A Space for the Unbound – Review

Facebook
Twitter
WhatsApp

Indonésia, zona rural do interior, final dos ano 90. Um casal de namorados, Atma e Raya, está nos momentos finais do ensino médio e tendo de passar pelas incertezas de qual carreira seguir ao sair do colégio quando estranhos eventos passam a acontecer anunciando um possível fim do mundo. Detentores de poderes sobrenaturais, Atma e Raya devem explorar a cidade para descobrir o que está acontecendo e colocar um fim nisso. Essa é a premissa de A Space for the Unbound, uma aventura slice of life, desenvolvido pela Mojiken Studio e publicado pela Togen Productions e Chorus Worldwide.

A Space for the Unbound

Apesar de parecer ser um jogo com uma história simples, A Space for the Unbound traz como principais temas a ansiedade, depressão e desejo de suicídio. Assuntos delicados, mas que através de uma trama envolta de mistérios, vai nos ajudando a compreender como uma pessoa que sofre de tais doenças enxerga o mundo e de como sua mente funciona. Acredito que esse é um dos games com a melhor representação visual do que é a depressão e de como ela pode afetar a vida de alguém. É tocante a maneira como os desenvolvedores vão apresentando os sintomas e indícios, nos fazendo refletir sobre as atitudes que temos com o próximo e de como nossa maneira de agir pode afetá-los, mas também nos ajudando a abrir os olhos e identificar possíveis sinais de que uma pessoa não está bem.

Como já dito, Atma e Raya estão longe de serem jovens comuns. Ele possui o poder da Dimerversão, que é a capacidade de entrar dentro do coração das pessoas e ver aquilo que as afligem, seu medos, e ajudar a acabar com eles. Enquanto Raya tem um poder muito mais complexo, algo como ser capaz de dobrar o espaço/tempo para moldar o mundo segundo suas vontades.

A Space for the Unbound

A gameplay de A Space of the Unbound é bem simples consistindo em explorar a cidade e seus habitantes através de interações e diversos diálogos interessantes e, em alguns momentos, bem divertidos. Durante a exploração será possível colecionar itens que vão de tampinhas de garrafas a figurinhas de chiclete, acariciar animais e ainda cumprir com alguns objetivos opcionais. Em determinadas situações, Atma poderá usar seu poder de dimerversão para ajudar os habitantes enquanto vamos descobrindo mais sobre a vida deles e sobre a trama. Em outros momentos, o jogo irá apresentar pequenos minigames que consistem em apertar os botões na sequência que aparecem na tela ou no momento certo. Estes estão presentes na dose certa e em nenhum momento se tornam cansativos ou repetitivos. Além deles, também teremos dezenas de puzzles para solucionar e aqui é um dos pontos em que o game mais brilha. Os puzzles, em sua maioria, são simples e intuitivos, mas existem alguns que acabaram sendo um pouco mais desafiadores, fazendo com que eu chegasse a anotar as etapas das possíveis soluções em um caderno. Isso me trouxe lembranças do final dos anos 90, em que detonados não eram de tão fácil acesso e passávamos alguns dias quebrando a cabeça para solucionar um puzzle nos games.

A Space for the Unbound

Por falar em relembrar os anos 90, A Space for the Unbound acerta em cheio ao nos transportar de volta para essa época. A atmosfera do game é muito convidativa e em alguns momentos lembra as presentes em filmes de Makoto Shinkai como Your Name e Wheathering with You. Grande parte disso também se deve ao seu magnífico visual em pixel art. A cereja do bolo fica por conta da trilha sonora. Composta por Masdito “Ittou” Bachtiar, as músicas de A Space for the Unbound carregam todas as emoções que o game quer passar, desde melodias relaxantes e aconchegantes, até aquelas envoltas em mistério e tensão.

Mesmo com tantos elogios, o game tem pequenos problemas na sua localização para o português brasileiro, mas nada que chegue a atrapalhar. Já para os caçadores de troféus, a presença de uma seleção de capítulos para ir em busca dos coletáveis restantes é algo que viria a calhar.

A Space for the Unbound

Em suma, A Space for the Unbound é um daqueles games que vai muito além de um simples jogo tornando-se uma experiência. É um título que abraça o jogador e nos convida a refletir sobre quem realmente somos nos mostrando que a felicidade, talvez, possa estar nas coisas mais simples e de que a vida, apesar de tudo, vale muito a pena ser vivida.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Chorus Worldwide.

Veredito

Com um visual pixel art deslumbrante, uma trilha envolta em melodias que vão do aconchego ao mistério e uma história delicada e instigante, A Space for the Unbound transporta o jogador de volta para o final dos 90 e nos convida a enxergar o mundo com outros olhos, mostrando que a felicidade pode estar nos detalhes mais simples da vida.

90

A Space for the Unbound

Fabricante: Mojiken Studio

Plataforma: PS4 / PS5

Gênero: Adventure Narrativo

Distribuidora: Toge Productions / Chorus Worldwide

Lançamento: 19/01/2023

Dublado: Não

Legendado: Sim

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

[lightweight-accordion title="Veredict"]

With stunning pixel art visuals, a soundtrack wrapped in melodies ranging from cozy to mysterious and a delicate and thought-provoking story, A Space for the Unbound transports the player back to the late 90s and invites us to see the world with different eyes, showing that happiness can be in the simplest details of life.

[/lightweight-accordion]

With stunning pixel art visuals, a soundtrack wrapped in melodies ranging from cozy to mysterious and a delicate and thought-provoking story, A Space for the Unbound transports the player back to the late 90s and invites us to see the world with different eyes, showing that happiness can be in the simplest details of life.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo