistema de física, adicionando todos os mundos de Ark no pacote, como: Scorched Earth, Aberration, Extinction, entre outros. Com a interface do jogo também redesenhada, novos sistemas de rastreamento, criaturas e uma infinidade de implementações, além da possibilidade de Modding multiplataforma, Ark: Survival Ascended não ficou livre de polêmicas no lançamento.
Acima de tudo, o principal fator foi o valor elevado de uma versão chamada por jogadores de “mais do mesmo”, cuja cobrança não justificava as implementações adicionadas no jogo, segundo os próprios fãs de Ark. Diversos problemas gráficos surgiram no lançamento, além de problemas no próprio servidor. Recentemente, Jeremy Stieglitz, cofundador do Studio Wildcard, emitiu comunicado admitindo que os servidores de Ark não proporcionam aos fãs a experiência que merecem e os mesmos necessitam de melhorias, ganhando promessas de implementações em breve.
No PlayStation 5, foco desta análise, o jogo teoricamente, foi “lançado”, ao contrário do PC (em acesso antecipado) e receberá, obviamente, eventuais atualizações. Mas Ark: Survival Ascended no PlayStation justifica seu valor e possui o potencial necessário para captar antigos jogadores de Evolved e, até mesmo, novos jogadores empolgados com tantas implementações?
Meu primeiro contato com Ark foi no PC, em 2018. Na época, fiquei impressionada com o sistema de sobrevivência e as características de jogabilidade nenhum pouco amigáveis aos novatos. Ao me deparar com Ark: Survival Ascended no PlayStation, a primeira impressão foi que sim, as novas características visuais impressionam. O uso do Unreal Engine 5 causou um impacto evidente na ambientação, que vão desde folhas, água, até mesmo as próprias criaturas que atuam no mundo. Outro quesito digno de destaque é o quão fluído ficou o sistema de construção, além da própria interface de usuário.
O título também incluiu as melhorias no sistema, com várias telas de transição rápidas e responsivas, imprimindo a sensação de simplificação em menus, além da otimização em si. Dinossauros agora são rastreáveis e o mapa é muito mais eficaz. Além disso, utilizando o zoom, localizamos melhor determinados pontos no mapa, com o uso de pins ampliando ainda mais o sistema de localização (os mesmos pins são utilizados dentro da gameplay para localizar um animal, por exemplo). Do mesmo modo, o sistema de construção, mencionada acima, é muito mais acessível aos jogadores eventuais, criando um ciclo muito mais fácil, com o encaixe das fundações mais precisos, abordando também novos tipos de telhas e paredes.
Agora não é mais necessário criar diversas estruturas complexas para se criar uma casa, com a criação levando poucos minutos, melhorando também o posicionamento das estruturas no resultado final. Outro ajuste está relacionado ao sistema de irrigação e geradores, sem a necessidade de conexão como em “Evolved”. Criando as estruturas dentro do ambiente apropriado, todas funcionam automaticamente, além dos equipamentos eletrônicos, agora, funcionarem sem a real necessidade de gasolina no inventário. As estruturas que precisam de combustível , posicionadas no mesmo ambiente que o gerador, funcionam.
Vale mencionar que certas zonas do mapa foram modificadas e algumas novas surgiram, em ambientes os quais “achei que conhecia”, acabei me perdendo em meio as modificações. Os dinossauros são a “alma” de Ark e não poderiam ficar de fora, com atualizações de habilidades evidentes, demonstrando que houve uma melhoria de IA e comportamento. Os predadores alfa foram modificados e surgem mais assustadores que nunca. As selas, associadas as criaturas são muito mais abundantes e úteis. Os bebês, agora em Ark: Survival Ascended, são selvagens, cujo comportamento é simular ao adulto.
Ark: Survival Ascended mantém a dificuldade de sobrevivência já conhecida e não pega na mão de jogadores novatos. Você, literalmente, é jogado em uma ilha e precisa entender como a dinâmica de sobrevivência funciona. Seu personagem sente fome, frio, sede, é afetado pelas condições climáticas e o ambiente pode ser hostil demais, com o ataque de uma criatura levando a morte constante.
Afinal, até que você compreenda o complexo sistema de criação e como manter seu personagem vivo, certamente a morte será uma constante. Não fique desmotivado! A dedicação levará ao aprendizado e o jogo possui um ótimo sistema de crafting. Com um pouco de dedicação, conseguirá criar itens básicos de sobrevivência, ampliando o conhecimento para estruturas e armas mais complexas. Seja paciente, pois o acúmulo de experiência também amplia a capacidade de seu personagem em uma espécie de menu de habilidades, elevadas com pontos obtidos pela progressão no jogo. Recomendo, inicialmente, a experiência solo, antes de entrar em servidores repletos de jogadores.
Obviamente que o brilho de ARK: Survival Ascended está na experiência multiplayer. No entanto, a mesma experiência requer um conhecimento mais amplo e ajuda. No caso dos servidores PVE (contra outros jogadores), a dificuldade é maior ainda, pois todos estão dispostos a te matar e saquear seus recursos. Como forma de proteção, jogadores se organizam em tribos, ampliando o sistema de defesa, com um preço a ser pago. Não pense que sair de ARK: Survival Ascended pausará o mundo. Enquanto está fora do jogo, tudo segue online, com elevadas chances de sua base passar por transtornos e ataques. O processo como membro de uma tribo diminui as chances de dores de cabeça constantes, além de estratégias de defesas com o uso de dinossauros.
No entanto, nem tudo é lindo e perfeito no mundo de ARK: Survival Ascended . Alguns problemas conhecidos continuam e outros surgiram com a nova implementação. Minha “questão” principal surgiu durante a estreia de Ascended no PlayStation. A tentativa de acesso aos servidores foi sofrível, com erros constantes. O jogo chegou a emitir telas de erros no processo. Dependendo do horário, impossível entrar em determinados servidores oficiais. Dentro do jogo, elementos no cenário não estavam bem renderizados, nuvens eram estranhas, eventuais travamentos na movimentação , sensação de um jogo “pesado”, problemas de tradução, problemas em animações, personagem entrando em objetos de mundo onde evidentemente, não deveria entrar, e diversos outros problemas já conhecidos em Ark, alvo constante de críticas.
Após tantos elementos que seguem pelo caminho favorável ou não, Ark: Suvival Ascended, vale a pena a experiência? Se você ama Ark: Suvirval Evolved , certamente vale a pena adquirir Ascended. Sim, a sensação de mais do mesmo, de familiaridade, os bugs, diversas questões existem, porém, seria injusto apontar o título como a mesma coisa. As implementações adicionadas, visuais ou não, os mods, a experiência visualmente elevada no console, todas essas características compensam a experiência no PlayStation, principalmente para os novatos no mundo de ARK.
Sempre existe a opção de aguardar o lançamento e entrar no mundo de Ark: Survival Ascended posteriormente, dependerá de sua ansiedade e paciência para lidar com os problemas eventuais. Se busca por desafios e a possibilidade de pertencimento dentro de uma comunidade dedicada, o jogo é para você.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pelo Studio Wildcard.
Veredito
ARK: Survival Ascend é a sensação do conhecido, envolto em melhorias. As implementações adicionadas ao jogo melhoram significativamente a experiência de jogabilidade, além de uma ampla gama de conteúdos que foram adicionados para a versão nos consoles. É a chance de jogadores antigos e novatos imergirem em uma experiência de sobrevivência desafiadora, única e cujo potencial nota-se estar em constante progressão.
ARK: Survival Ascend is the feeling of the familiar, wrapped in improvements. The implementations added to the game significantly improve the gameplay experience, in addition to a wide range of content that has been added for the console version. It’s the chance for old and new players to immerse themselves in a challenging, unique survival experience whose potential can be seen to be in constant progression.
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